ceo vadia nas alturas

ceo vadia nas alturas

Ana Elói

4.9
Comentário(s)
196.1K
Leituras
68
Capítulo

Sim, eu aceitei assinar aquele contrato. Não tinha outra escolha! O quão ruim ainda poderia acontecer? Minha vida já está uma merda. O que vier agora de melhor é lucro, mas do que estou reclamando? Vou me casar com Matthew Dawson, um CEO e solteiro mais cobiçado do momento. Conviver com ele todos os dias será um colírio para meus olhos. Quero esquecer meu passado. Não vai ser fácil. Como esquecer o que fizeram comigo? Foco, Aria! Você é uma nova mulher agora. A velha Aria se foi e ai de quem querer me machucar agora. "Sou a mulher que eles querem ter na cama, mas não na liderança."

Capítulo 1 C1

- Se continuar esfregando o balcão desse jeito acabará fazendo ele sumir.

Eu paro de esfregar e olho para Valéria.

- Se eu não esfregar o balcão desse jeito, ele nunca vai ficar limpo.

Ela começa a secar os pratos.

- Deveria gastar suas energias em outras coisas.

- Tipo o quê? Lavar os banheiros? A cozinha? Daqui a pouco chego lá. - Debocho.

- Sabe o que estou falando, Aria.

Olhei para ela e suspiro.

- Não começaremos com isso de novo.

Valéria próxima de mim e sorrir.

- Essa cidade não te merece. Você é inteligente demais para se afundar nesse restaurante.

Olho ao redor. Falta pouco para às sete da noite. A área do restaurante está quase cheia. Hoje estou no bar. Não é um restaurante de cinco estrelas, mas é o melhor da cidade. Salamanca, menos de seis mil habitantes. E só preciso de uma oportunidade para ir embora. Oportunidade que nunca chega.

- As coisas não estão muito favoráveis para meu lado, Valéria.

- Sei que tem suas economias. - Ela ergue uma sobrancelha. - Pode não ser o bastante para viver na cidade grande, mas sei que chegando lá dará um jeito.

- Você confia demais em mim. - Volto a esfregar o balcão.

- E você deveria fazer o mesmo.

Ela fez um carinho no meu ombro. Voltamos ao trabalho sem tocar mais nesse assunto ou qualquer outro. Sexta a noite o bar tem costume de encher, então me preparo para a noite longa. A parte chata é ter que lidar com os bêbados. Sempre tem um chato. Entrego bebidas para um casal sentado no balcão e recolho os copos de outros.

- Com licença?

Deixo os copos na pia e me viro. Olho intrigada para o homem à minha frente. Não dá para ver muito seu rosto devido ao boné, mas pelas suas roupas de grifes ele não é daqui. Claro que ninguém dessa cidade fosse notar a diferença.

- Por acaso está foragido? Porque escolheu Salamanca para se esconder, não foi muito inteligente. - Me aproximo colocando as mãos na cintura. - Suas roupas chamam muita atenção.

Ele sorriu me olhando de cima a baixo. Ele tem um sorriso bonito. Olho ele com mais atenção, eu sinto que conheço ele de algum lugar.

- Você tem um olhar bom. - Sua voz é grave e baixa. Ele continua me olhando. - Mas ainda assim eu poderia ser um turista.

Apoio minha mão no balcão. Mesmo não podendo ver seu rosto direito, eu sentia seu olhar em mim.

- Você com certeza tem bom gosto. - Faço um sinal com a mão mostrando o lugar. - E não escolheria esse lugar.

Ele tem postura. Costas retas, poucos movimentos, fala o necessário, observado... Aqui o povo fala pelos cotovelos. Ele olha ao redor.

- Não é tão ruim assim. Claro que já estive em lugares melhores.

- É de Nova York? - Não contenho minha curiosidade.

- Sim, Upper East Side.

Olho para ele erguendo uma sobrancelha. Upper East Side? Sério? Esse homem mora em um bairro grande de Nova York que ocupa o lado leste do Central Park. É um bairro caro e luxuoso. Nego com a cabeça, deixando esse assunto para lá.

- Quer beber o quê?

Ele deita a cabeça de lado dando um sorriso sarcástico.

- Já perdeu o interesse por mim?

Ele abre um sorriso mostrando seus dentes brancos e perfeito estado. Eu me perco em seu sorriso, ao contrário de antes que seu sorriso foi mais contido. Passo a minha língua pelo dente como se quisesse ganhar tempo. Quem é esse homem? Antes que eu pudesse falar, um homem bêbado aparece batendo com força o copo no balcão.

- Quero mais cerveja! – Exigiu.

- Senhor, Fuller, por favor tenha calma... - Eu peço.

- Cala boca, vadia e pega mais cerveja para mim.

