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Dimitri: Vida na máfia.

Dimitri: Vida na máfia.

tainaalves913

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9
Capítulo

Ensinada desde a adolescência a ser a esposa ideal pra um mafioso, Yelena, tem seu destino decretado: ser a mulher de Dimitri Vassiliev, líder da Máfia Russa. Desprezada pelos pais, Yelena não tem outra saída, de mãos atadas ela aceita o casamento. Num ritual comum na Máfia, o destino de Yelena é traçado. Sem escapatória,resta a ela aceitar tudo calada,como uma boa esposa. Não será fácil a convivência com Dimitri.

Capítulo 1 01:

•Y e l e n a S m i r n o v:

Kazan,Rússia...

Meu nome é Yelena Smirnov,tenho 19 anos.

Sou filha de Ivan e Olga Smirnov.

Meu pai faz parte da Máfia Russa, e minha mãe...Bom,ela só o acompanha nos eventos.

Ambos são ambiciosos,e viram em mim uma forma de ganhar dinheiro e prestígio.Ensinada desde criança como eu deveria me comportar e ser uma boa esposa pra algum integrante da Máfia.Eu aprendi a cozinhar,fazer tricô, pintar telas,tocar piano e também duas línguas:inglês e espanhol. Às escondidas,eu também aprendi o italiano,mas ninguém sabe. Caso eu fizesse algo errado,eu era severavemente punida pelos meus pais.Já fiquei dois dias inteiros sem comer nada e sem beber água,presa num porão escuro,onde a falta de umidade me trouxe problemas respiratórios.

A missão de me ensinar como ser uma esposa troféu ficou pra minha mãe.Ela desempenha muito bem esse papel. Ela me deu regras,regras estas que jamais deveriam ser quebradas quando eu estivesse na presença de outros homens e do meu marido:nunca olhe para outro homem por mais de um segundo;não desobedeça uma ordem;não opine em nada;aceite cada punição sem retrucar; seja uma boa esposa e agrade seu marido na cama,mesmo que esteja cansada ou doente; dê filhos homens,garantindo a herança do sobrenome;seja uma boa esposa e mostre que está feliz com o casamento.

Pretendentes para mim não faltaram.

Os homens me elogiavam na presença de meu pai, e queriam me desposar. Sabiam que em mim iam achar uma esposa virgem e inexperiente, o que aguaçava o desejo dos homens.

Entre estes pretendentes,surgiu o que ganhou a disputa: Dimitri Vassiliev,o líder.

Eu o vi poucas vezes,nunca lhe dirigi a palavra,e por um motivo desconhecido por mim ele me escolheu para ser sua esposa.

Meu pai soltou rojões de alegria.

Será um ótimo negócio pra ele ser sogro do líder.Uma aliança seria feita entre nossas famílias através do matrimônio. O noivo,paga um certo dote a família da noiva.Minha mãe anda rindo ao vento,devo supor que o dinheiro pago lhe trouxe algo de bom.

Coisas boas só vieram pra ela.

Eu me encontro em uma situação crítica.

Eu sei o que me espera nesse casamento,sei que sofrerei, passarei por coisas que nenhum ser humano merece passar.A minha dignidade não irá mais existir depois que eu aderir ao sobrenome dele. Dimitri será o mesmo que o meu dono,podendo fazer comigo o que bem entender, e ninguém ousará impedir. Eu estarei sozinha, ninguém irá me ajudar.Terei que lamber minhas feridas sozinhas.

-Está pronta Yelena?-Mamãe entra no quarto.

Hoje eu serei apresentada a máfia como noiva de Dimitri. Pessoas me ajudaram na super produção.Meu cabelo,maquiagem,depilação,vestido,foram feitos por profissionais renomados.Eu fiquei praticamente o dia inteiro no meu quarto,me produzindo para a festa da noite.

-Sim mãe.-Me levanto da pequena poltrona.

Estou usando um vestido vermelho sangue,a cor da Bratva. Ele possui um decote em V,e uma fenda gigantesca na lateral da minha coxa,a deixando exposa. Nos pés um salto alto fino de cor prata.

Sei que Dimitri irá gostar de me exibir como seu mais novo troféu. A escolha da roupa não foi minha,eu só servi de manequim,uma boneca inflável nas mãos de meus pais.

-Radiante!-Ela diz apreciando a peça de seda.-Seu pai está a nossa espera,assim como seu noivo.

-Vamos.

Minha mãe me guia até onde está meu pai e meu noivo.Os dois estão próximo a um carro de luxo,a nossa espera.Ambos com ternos pretos,típico.

-Olha Ivan,como nossa filha está linda.

Agora eu sou alvo do olhar dos dois.

Meu pai me avalia,assim como ele. Me sinto numa vitrine,tenho que está perfeita para agradar aos olhos.

-Está linda minha princesa.-Ele diz.

-Obrigada papai.-Sou educada.

-O que acha Dimitri?-Ele se dirige ao homem que não havia falado nada ainda,só me olhava.-Uma bela esposa pra você.

-Não me chame pelo nome, não sou íntimo seu.Ainda sou o seu líder.-Ele abre a boca e meu pai no mesmo instante se retesa.-Vamos antes que eu perca a minha paciência.

Sem nenhum tipo de gentileza ele me agarra pelo braço,me machucando e me leva até outro carro,carro este que eu não havia notado ainda. Abre a porta e me joga no interior. Com a brutalidade, acabo machucando um pouco a minha coxa,mas não deixo transparecer. Ele entra em seguida,se sentando ao meu lado.

