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Meu Erro. Uma história de Vingança.

Meu Erro. Uma história de Vingança.

Paulojr

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10
Capítulo

Uma história sobre o olhar clínico de três distintos personagens: Vitória; Décio Petraga e ARTHUR w. Fidalgo,ditarão a narrativa de um crime brutal! Desfrute dessa ficção em solo capixaba ao som de My Mistake ,dos folhas, e acompanhe o desfecho deste mistérioso crime de soluções que o aterrorizarão até o fim!

Capítulo 1 SUOR E LÁGRIMAS

Vê mais uma primo!

O relógio fixado em cima da mesa de sinuca condena a hora que não quer passar, 20:30 de uma terça feira de muita calor na movimentada Rua da lama. Lama de muita cerveja , quitutes, sons variados e jogatinas que tardariam à noite daquele dia. Eu ainda parado no canto do bar olhando a linda garçonete desfilar com os Kiebers e caipirinhas da noite percebo que o dia passou mais rápido que deveria, e hoje seria um dia importante para um dos meus principais casos! O que podia alavancar minha carreira para sempre ou condena- lá a uma aposentadoria desapercebida. Naquela noite de 16 de janeiro de 2016, poderia ser decisivamente o início de minha redenção.

Sem delongas fui ao balcão principal do bar filosofal , bar de meu prima Osvaldo, meu grande parceiro de longas datas.

- Boa noite primo como estão as vendas…!

Disse sem ao menos se importar com sua resposta, apenas aproveitava uma pergunta para entender e me adaptar ao local que estava, mania desde criança que se aperfeiçoou com minha carreira modesta de detetive da polícia civil.

- Maravilha Décio! Estamos com uma nova promoção hoje, na compra de um Kiebers, o cliente leva duas long neck de Malzebier.

Pouco me interessava cerveja preta ou amarela! Queria algo que anestesiasse minha ideia de meter uma bala nos cornos de Walter, o Papa!

WALTER FREDERICO FEL LANGE um macro empresario milionário , paulista de nascença mas capixaba de coração , pelo menos assim se intitulava. Era dono dos dois maiores shoppings da capital e da principal construtora do Estado, ao qual crescia e se estendia a venda de apartamento para todo o Brasil.

A família Fel Lange comanda nas surdinas o Estado do Espírito Santo, mas seu poder ainda era maior quando o falecido Waltamir Emílio Fel Lange , pai de Walter, imigrante italiano, filho de Lázaro Fel LANGE um músico fracassado de Milão com a brasileira descendente de indígena , Luzia Silva.

Waltamir desde pequeno foi instruído por seu pai a superar as adversidades e crescer, a todo custo , e esta filosofia se estendeu à todos da família, se perpetuando aos descendentes.

Waltamir nada mais nada menos saiu de um vendedor de sonhos da avenida São Paulo, para governador de um dos maiores Estados do Brasil,São Paulo.

- Está pensativo hoje primo? O que houve ?

Osvaldo me analisava enquanto limpava a bancada e um copo grudento de tequila.

-Me vê uma pura aí Osvaldo ! Preciso abrir minha ideias…. .

Corta-lo virou uma prática em qualquer início de nossas conversas.

