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A CEO e o Herdeiro - Quando os opostos se atraem

A CEO e o Herdeiro - Quando os opostos se atraem

Ana Beatriz Henrique

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Capítulo

Diana Jones, perfeccionista ao extremo, mãe, workaholic, pés no chão, centrada e dedicada a família. Tyler Moore, jovem, bonito, solteiro, egocêntrico e herdeiro de uma grande empresa. Em um dia, Diana Jones é CEO da empresa que ajudou a erguer. No outro, se vê tendo que ajudar Tyler Moore, o herdeiro inconsequente, a gerir os negócios da família. O que fazer quando tudo à sua volta começa a desmoronar e a única saída é se casar com o inimigo? Resistir ou ceder até descobrir o que acontece quando dois opostos se atraem?

Capítulo 1 Prólogo

Prólogo

Diana Jones

‘’Diana Rose Jones ficará como CEO do Grupo Editorial Moore por doze meses, tendo ao seu lado Tyler Jace Moore, o qual será treinado por ela e assumirá o cargo posteriormente. Contudo, Tyler só poderá assumir a vaga caso seja aprovado pelo conselho. Se não for aprovado, permanecerá como funcionário no cargo da escolha dos superiores, submetendo-se à CEO, Diana Jones.’’

As lágrimas que descem pelo rosto de Tyler, a julgar pelos seus olhos vermelhos e seu maxilar trincado, são de raiva. A advogada termina de exibir o vídeo e fecha a tela do notebook, estendendo papéis por cima da mesa, para que assinemos. Porém, Tyler é mais rápido. Ele se levanta, amassa o papel e caminha até a parede socando-a e transtornado com tudo o que acabamos de ouvir.

Ele não possui poder nenhum sobre a empresa fundada pelos pais, nem mesmo sua mesada ou as diversas casas e carros que os mais velhos adquiriram ainda em vida.

O herdeiro não herdou nada... ainda.

— Está me dizendo que eu vou ter que me sujeitar a ela? — Ele pergunta apontando para mim com desdenho. — A maior puxa-saco da empresa... — Ele ri e passa as mãos pelo rosto, deixando claro o seu estado de nervosismo.

Eu penso em milhares de respostas que o colocariam no devido lugar dele, mas eu apenas fecho os meus olhos e sorrio e balanço minha cabeça em negação.

— Seus pais só confiavam nela para manter esse lugar funcionando. Ela conhece a empresa como ninguém e eu tenho certeza que você se tornará um grande CEO se aprender tudo o que ela tem para ensinar. — Meghan se levanta. — Até porque, Tyler, você precisa disso. Digo, sem emprego como vai sobreviver? Sem a mesada, sem os pais com costas quentes para te tirar das encrencas... Sem falar que eu acho que você entendeu muito bem tudo o que está em risco.

— ELES NÃO TINHAM O DIREITO! — Tyler grita ainda sem aceitar e meus seguranças adentram a sala alerta.

— Sim, eles tinham. — Eu falo e me levanto, farta pelo escândalo desnecessário. — Para você eu sou a puxa-saco, mas eu sei que sou muito mais.

— Você se aproveitou dos meus pais, sua vadia! — Ele se aproxima de mim lentamente e me encarando com seus olhos castanhos em chamas.

— Enquanto você fazia merda, os ignorava, eu estava aqui diariamente, aprendendo tudo o que eles sempre sonharam em ensinar para você. — Falo tranquilamente, o olhando com firmeza, tentando transparecer que não tenho medo algum dele. — Enquanto eles estavam no hospital, você estava por aí com as suas vadias. E eu? Eu estava lá. — Afirmo e sinto meus olhos queimarem. — Eu os amava como se fossem meus pais. Eu fui a filha que eles não tiveram.

— Você não passa de uma interesseira. — Rosna para mim.

— Uma interesseira que você vai precisar, se quiser herdar tudo o que eles deixaram congelado. — Sorrio vitoriosa e enxugo a lágrima que teima cair.

— Meghan, quem me garante que ela não vai me passar a perna pra ficar com tudo que é meu por direito?

— Para de ser patético! — Eu exclamo, de saco cheio dele. — Eu tenho tudo o que quero, não preciso de nada disso para ser feliz.

— Mas não nega o cargo. Porque não renuncia? — Ele questiona e Meghan se levanta novamente.

— Não há ninguém tão apto como ela, nem mesmo você. — Pega mais um papel e coloca sobre a mesa empurrando-o na direção do rapaz. — Se eu fosse você, Tyler...

— Você precisa trabalhar para sobreviver, Tyler. — Debruço sobre a mesa e assino o papel no lugar sinalizado com meu nome. — Pode acreditar que o maior pesadelo vai ser para mim.

— Isso não vai ficar assim, Diana. — Ele arranca a caneta da minha mão quando eu a ofereço para ele que assina os papéis, contragosto. — Eu sou o herdeiro legítimo, você sabe muito bem disso.

— Não, Tyler, você não é. — Sorrio vitoriosa. — Para herdar, você terá que merecer. — Por fim, pisco para ele. — O que acha de começar amanhã às nove? Roupa social, por favor. Sem essas calças rasgadas. Dá um jeito nessa barba também, está nojenta. — Faço uma pequena careta.

Ensinar tudo o que aprendi em anos para um delinquente em apenas doze meses será, definitivamente, o maior desafio que já tive em toda a minha vida. Mas eu vou honrar a vontade dos Moore e deixá-los orgulhosos. Ou Tyler será um grande homem, ou eu ficarei louca tentando.

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