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O CEO e a feia mais bela

O CEO e a feia mais bela

Chloe Reymond

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34
Capítulo

Uma aposta. Uma secretária linda por dentro e feia por fora. Uma paixão no pior momento. Joshua Anderson é um CEO sem marcas em seu passado. Tinha tudo o que queria e era rodeado pelas pessoas que amava, porém isso foi abalado ao descobrir que sua melhor amiga, Lucile, estava doente e tinha pouco tempo de vida. Para realizar o sonho dela, eles se casaram e a vida de Joshua deu uma reviravolta. Agora sua prioridade era fazer dos últimos dias da sua amiga os melhores. Isso não mudou quando seu coração maluco passou a bater mais forte por sua secretária "feia". Paris Moreira nasceu "amaldiçoada" por uma beleza chamativa. Passou por muitos problemas por causa dela, mas se mantinha sempre feliz, afinal eram os traços dos seus amados pais. Não se culpava pela maldade e cobiça dos outros. Seu coração não tinha dono, era reservado a sua família e suas melhores amigas... Até aquela aposta. Obrigada a se esconder atrás de uma aparência horrível, criada por sua amiga, Paris passaria um mês. Exatamente o mês em que começaria o novo emprego com seu chefe deuso. Ele está me olhando? Seria capaz de me amar assim? Essas perguntas a perseguia enquanto se via cada vez mais envolvida pelo homem proibido.

Capítulo 1 I

"Nunca devemos julgar as pessoas pela aparência, pois elas podem nos surpreender." - A Bela e a Fera

Joshua

Estou cansado. Chega! Secretárias bonitas são um problema. Tudo se confunde com assédio. É a terceira que sai da empresa esse ano e ainda estamos em junho. Quando que um "bom dia" virou "quero te comer"?

Estou cansado de frivolidades. Como meu nome é muito exposto no mundo dos negócios e preciso manter minha pose de marido apaixonado por minha esposa doente, mais uma vez terei que entrevistar secretárias.

Cheguei em casa, joguei minha pasta no sofá e fui direto ao gazebo, onde Lucile gostava de ficar.

Ela estava em sua cadeira de rodas - o que só acontecia quando não se sentia disposta -, mexendo com as flores. Seus cabelos castanhos soltos e seu robe branco a deixam com a aparência de um anjo.

- Boa noite, querida! - Beijo seu rosto. E ela me encara com seus intensos olhos cor de mel.

- Boa noite! - sorriu. - Parece de mal humor, outra vez.

- Desculpe, não queria trazer esse estresse para dentro de casa.

- O que aconteceu? - Ela não esqueceria o assunto. Gostava de saber e me aconselhar sobre tudo na minha vida.

Claro que algumas coisas eu não deixava ela saber. Limites. Apesar de que a curiosidade dela a fazia insistir em assuntos muitos particulares... se é que me entende.

Suspiro antes de revelar:

- Eu sorri para minha secretária e ela sentou em meu colo. - Passo as mãos nos cabelos. - Era só um agradecimento. Foi só um sorriso.

- Você pode só explicar a coisa toda para ela.

- Eu disse. Disse que sou um homem bem casado e que ela entendeu errado, que nunca ia rolar nada entre nós.

- E ela?

- Pareceu entender. E quando fui procurá-la para saber sobre a minha agenda do dia seguinte, ela havia sumido. Foi quando recebi uma ligação do recursos humanos dizendo que ela informou sobre a demissão. - Balancei a cabeça negando. - Custa ser profissional? Eu não pretendia demiti-la se tivesse entendido seu lugar.

- Todas querem um pedacinho do todo poderoso Joshua Anderson.

Só suspirei e ela riu.

- Vamos contar a verdade, Josh. Eu vou morrer em pouco tempo. Você não precisa mais se privar de ter uma vida amorosa nesse período. E as pessoas precisam saber o que fez por mim.

Ouvi suas palavras enquanto lembrava da minha melhor amiga chegando em minha porta em um dia chuvoso, desesperada, enxarcada e em prantos.