Osvaldo era o que me restou de família, meus país são de Goiás terra seca e de pouca umidade, lá vivíamos uma vida pobre mas digna! Eu era o caçula de nove irmãos , e o único , na época a fazer uma faculdade. Fazia o curso de direito mas foi difícil manter devido ao dinheiro e parei. No desespero , e com medo de não ser nada na vida fiz a prova para a Polícia militar e civil de vários Estados do Brasil. Passei aqui no Espírito Santo. Terra boa mas esquecida neste meu Brasil, às vezes este estigma de esquecimento era até bom! Meu primo Osvaldo veio tentar a vida aqui! Ele , ao contrário de minha sorte, era de família classe média e lá em Goiás trabalhava na marcenaria do pai. Ele vindo comigo foi bom pois, dividíamos tudo no princípio e dava pra sobreviver até que Osvaldo namorou e casou com uma capixaba. Tive que juntar minhas coisas e partir para minha vida solitária que levo até hoje. Aos poucos desistia de ir para Goiás além de ser muito caro fui fazendo minha vida aqui! Mas tudo mudou quando presenciei uma chacina. Um carro blindado no coração da capital parou abruptamente e nele saiu dois indivíduos encapuzado que metralharam um rapaz no meio da rua, a mulher que estava do lado foi esfaqueada por trás e todos corriam apavorados, um único policial ali parado era eu! Fui em direção a uma mulher que estava lá caída mas ao tentar ajudar recebi um toque no ombro, o indivíduo até então encapuzado virou e se mostrou para mim e a vítima. Era por volta das 21 horas de um domingo de inverno, aquela lembrança mudou a minha vida, e me fez refém do sistema, ao tirar o capus o rapaz em torno dos seus trinta e poucos anos disse: “Não se meta a herói policial, agora você é tão cúmplice quanto eu.” Puchou a arma e deu um tiro no estômago da moça. Logo em seguida fui colocado no carro blindado depois de uma saraivada nas costas, ainda tonto já no carro ainda via as mortes cruéis no meio da rua, em frente ao palácio do governo. Na despedida desta triste cena pude ver um olhar de uma menina triste que olhava um corpo que ainda se mexia agonizando por ajuda e, ao mesmo tempo olhava para mim. Eu não era mais o mesmo!

No furgão o líder deles e dono de meus traumas, se apresentou sendo Marcus Fel lange, filho mais velho do Papa, Walter. Estava sendo apresentado à família!

Minha amarga missão

- Décio, como andam as coisas? Me diga primo, achou o casal desaparecido?

Mais uma vez cortei Osvaldo.

- Quanta gente aqui hoje Osvaldo, fez aquele promoção do Kiebers?

- Não Décio! A prosperidade é alta aqui em jardim da penha, e minha cozinheira tem uma mão muito boa.

-Que continue assim meu primo! Você merece toda esta prosperidade. Foi muito corajoso em ter vindo pra Vitória, e ter enfrentado tudo que passou…..

- Ainda lembro dela Décio.

Osvaldo havia perdido sua noiva num tiroteiro de gangues . A pobre estava pegando um táxi quando foi alvejada com um tiro na cabeça, morte instantânea.

- Tente se concentrar nos momentos felizes que passaram quando for lembrar dela meu primo!

- Impossível Décio! A cada vez que vejo alguma determinação do Papa, as imagens aparecem….

Walter, o papa, vingou a morte de Priscila sua noiva. Em troca Osvaldo teve sua gratidão, o pobre havia vendido a alma ao diabo!

- Um dia ficaremos livres de tudo isso!

- O que quer dizer Décio? Propôs algo ao Papa?

Osvaldo não sabia da proposta que havia feito ao Papa, um combinado que faria meu primo se distanciar dos Fel LANGE para sempre.

- Fiz um acordo com Walter!

- O que está dizendo! Não faça isso com você mesmo Décio! Este homem vai te escravizar assim como eu. Ele irá te usar.

- Com esta proposta você vai se ver livre disso para sempre meu primo!

- Veja bem, combinei com o Papa que se eu encontrasse Marcus e a Esposa ele iria esquecer da dívida que você tinha com ele de vingar a morte de sua esposa.

- Não acredito! Isso vai além de bancar aqueles carcamanos dele vindo aqui pegando Kiebers de graça! Vai além dos 20% que tenho que dá para o Papa. Mas e você…? Você é minha família que restou aqui!

- Fiz isso por você primo, quero que toque a vida. Meu caso é diferente. Minha dívida com a máfia nunca será paga.

A dívida que tinha com o Papa vem daquele fatídico crime ao qual presenciei e por passividade e medo fui conivente. Depois de entrar no carro preto blindado ,fui levado por Marcus, para a mansão de seu pai, que mais parecia um quartel general. O Papa me recebeu em uma mesa, estava sozinho comendo uma maçã que parecia a mais doce. Sua vista admirava a baía de Vitoria, a casa era um verdadeiro palácio. Quando fui apresentado pude ver o semblante admirado de seu pai para mim ao sair da boca de Marcus a frase que me tornou prisioneiro:

“ - está aí Papa, os olhos que te faltavam na polícia “

Ou seja, passei a ser o informante da máfia na policia.

