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CEO pai do meu filho

CEO pai do meu filho

Ana Elói

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Capítulo

Aline se ver perdida quando descobre que sua mãe está com câncer e não tem dinheiro para pagar o tratamento. Precisando de dinheiro rápido, sua amiga sugere que ela procure uma clínica e seja barriga de aluguel. Aline só não contava em se apaixonar pelo pai do seu filho, um Ceo que ela acreditou que nunca corresponderia a ela. Mas Talvez o difícil seja lidar com a família desse Ceo. A família Grant protege um ao outro. Aline Carter Grant? Parece que soa bem.

Capítulo 1 Prólogo

Filipe entrou na minha sala e comecei a sentir dor de cabeça antes mesmo dele falar alguma coisa. Acreditei que dando um neto a ele, Felipe sairia do meu pé, mas agora cisma com a forma que escolhi ter o bebê. Eu queria que as coisas melhorassem e não ter mais encheção de saco. Ele queria um neto, agora tem um neto! Meu trabalho está atrasado e para meu pai ter se dado o trabalho de vir até a empresa… Mais dor de cabeça para mim. Esse velho está com muito tempo de sobra.

– Como vai a barriga de aluguel? – Ele perguntou em um tom debochado e sentou na cadeira na minha frente.

Tirei os olhos dos papéis em minha mão e olhei para ele.

– Ela tem nome.

– E isso importa? – Ele está me testando. – Se importa como a chamo ou a deixo de chamar?

– O que quer aqui? – Vou direto ao assunto.

O jeito que Filipe fala da Aline me dá nervos.

– Como um ótimo avô que sou, estou aqui para saber do meu neto…

– Deveria ter pensado nisso antes de ir até minha casa e falar merda. Certas coisas deveria deixar guardado para si mesmo. – Deixei os papéis de lado, agora ele tinha minha total atenção. – Está preocupado agora?

– Olha, como você fala comigo garoto. – O tom de deboche sumiu. – Sou seu pai.

– Quer reivindicar a genética agora? – Foi minha vez de usar o tom deboche.

Filipe descobriu que Aline tinha ido embora e achou no direito de expressar sua opinião sem eu pedir. O que piorou mais o meu dia. Aline decidiu ir embora depois do nascimento do Joe e eu não a impedi, ela está com raiva de uma coisa que não fiz. Eu cumpri o que prometi a ela, cumpri tudo que prometi e fui o mais sincero possível, mas Aline preferiu não acreditar em mim. Não quis me ouvir mesmo eu tendo provas. Não nego que o momento era desesperador e não posso ficar com raiva disso. Mas também não posso evitar meus sentimentos.

Mas ela tomou sua decisão.

Preferiu nos deixar.

Droga! Como pude me apaixonar por Aline?! Agora estou aqui, um mês depois sem parar de pensar nela um dia sequer. Tenho uma parte dela, uma parte tão pequenino e indefeso. Joe, meu filho, não seja chato e teimoso como sua mãe. Dizer que gosto da Aline é pouco. A amo. Saudades do seu toque, do seu beijo… Dela falando pelos cotovelos. Acabei sorrindo com isso.

Espero um dia poder mostrar para ela e dizer o que sinto.

– Não me diga que você se apaixonou por aquela mulher. – Filipe faz uma expressão de horror.

Fechei meus olhos, suspirando. Preciso me acalmar, voltei a olhá-lo.

– Se está aqui para destilar seu ódio a mãe de Joe. – Apontei para porta. – Então você pode se retirar.

– Ela é apenas uma barriga de aluguel…

– Engraçado que ontem você estava dizendo que uma mãe não pode abandonar seu filho e que ela deveria estar ao meu lado agora. – Sorri para ele e escorei em minha cadeira. – O que mudou agora? Me diz.

– Não quero esse tipo de mulher na vida do meu neto.

– Que tipo de mulher você acha que ela é?

– Não é óbvio?! Uma interesseira! Só pensa nela mesmo e em dinheiro. Queria um jeito de ganhar dinheiro fácil e correr para ser uma barriga de aluguel.

Sorri com suas palavras. Eu pensava o mesmo que ele sobre a Aline, mas ela só fez isso para ajudar sua mãe. Ah, Aline, como sinto sua falta. Ela demonstrou ser completamente diferente e caso ela tinha um plano e era fazer eu me apaixonar… Aline conseguiu.

Não sou o homem mais romântico da terra. Herdei empresas das quais preciso de um comando sem distrações, escolhi meu trabalho porque é mais exato do que um amor. Tudo acontece do meu jeito e quando eu quero. Conhecido por muitos pelo meu jeito frio, mas não teria conseguido alavancar essa empresa sendo um bobo apaixonado. Na vida é preciso ceder a certas coisas e eu preferi deixar o amor de lado.

Ter um filho não foi só para meu pai me deixar em paz, mas sim para preparar o meu herdeiro. Ele será melhor do que eu e dominando as coisas mais rápido poderá ter a vida que quiser.

Para uma pessoa que não acredita no amor e corri dele a anos. Agora não consigo imaginar uma vida sem ela. Posso ter sido orgulhoso de mais em deixá-la ir, mas se no futuro tiver algo preparado para nós? Será que verei essa mulher novamente? Se um dia acontecer, não irei deixá-la escapar de minhas mãos. Não vou cometer o mesmo erro duas vezes.

– Charles? Ei, Charles! Estou falando com você. – Filipe chamou minha atenção.

Pisquei algumas vezes e olhei para ele.

– Pai, que tal uma trégua?

Pensar nela me deixa de bom humor.

- Trégua?

– Sim, se você parar com esse assunto de barriga de aluguel. – Fingi pensar um pouco. – Eu posso deixar você voltar a ver seu neto. É uma questão tão pequena. Ou você não quer mais ver seu neto?

Ele suspirou contrariado. Sei que ele veio preparado para falar um monte, mas não estou disposto a ouvi-lo .

– Ok. Amanhã estarei lá. – Ele se levantou e ajeitou a roupa em seu corpo. – Até.

Filipe se virou e foi embora. Levantei da minha cadeira. Hoje não serei mais útil aqui na empresa é melhor ir para casa. Casa. Tem sido um grande espaço vazio, logo o lugar que tanto gostava. Eu tinha planos para minha família. No caminho encontrei com a babá de Joe que me avisou que ele já estava dormindo. Não demorei no banheiro, queria vê-lo logo. Joe dormia tranquilamente e podia ver um pequeno sorriso em seu rosto, talvez seja impressão minha. Peguei ele com cuidado em meu colo para não acordá-lo e sentei na poltrona do lado de seu berço.

Como meu filho é lindo.

Meu sorriso aumentou.

Aline nunca será só uma barriga de aluguel.

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