-Escuta aqui vagabunda.-Ele pega no meu maxilar, apertando com força.-Ainda não sou seu marido,mas vou lhe dá um aviso:ouse olhar pra algum filho da puta e eu acabo com a sua vida e a de toda a sua família. Ajeite a porcaria dessa fenda antes que eu deixe esse vestido em trapos.

Solta meu rosto o virando com força.

As lágrimas estão contidas nos meus olhos.

Eu não posso chorar.

Me ajeito no banco e cubro parte da minha coxa.

Olhando a paisagem através da janela eu espero em silêncio até que o carro para em frente a uma grande propriedade. Na porta há uma concentração de repórteres. Apesar da vida criminosa sendo líder da Bratva,meu noivo tem negócios lucrativos de forma legal,de vez em quando ele passa na TV.

Como da forma que eu entrei,sou tirada do carro.

Ajeito meu vestido e aceito seu braço,para que possamos entrar no lugar já cheio.

Quase fico cega com a quantidade de flashes que nos atingem. Somos bombardeados com perguntas: "Esta é sua namorada senhor Vassiliev?" , "Sua nova acompanhante?" , "Sua nova aquisição?". Ele não se dá ao trabalho de responder nenhuma,só me conduz para dentro.

Há pessoas por todos os lados,olham em nossa direção e conchicham. Minha cabeça está levemente abaixada,o suficiente para que eu enxergue o caminho.

Meu inferno particular irá se iniciar...

•••

De frente para o público,estou. Com um Dimitri mal encarado ao meu lado,e ao lado dele Iure Vassiliev,seu irmão mais novo.

Estou prestes a ser anunciada.

Continuo com a minha cabeça baixa,consigo ver pouca coisa com a minha visão periférica.

-Apresento a vocês, Yelena Smirnov, filha de Ivan Smirnov, como a minha noiva,futura primeira dama da Bratva.-Ele diz e o povo grita e bate palmas.-Olhar pra ela é algo proibido,falar com ela é o mesmo que pedir pra morrer.

-Viva a Bratva!-Iure diz com voz firme.

-Viva a Bratva!-Todos respondem em uma só voz,com todo ar que existem em seus pulmões.

-Olhe pra frente.-Ele ordena e eu faço no mesmo instante.Todos ainda continuam em seus devidos lugares,nos olhando com expectativa.- Eu,Dimitri Vassiliev,líder da Bratva, decreto: aquele que ousar olhar para Yelena Smirnov, morrerá pelas minhas mãos,não terei misericórdia.

Todos gritam novamente.

-O aviso fica pra você também.Ouse olhar pra alguém e eu te mato da pior forma possível.-Ele diz bem perto do meu ouvido,me causando calafrios de medo.-Sorria como uma noiva feliz,e não me faça perder a paciência.

Ele se retira e me deixa sozinha com seu irmão mais novo. Não sei se ele me olha,não ouso olhar em sua direção.

-Não fique igual um bichinho acuado,é isso que o meu irmão quer.-Ele diz.Eu não respondo,as consequências quem sofrerá sou eu.-Vamos lá,eu sou uma exceção a essa regra,olhe pra mim e vamos conversar Yelena Smirnov.

-É melhor você se afastar e não falar comigo,não quero ser responsável pela morte de ninguém.-Digo de forma baixo,quase inaudível.

-Eu não vou morrer.-Ele dá uma risada zombateira.-E se fosse pra você morrer,sua morte já estaria sendo encomendada,pois você quebrou uma das regras.

-Você me inibiu a isso.

-Também.-Ele volta a sorri.-Ah,eu já ia me esquecendo.Sou Iure Vassiliev, vise- líder da Bratva e irmão mais novo do seu futuro marido.Sou seu cunhado.

-Eu sei.-Não me apresento.

-Não vai se apresentar?-Ele pergunta.

-Você sabe quem eu sou.-Digo.

-Verdade,eu sei.-Chega mais perto.-Sei tudo sobre você Yelena.Cada mínimo detalhe eu fiz questão de colocar no seu relatório,até as suas pesquisas mais pecaminosa no Google. Vejo que não é tão ingênua assim Yelena.

-Devia saber também que não sou só eu que tenho acesso ao meu computador.-Eu digo sem esboçar nenhuma reação. Não uso o Google pra fazer esse tipo de pesquisa,sempre fui advertida quanto a isso.

-Tem uma língua afiada,será um veneno para sua relação com meu irmão.-Ele diz.-Eu tenho pena de você Yelena.

-Eu também tenho.-Digo com pesar.

-Mas olha,eu vou parar de encher seu saco.Irei conviver na mesma casa que você irá morar em breve,posso ser seu amigo,se assim você quiser.-Ele diz sugestivo.

-Não,obrigada.-Dispenso.-Amigos não me servirão de nada. Eu sofrerei sozinha,prefiro ficar sozinha.

-Até mais cunhada.-Num ato de ousadia ele beija o meu cabelo e eu arregalo os meus olhos.-Se precisar de ajuda com o meu irmão,não exite em falar comigo, eu irei ajudar você.

-Sabemos que não será possível.

Ele sai e eu fico sozinha.

Algo dentro de mim me avisa que eu estarei bem ferrada depois desse casamento.

Que Deus me ajude!

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