Mas, pouco informei de dentro do quartel pois eles precisavam de alguém mais conceituado na polícia civil. Na verdade era um sonho pra mim almejar um maior cargo nap Pc, mas não nestas condições. De uma certa maneira cresci com esta relação com o Papa. Raramente era acionado por ele pois era mais um informante, dentre outros. Assim fui desenvolvendo minhas atribuições com muita justiça na polícia, me tornei um detetive conceituado na Pc, mas de vez enquanto tinha que ajudar os fel lange a cobrir crimes e a prejudicar as outras famílias mafiosas as quais se reunião todas as sextas feiras no salão oval de sua casa.

A família fel LANGE era dona da propina e patriarca das outras facções/famílias, Os Silvas eram responsáveis pela crackolandia mais especificamente situada no centro da cidade de Vitória, capital do Espírito Santo, assim como os MIONES que no mesmo território capitalizavam com prostituição,mas a família que mais crescia e preocupava os Fel LANGE eram os Calabreses. Eles eram responsáveis pela metanfetamina, alucinógenos que crescia nos bairros dos municípios da serra, Vitoria, Vila Velha e agora em Guarapari. As famílias tinham o incentivo e proteção dos fel LANGE, por isso já viu, deviam favores à família, estavam vendendo a alma ao diabo também!

Tempo, tempo ,tempo

- Décio a conversa tá boa mas tenho que ver o que está acontecendo na cozinha, fique à vontade primo, já já estou de volta para prosearmos mais, …. Fique calma que pensaremos em um jeito de sairmos desta…. Eu e você!

Àquela altura do campeonato ele saindo era um grande lucro pra mim, mas achar Marcus e sua esposa seria o pontapé para minha ascensão como detetive e um ponto a mais para mim em relação à minha dívida com Walter.

Naquela noite que fui raptado por Marcus e direcionado ao Papa, fui inserido no sistema mais sujo do Estado do Espírito Santo, mas hoje vejo que posso me redimir daquela tragedia e de tantas outras que acobertei, mesmo que me levasse a morte, estava infiltrado nas maiores facções que o Brasil já teve , a maior máfia! E poderia contribuir com isso para me redimir comigo mesmo.

Assim comecei a juntar provas e fazer ligações de crimes, fiz o perfil de cada um dos membros da família e das outras que às serviam. Resgatar Marcus era a chance de ter ele em minhas mãos e prendê-lo. E eu precisava disso, mesmo que me levasse ao meu fim! Seria lembrado pela história, iria ter acabado com os fel LANGE e iniciado a busca e destruição das outras famílias, iria ser um mártir e voltaria aos braços de minha família lá em Goiás como uma história de sucesso.

O bárbaro crime que presenciei nasceu da traição de Patrício Conte, um advogado de renome que descobriu o esquema de propina dos fel LANGE, sua esposa , Olívia Conte tinha duas filhas, e era prima de Téo, patriarca da família CALABRESE. Quando Walter descobriu que Olívia era parente dos CALABRESI, chamou seus capangas comandados pelo seu filho mais velho Walter para deletar os Conte. Walter acabou se sentindo traído.O crime foi brutal metralharam Patrício Conte, no meio da rua, e pegaram a esposa que depois de estripada foram jogados seus pedaços no meio da rua da reta da penha. As filhas do casal não foram encontradas naquele dia e se tivessem presenciado aquilo ou estariam mortas ou teriam corrido de pavor.

O pobre Patrício Conte levou 27 tiros dos 28 que saiu da metralhadora de um dos capangas de Marcus. O vigésimo oitavo escapuliu na perna da moça que ali passava, ao qual parecia querer ajudar porém, Marcus a matou de graça e me pôs no carro. Eu atônico não cumpri meu dever. O nome da mulher que morreu de graça no tiroteiro foi Ravenna Costa, depois descobri que ela estava buscando a filha na casa da sogra , estava no local errado e na hora errada. Provavelmente a menina que tentou acudi-lá era sua filha…. . É difícil pra mim lembrar de tudo isso.

-Pronto voltei primo , como ia dizendo….

A voz de Orlando sumia a cada lembrança que tinha daquele momento até que meu primo lembrou de minha missão!