- O que houve? - olhei para Lucile sem saber o que fazer. Várias possibilidades terríveis vinha a minha mente.

Ela me encarava. Abriu a boca para dizer algo, porém não saiu nenhum som.

Reagindo, a puxei para dentro de casa e peguei uma toalha e uma manta.

- Precisa se enxugar ou vai pegar um resfriado.

Ela começou a se enxugar devagar, como se nem soubesse o que estava fazendo.

Demorou para que começasse a falar e, quando começou, senti meu coração se partir por ela.

Minha melhor amiga havia descoberto uma doença terminal.

Enquanto falava, ela começou a chorar descontroladamente.

Quando finalmente consegui que se acalmasse e contasse direito, soube que o médico disse que teria no máximo um ano.

Ela ficava repetindo: Como ele poderia saber? Ele é Deus por acaso?

Naquela noite, ela dormiu na minha cama, como quando éramos crianças, só que desse vez não havia sorrisos ou brincadeiras. Nós dois chorávamos. Ela por sua vida que se acabaria e eu porque perderia a pessoa que considerava uma irmã.

Na manhã seguinte, conseguimos conversar melhor e ela me contou que não trataria o câncer porque já estava avançado e as chances eram mínimas e não mudariam tanto o tempo que lhe restava. O que ela pretendia era se casar o mais rápido possível. Sempre foi o seu sonho e o sonho da sua mãe o casamento. Elas estavam esperando o príncipe encantado. Só que agora não teria mais tempo de viver o conto de fadas se o encontrasse.

Quando perguntei com quem, ela deu de ombros.

- Não seria por amor, pois envolver alguém seria crueldade. E nem por prazer. A última coisa em que consigo pensar é sexo.

Fiquei encarando seus olhos vermelhos pelo choro, até dizer:

- Case-se comigo.

- O que?

- Não precisa ser por amor o seu casamento, então que ao menos seja por amizade. Nos conhecemos desde que éramos bebês. Você sempre será minha irmã de coração.

Era a verdade. E eu não teria nenhum problema em realizar esse seu desejo. Tenho algumas colegas de prazer, mas nada sério. Ninguém que devesse satisfações.

- Você não existe. Faria mesmo isso por mim?

- Sou único, mas existo. E sim, faria qualquer coisa por você.

- Estou tentada a aceitar. - Ela colocou seu cabelo atrás da orelha, como sempre fazia ao pensar em algo sério.

- Então aceite - incentivei.

- Para as outras pessoas que não são da família pode ser real? Elas vão descobrir sobre a doença, mas eu gostaria que achassem que nos casamos por amor. Não quero partir como a coitadinha... - não conseguiu terminar de falar. Seus olhos estavam marejados e lágrimas silenciosas desceram.

- Claro que podemos fazer isso. Não tenho ninguém que deva explicações. Vamos dizer que nossa amizade se tornou amor. Muitos já apostavam nisso.

Ela sorriu entre as lágrimas ao recordar das pessoas que apostavam em nós como casal.

- Então sim. Eu aceito.

- Josh?! - a voz de Lucile me trouxe de volta ao presente.

Nos casamos semanas depois daquela conversa. Lucile estava linda e feliz. No dia do nosso casamento a doença ficou esquecida para que ela pudesse viver seu momento.

Só nossas famílias sabiam a verdade. Os outros apostaram em uma gravidez devido a pressa, e nós nem nos importamos em desmentir ou confirmar.

- Sim. - Me virei para ela e segurei sua mão fria.

- Estava no mundo da lua?

- Desculpe. Me distrai com lembranças.

- Vamos entrar. Está frio.

- Claro, querida. Você já jantou?

- Não. Estava esperando você.

- Desculpe o atraso. - Ela riu. - O que foi?

- Você me pareceu um marido de verdade.

- Eu sou um marido de verdade. Venha, deixe essa cadeira.

Ainda sorrindo e negando com a cabeça, ela se levantou e segurou o braço que ofereci.

Era engraçado que mesmo Lucile sendo uma mulher linda, nunca despertou meu lado sexual, apenas o protetor. Realmente nos víamos como irmãos.

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