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Herdei de uma antiga rainha o nome Isabella, junto com histórias de assassinato, traição é guerras. Talvez, a única coisa que tenhamos em comum de verdade e que ambas estivéssemos em meio a guerras de sangue pelo poder.
Pertenço a casa York é meu pai, o rei Edward ganhou sua coroa em um campo de batalha
- mesmo que ela o pertencesse por linhagem -
Minha mãe, a rainha Elizabeth tampouco estava destinada a ser uma rainha, antes da guerra começar, mamãe estava presa a um nobre de pouco poder que era leal a casa de Lancaster é ao rei louco Henry é sua rainha, Margaret de Anjou.
Tinha sete anos de idade quando soube que minha vida dependia da vitória de meu em campo de batalha. É que sempre que ele viajava para lutar com algum exército inimigo a roda da fortuna girava é poderíamos acabar aqueles dias mortos como meu avô, Richard de York.
Foi por causa dele que o norte se armou em armas contra os Lancasters. Porque meu avô foi derrotado em batalha e teve sua cabeça arrancada por ordens da rainha Margaret de Anjou, uma mulher que decidgonvernar o reino através de seu pobre marido. Não deveria, mas eu a admiro, a única mulher que ousou pegar em armas para defender seu país foi Joana D'arc.
Estamos aqui mais uma vez. Escondidos em um santuário cuja a luz do sol não pode ser vista, em meus braços, está minha irmã, Mary assustada demais com os gritos de minha mãe na outra sala.
Elizabeth, que é apenas um ano mais nova que eu, observa Cecily temendo que nossa irmã caia em lágrimas por medo que a morte bata em nossa porta hoje.
Com a ajuda de parteiras enviadas por Margaret de Anjou, minha mãe está dando a luz à meu novo irmão ou irmã, minha avó, lady Jacquetta também a está ajudando. Não me lembro do dia que nasci, mais sei que estava em uma sala de ouro cercada por amas é uma parteira prontas para me atender enquanto meu pobre irmão só possui alguém para ajudar em seu nascimento pela bondade da mulher que tem o sangue de nosso avô em suas mãos.
Me chame de orgulhosa, mas eu sangraria por cada cômodo deste lugar antes de aceitar a ajuda de um Lancaster.
Minha avó, a duquesa Cecily gosta costuma dizer que sou tão orgulhosa quanto qualquer York deveria ser, é que as vezes, a faço lembrar de tia, Margaret.
Espero que seja verdade, tia Margaret é uma duquesa rica com muito poder sobre si mesma, então, se eu for parecida ela, talvez tenha a mesma sorte.
- mamãe, vai morrer ? - Elizabeth, questiona de repente. Posso ver o medo em seus olhos, mas somos York é não podemos ter medo nunca, é o que papai nos diria.
- Claro que não. - Sou rápida em dizer, sei que minha mãe é forte, e que ela jamais irá morrer em um parto assim como meu pai nunca perdeu uma batalha. A virgem Maria nos abençoa é por isso que sempre triunfamos, e porque o símbolo de nossa casa é a rosa branca.
Meus pensamentos são interrompidos pelo choro baixo vindo do cômodo onde costumamos dormir. Sou a filha mais velha então, na ausência de meu pai, é meu dever ter certeza de que tudo está bem conosco.
Em passos cuidadosos, eu adentro sem permissão aquele lugar. Sinto o cheiro de sangue que toca os lençóis e do suor que escorre pela testa pálida de minha mãe, em seus braços, ela segura um pacotinho em panos brancos. Minha avó, parada junto dela, sorri vitoriosa, a parteira recolhe lava suas mãos em uma bacia de metal e fita com atenção minha senhora mãe.
- O que é ? - ousou perguntar, curiosa. Não desejo outras irmãs porque já possuo três, mas não digo isso em voz alta porque sei que minhas palavras deixariam minha mãe e avó tristes, e tudo o que elas menos precisam agora e de tristeza.
- é um menino, Isabella. - Vovó diz, alegre.
Mamãe abaixa o pano e então, posso ver meu primeiro irmão, ele me lembra um joelho, seus olhos são castanhos como os meus mas, todo o resto me faz lembrar de meu pai, até mesmo os pés grandes.
- a rainha sugeriu que o bebê fosse chamado John. - a parteira murmura, de repente. É claro que sua boa ação para com a família que chutou seu má para fora do trono não seria sem um preço, ela deseja ditar até mesmo o nome que meu irmão, o herdeiro de meu pai deve receber.
Que coisa deselegante.