- … e como pretende resgatar Marcus e a esposa?

Marcus e sua esposa Lúcia Ametista Fel LANGE foram raptados a dez dias por um grupo que se intitulava PANDORA.

Depois de alguns acordos com o grupo Pandora hoje seria a data da libertação de Lúcia. O amor de Marcus por Lúcia era imenso e ele junto com os sequestradores fez este acordo de liberação. O local ao qual estava marcado de pegar Lúcia era próximo da universidade federal do Espírito Santo, a UFES, a poucos metros aqui estava eu conversando com meu primo esperando a hora marcada para tal resgate.

- Osvaldo, logo mais terei de sair para apanhar a esposa de Marcus, conseguimos a liberação dela.

- Que bom, as coisas estão avançando.

-Sim, com ela podemos saber alguma coisa dos sequestradores.

Estava em negociações com os sequestradores à tempo, e foi um custo a liberação da esposa, minha esperança com isso era resgatar Marcus e prender os sequestradores, na verdade prender todos eles, rs.

… e onde vai ser esta liberação?

- Quanto menos saber melhor primo, e cuidado com esta informação. Ela pode custar caro. Nem a polícia sabe! Estou aqui trabalhando para o Papa, o prospecto diz que alguma outra família faz parte desta barbárie.

- Ok! Mas tenha cuidado!

- Pode deixar.

Osvaldo era minha única família, era tudo que possuia e podia lutar naquele momento.

- Primo, vou dar um pulo ali na rua , preciso levantar um pouco pois a bebida está pegando…

-Já está na hora do resgate?

- Não seja tolo osvaldo! Você não vai lá na UFES comigo e já disse que não é pra falar este assunto assim! Pode ter alguem por perto!

-Você e suas perturbações! Vai lá , qualquer coisa estou aqui! A proxima é por minha conta!

-Rs, achei que todas eram…

O resgate

Levantei com a certeza de poder encontrar alguem ou alguma pista por perto. Algo que mostrasse com quem lidava, com quem estava lidando. Eram profissionais.Estavam a dez dias com Marcus e Lúcia. As unicas pistas eram charadas que tinhamos que decifrar mas todas estavam tão longe das respostas…. Toda a noite lia cada uma das ditas questões. Eram recortes de jornais que emaranhavam minhas vistas, estava preoculpado mas , muito intrigado com tudo aquilo. De novo vejo a linda garçonete a desfilar com a bandeja. Meus olhos não chegaram nem em seu rosto com aquele belo corpo , mas mesmo se quisesse a penumbra do bar impedia. Mulher aqui em vitoria estava dificil. Nunca fui um bom namorado. Sempre fui muito dedicado ao serviço e acabava esquecendo dos meus namoros. Minha vida pessoal sempre ficou em segundo plano desde Goias.

Rolava aquela bebida com vodka e gelo, estava fora do bar de Osvaldo mas conseguia ver por dentro, pois o bar era aberto. De longe via meu primo conversando com dois garçons , provavelmente dando as instruções da noite.

Na minha cabeça, no meio de tantos afazeres, pairava a figura mais linda, ela era advogada, e estava sempre na Tv, estava cobrindo o caso do assassino de um juíz que morreu após decretar a prisão de um traficante do Morro do Romão , uma semana depois da condenação, o juíz Leopoldo Francisco Ferdinando estava morto na rua carlos lindemberg , em Vila Velha, municipio próximo da capital. A advogada Penélope Cruz estava averiguando o caso e ligando as fontes. Me encontrei com ela duas vezes depois somente por televisão. Ela era estonteante. Procurei saber algo sobre ela averiguar sobre a deusa que me despertava. Deus ela era fascinante! Mas ela me remetia ao passado! Seu nome do meio dizia muita coisa. Penélope Conte cruz. Filha do falecido e renomado advogado Patrício Conte e sua esposa brutalmente morta Olívia Conte. A historia se repetia, ou era minha oportunidade de redenção?

O problema era chegar naquela mulher!Mas algo me diz que nosso ultimo encontro foi promissor. E a cada vez que ela chegava mais proximo do caso do Juíz Francisco, mais perigoso ficava, pois ela chegava mais proximo dos Calabresi, mandantes do crime, e consequentemente do Papa. O Juíz foi a fundo demais nos narcóticos e poderiam comprometer o esquema da mafia. No meio disso tudo estava eu , décio, ou melhor detetive Décio! Ela é a parte de mim chamada redimir!

O relogio marca Dez e meia. No meio de tanta gente estou de olho na Ufes. A universidade estava vazia. Facil perceber alguma manifestação. Mas meus instintos diziam que estava sendo observado desde que cheguei ao bar de osvaldo. Assim retornei ao bar para minha ultimas considerações com meu primo. Estava um caos de calor no meio de tanta gente naquele bar.

- Primo acho que deu a minha hora. Pegue a saideira!

Rapaz estou apreensivo … tome prove este conhaque, muito bom!

Depois de um vodka conhaque? Rs você não quer me ajudar né? Rs

Estou apreensivo quanto a este resgate Décio! São muitos os casos deste tipo que dão errado. Temo pela sua vida! E posterior a minha….

Calma !

Dei uma golada no conhaque.

Tudo vai dar certo meu irmão!

Tinha tempo que você não me chamava assim!

Você é meu irmão Osvaldo! É o que tenho ! é o mais proximo de família que tenho! Agora tente ficar mais calma que está me deixando apreensivo e isso pode me atrapalhar a pensar.

Ok! Você está certo! E aí o que achou do drink?

Se não tivesse gostado não estaria bebendo meu nobre! Hahahah

Tentei quebrar o clima tenso que pairava entre a gente. Mas no fundo sabia que ele estava certo! Eu corria perigo!

Meu telefone toca! Era ARTHUR FIDALGO, homem de confiança do Papa é considerado como um filho, Marcus morria de ciúme desta relação de ARTHUR com Walter.

Décio, já está quase na hora! Estamos a dois quarteirões de você.

Entendido ARTHUR. Não se aproxime , não quero tirar a confiança dos sequestradores, eles foram bem claro , só eu deveria estar no local do resgate.

O Papa disse que se alguma coisa der errado com a esposa de Marcus, seu primo Osvaldo não passará de hoje!

Eu entendi! Peça para ele não se preocupar, está tudo sobre controle!

Estava próximo de Osvaldo não podia deixar ele perceber minha aflição!

cuidado Décio não quero perder meus Kiebers por nada rs!

Sem esperar nada ARTHUR desligou! Mas o que mais me perturbava era quem estava me observando. Era profissional! Não deixava rastros. Olhei ao meu redor e observei um homem sozinho! Ele estava ali a muito tempo e começou a me incomodar. Perguntei a Osvaldo quem era a figura. Mas Osvaldo não sabia! Ele era muito suspeito naquele momento!

De novo meu telefone toca, era meu parceiro ELias SOLON

Petraga, onde você está homem!

Elias me chamava pelo sobrenome , como de costume entre os militares.

Estou numa situação onde não posso falar agora, você entende né?

Há! Está de namorada nova agora! Volto a te ligar amanhã depois da noitada então! Não vá perder a hora! Iria te convidar para ir ao cerimonial lê bufet, festa de casamento da minha prima, entrada franca para você meu amigo acabei de chegar, mas te entendo. Dependendo da moça sei como é…. Hahahaha

Ok! Obrigado pelo convite, abraço

Elias era uma parceiro alegre feliz mas perigoso e não confiável, era neto de Gérson CALABRESI, aí já viu. Forte espião tanto da família CALABRESI como fel LANGE , porém o Papa queria sigilo sobre o rapto de seu filho então não queria divulgar o que estava acontecendo, nem com as outras famílias e nem com a polícia, na verdade as outras família eram todas suspeitas neste caso do rapto!

quanto telefonema primo, tá procurado hein?

Pois é!

Enquanto conversava o homem entrou no banheiro.

Vou lá averiguar, estou desconfiado….

Ao me deparar com a porta do banheiro rapidamente , ainda enxugando aos mãos em sua calça o homem barbudo ao qual estava desconfiado passa por mim, pensei em abordá-lo mas me constrangi quando observei seu semblante inocente e despretensioso de qualquer situação adversa , ele não era quem estava me observado, naquela altura tinha desconfiança de minha sombra. Tentei me conter entrando no banheiro e lavando meu rosto. Ao olhar no espelho me deparei com um Décio com barba rala, olhos fundos escondido por um óculos de leitura que me mantinha mais seguro quando o usava. Os olhos castanhos tinha herdado de meu pai, mas a personalidade de minha mãe. Dei mais uma olhada no relógio os minutos passavam como segundos e eu não sentia a pressa do tempo. Talvez encontrei quem me observava a todo momento! As horas ! Fui em direção a Osvaldo ao sair do banheiro o homem barbudo não estava em sua mesa apenas a atraente garçonete limpava o que lá tinha restado, fui proseguindo em direção a Osvaldo , ele me esperava com um sorriso apreensivo no rosto.

Não era o observador né?

Penso que não

Aceita mais uma?

Neste momento senti que algo me perturbava mas não sabia o que. Talvez a culpa. Sentia isso de vez enguando.

tequila. Desce mais rápido! Estou sem tempo.

Tomei minha dose tão rápido que nem sentia a ardência na garganta, a sangria desceu sem deixar rastros, logo depois fui surpreendido com um novo telefonema. Afastei a última gota de tequila da minha boca com o ante braço e antes de atender vi que era uma chamada restrita.

Mudança de planos, Praça da feirinha em Jardim da Penha meia noite…

Como?

A praça da feirinha não era tão distante dali. Mas mudava meus planos já traçados. Jardim da Penha era um bairro de muitas árvores e três pracinhas com ruas que favorecia se perder. Mas ali estava tudo dominado.

Não deu tempo de qualquer outra conversA. Pela voz ao telefone estava usando um pano para abafar. Seria alguém conhecido?

Rapidamente disse ao Osvaldo que precisava sair.

o dever me chama primo! Se cuida!

Tem certeza que…

Como de praxi cortei meu primo com outra pergunta, uma forma de entreter….

Osvaldo me diga, você contratou mais funcionários para seu bar…..

Sim, porque?

Não, deixa pra lá!

Qual é! Estou cançado de suas cortadas..,.

Realmente eu estrapolava mesmo.

Calma primo,rs está estressado?

Vi o horário é de novo percebi que estava sendo observado. Com intuito de despedida lancei minha última questão a meu primo. Já era minha hora.

… Gostei dos atributos da sua nova garçonete….

Falei, levando a boca meu cigarro barato e posteriormente o perfume de seu cheiro.

Mas fui surpreendido pelo olhar de espanto de Osvaldo.

mas…, qual garçonete?nós só temos jovens homens distribuindo os quitutes e bebidas , você sabe bem!

Era política de Osvaldo, mulher é bom na cozinha..,

mas eu vi ….

Eu mesmo cortei minhas palavras e entendi o que ali avia acontecido, encontrei meu observador, e não eram as horas.

Deixa pra lá primo, estou precisando de descanço , vou nessa, mando notícias, se cuida!

Também espero notícias suas Décio. Tome cuidado!

My Mistake

Fui sem pressa ao meu voyagem prata, esperando o olhar de quem me observava, mas não encontrei nenhum olhar suspeito e nem senti algo que me atormentasse. Acendi outro cigarro agora dentro do carro. Comecei subitamente lembrar de Penélope Conte, meus sentimentos eram sinceros por ela, muito maior que atração, muito maior que pena (pela falsidade de seus pais) era algo que nunca havia sentido antes. Tinha encontrado pouco com a advogada para sentir tudo isso, e quando pesquisei por ela e descobri a comhecidência dos acontecimentos. O meu primeiro encontro com ela foi revelador, seu olhar se entregou aos meus, e percebi suas considerações. Mas chega, esta mulher consegue me tirar o foco! Estou na pracinha da feirinha no bairro jardim da penha, o bairro leva este nome devido à preservação de algumas poucas árvores que apresenta em cada esquina. Lá avisto apenas um posto policial e dois cachorros vira latas. Contorno a pracinha e para o carro atrás de uma banca, dali tem a visão completa de meus objetivos. Não saio do carro apenas ligo o rádio e ponho na Cbn notícias. Uma enxurrada de notas sobre a tentativa de impeachment contra o atual presidente da república do Brasil são apresentadas pela oposição. Meu foco são as pequenas ruas do bairro, mas me comove o que o Brasil passa. O telefone toca, é o número restrito.

Alô! Onde vocês estão?

Fico sem respostas mas a pessoa continua na linha ouço uma buzina que condena a sonorização da mesma buzina do carro da esquina da direita… Saio do carro vejo uma movimentação de galhos no final da rua que leva a um hot Dog antigo do bairro. Minha arma está em punho e o telefone na orelha. Apenas ouço a respiração e bloqueado por algo parecido como pano. E escuto.

Pare aí!

Estava sendo observado…

largue a arma nesta moita a sua direita.

Como sabia…. Não estou vendo ninguém por perto, todos os prédios tudo apagado.

escute com atenção! A mulher de Marcus estará no banco da praça! Ela está desamarrada neste momento, disse a ela que qualquer movimento brusco atiro nela! Ela só pode sair com sua presença!

Estou indo pra lá!

Espere! Ela não sabe mas no bolso dela tem um envelope direcionado ao seu sogro!

Ok! Posso ir?

Sim! Me desculpe!

Porque?

Disse que a entregaria sem arranhões, mas tive que cortar o dedo de seu pé direito!

Mas porque….

Neste momento a ligação caiu! Fui em passos rápido ao encontro da mulher de Marcus. Não podia correr pois podia encontrar com o sequestrador, o caminho me fez pensar na pobre moça que acabara de perder o dedo. Lúcia Amemtista é a segunda mulher de Marcus Fel LANGE. A primeira tinha sido Anna Fel Lange, que faleceu misteriosamente na mansão fel LANGE, caso que deu muita dor a Marcus e seus dois filhos Paulo e JULY, como a morte foi dentro do forte fel LANGE não teve perícia completa, e o caso foi abafado, mas muitos relatos diziam que ela teria sido envenenada pela antiga governanta da família que tinha um caso com Marcus. Lúcia era uma linda mulher , no auge de seus 40 anos, 25 a menos de Marcus, muitos a criticavam de ser uma aproveitadora no começo da relação, mas este fato foi se desfazendo quando todos perceberam a melhora de Marcus com relação à sua agressividade, uso de drogas e violência doméstica. Todos os criados da casa gostavam de Lúcia e ela conseguiu algo impossível, ser aprovada pelo Papa. Marcus conheceu Lúcia numa festa de ano novo em Guarapari, Praia do Morro. Ele tinha uma mansão por lá. Dai por diante são dois anos de uma relação que parece uma vida! Marcus amava Lúcia, daria a vida por ela, penso eu até a de seus filhos…

Chego na “pracinha da ferinha”, meus olhos rodeiam e nada enxergam o posto policial quase sempre abandonado e o barulho de um cachorro uivando no final de uma das quatro ruas que cortavam a pracinha. O cenário era assustador para uma mulher que ali estava, sozinha e com dor, devido à sua mutilação.

Avisto o banco e encapuzada estava Lúcia AMENTISTA. Sozinha como prometera a voz. Enquanto apertava os passos para chegar próximo dela noto que ela está chorando. Sua mão é levada aos olhos. Ainda não consigo ver seu olhar. Apenas sei que é Lúcia Amemtista. A linda e atraente mulher de Marcus, meu inimigo!

Lúcia ! Pode ficar calma, vim aqui para resgata-lá.venha deixe- me ajudá-la a levantar.

Seu corpo exalava cheiro de perfume Francés. Mas suas roupas estavam sujas e quanto mais perto chegava sentia cheiro de mijo.

Venha temos que ir até o carro, antes que a polícia ou alguém veja. Fui orientado a te levar ao Papa, antes que a mídia soubesse…..

provavelmente iram me interrogar sobre marcos.

Disse sua fala com voz falha, soluçando de choro. Pude ver seu rosto manchado com a maquiagem verde escuro que usava.

provavelmente minha querida… Não vou negar.Voce sabe o procedimento!

Não aguento mais isso! Estou exausta! Como estão JULY e Paulo?

Estão bem , não se preocupe.

Ela amava Marcus mas principalmente seus dois filhos, apesar de não serem dela de sangue, e de conhecê-los a pouco tempo, ela os encaravam como filhos.

Abri a porta traseira para ela, mas enquanto fazia isso, um carro há 500 metros do meu, bate farol. Poucos minutos telefone toca. Era ARTHUR.

Deixe que eu mesmo leve Lúcia para o Papa. Vá para sua casa e descanse pois iremos precisar de você amanhã.

Ok

Vou passar com o carro aí. Embarque a mulher de Marcus pra mim.

Retirei Lúcia do carro e lembrei da pista que estava em seu bolso. Mais uma pista. E esta só eu sabia! Assim no ato de retirar Lúcia do carro apanhei em seu bolso sem que ela percebesse um embrulho de papel. Senti naquele momento que nem Lúcia sabia que carregava uma pista.

A senhora vai com ARTHUR até o Papa. Desculpe perguntar só agora e o seu pé?

Percebi que já estava enfaixado o pé. Era suor e lágrimas que cobriam Lúcia, não um suor de calor, mas um suor gelado!Lúcia usava uma havaiana em seu pé que foi decepado o dedo mindinho.

obrigado por perguntar…. Não estou bem DÉCIO.

A resposta foi o tempo para a carona de Lúcia chegar.

Sem cerimônia embarquei Lúcia na parte de tráz de uma Hilux preta. Ao fechar a porta via o final de um fusível R15 com um dos capangas de ARTHUR. Vi que eles esperavam o pior. ARTHUR ainda dentro do veículo disse em bom tom ao abrir seu vidro coberto com isulfilme G5.

O papa precisará muito de você amanhã, não se esqueça!

E assim partiu a Hilux preta não deixando rastros, apenas dúvidas em minha cabeça! Pensei comigo mesmo:” para ARTHUR falar duas vezes que o Papa precisará de mim amanhã é porque é muito importante “. Talvez já se tenha pista de quem raptou Marcus.

Entrei no meu Voyagem, estava doido para ver aquele embrulho de papel. Seria o primeiro a ver. Minha chance de pegar Marcus antes do seu pai! Queria olhar nos olhos dele antes de meter uma bala em seu crânio. E vingar a todos que ele matou. Mas sei que o máximo que faria seria entregá-lo a polícia com provas de vários crimes que guardo deste meliante. Seria o início do fim do Papa! Estaria fazendo o certo e honrando meu nome!

Abri o papel, em letras de forma de recortes de jornais e revistas estava uma frase, mais uma enigmática:

Eu estou pagando por meu erro E jamais serei o mesmo homem novamente.

O embrulho de papel com esta frase guardava um micro cartão Usb. Por sorte tinha adaptador no som do meu Voyagem. Tanto se fosse áudio ou mesmo vídeo, poderia analisar ali mesmo. E foi o que fiz.

Enquanto encaixava o cartão Usb, ficava martelando aquela frase em minha cabeça. Todas levavam acreditar que se referiam ao Papa. E que Marcus era um meio de atingi-lo. E estava tendo êxito.

Ao instalar pude ver que só áudio existia no cartão. Uma chiadeira tremenda, logo abaixei o volume do carro. Após um minuto ouvindo chiadeira pude perceber que vozes saiam bem baixinho desta chiadeira que mais parecia televisão sem sintonia. Preferi ligar o carro e analisar dirigindo até minha casa, pois já estava tarde e o outro dia seria grande para mim.

Estava no final da praia de camburi e ainda não se ouvia nada além de chiados até que aparece um som de uma música. Eu conhecia aquela música! Era dos Pholhas, conjunto ao qual adorava ouvir quando jovem. E a música era seu carro chefe, de um Lp maravilhoso da época. Mas não me lembrava o nome. Apesar dos integrantes da banda serem brasileiros , eles cantavam em Inglês. E eu era péssimo no idioma.

Ao chegar no portão de casa pude ouvir os vocais melódicos da banda. Eu curti e esqueci por um momento de tudo e todos. Lembrei! Lembrei o nome da música! Sorte não ter mAis ninguém no carro para me ouvir falar o nome dela , eu era horrível falando inglês.

My Mistake

Disse em voz baixa enquanto fechava os olhos já na garagem do meu prédio e curtia de novo a música.

Continuar lendo

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