Calma, Aria. Calma, Aria. Eu pego seu copo e cheio de cerveja.

- Aqui. - Entrego para ele.

- Você deveria ter mais respeito com as mulheres. - Olho para o homem misterioso. - E não é assim que se trata uma. Aposto que se for gentil, ela retribui.

Senhor Fuller rir.

- E quem você pensa que é? - Fuller dá uns passos para trás. Ele está muito bêbado. - Falo do jeito que eu quiser. Quer brigar? Vem!

O homem misterioso começa a levantar. Dou a volta no balcão o mais rápido possível.

- Por favor, não. - Coloco a mão contra seu peito impedindo que ele dê mais um passo. Olho para ele. Sinto que conheço ele. - Agradeço por me defender, mas não vale a pena.

Eu realmente agradeço. Não me lembro quando foi a última vez que me defenderam, principalmente um homem. Sou o saco de pancadas nessa cidade há tanto tempo. Ouvi a risada grossa e alta do Fuller e ele saiu, não antes de me xingar de vadia novamente.

Uma briga não ajuda em nada é bem capaz de ser despedida.

- Eu quebraria a cara dele sem esforço algum.

Noto que ainda estou com a mão no seu peito. Dou um passo para trás, segurando minha mão contra meu corpo.

- Tenho certeza disso. Sou Aria Barnes. - Estendo minha mão.

Ele aperta.

- Dylan.

Olho bem para ele.

- Esse não é seu nome, não é?

- Não.

Rimos. Por que estou rindo para um desconhecido? Ele pode ser muito bem um maníaco, psicopata ou até mesmo um assassino. Mas me defendeu sem ao menos me conhecer. Talvez seja o plano dele conquistar e depois matar, faço um gesto com a cabeça afastando esse pensamento.

- Não estou aqui para te machucar, mas não sei como reagiria se souber meu nome agora.

- E por que pensa que quero saber depois?

Seu sorriso aumenta.

- Porque posso ser seu passaporte para longe daqui.

[...]

Faz dois dias que eu não vejo o homem misterioso do bar. Ele deixou um cartão, mas é óbvio que não liguei. Minha vida já está bem ruim do jeito que está, eu não quero ser traficada ou algo do tipo. Vou até minha cômoda e abro a última gaveta, as afastando de algumas roupas e não acho a minha caixinha. Procuro de novo. Olho nas outras gavetas. Não. Por favor, não. Saio do meu quarto. Nas escadas grito minha mãe, ela sai da cozinha.

- Você esteve no meu quarto?

Ela me olha nervosa e depois olha para meu pai.

- Fui eu que peguei. - Ele não se dá ao trabalho de olhar para mim. - Não deveria estar escondendo dinheiro.

- Aquele dinheiro era meu!

Começo a sentir as lágrimas. Ele não podia ter pegado.

- Nosso! - Ele dá mais um trago naquele maldito cigarro.

- Eu já ajudo em casa. - Não escondo a raiva que estou sentindo. - Aquele dinheiro era meu. Você não tem direito nenhum de entrar no meu quarto e mexer nas minhas coisas.

Ele riu.

- Vai estressar outra pessoa. Você está na minha casa! Minha casa, minhas regras.

Vou em sua direção, mas minha mãe segura meu braço.

- Não faça isso.

Olho para ela com mais raiva.

- Ele não presta. Você acredita em uma mudança que não acontecerá.

- Cala boca! - Meu pai grita e vem até a mim. - Você não é nada aqui. - Caio no chão com o impacto do tapa que ele me deu. - Corey sim, é bom filho, você... você é um verme que envergonha nossa família. - Ele chutou minha barriga.

Coloco minha mão contra a barriga, implorando mentalmente para essa dor passar. Olho para minha mãe.

- Até quando? Você deveria estar do meu lado. - Enxugo minhas lágrimas.

- Volta para seu quarto garota e não me estressa mais. - Ele falou voltando a sentar na sua poltrona.

Não ousei olhar para minha mãe novamente. Não adiantaria nada. Com dificuldade volto para meu quarto e fecho a porta na chave. Fecho meus olhos com força e respiro fundo.

Continuar lendo

Outros livros de Ana Elói

Ver Mais
Sob a proteção do Bilionário

Sob a proteção do Bilionário

Bilionários

5.0

Livro 1 Henry Sanchez tem um nosso desafio, conquistar Nara Ferrari! Uma mulher de pulso forte que está descobrindo o mundo dos negócios com 21 anos. Henry a quer, Nara suspeita que ele queira um casamento sob contrato e ela quer casar por amor. Restando para Henry conquistar o coração de gelo de Nara Ferrari. Não será uma tarefa fácil já que há outra pessoa querendo ser a nova Sra. Sanchez. O bilionário precisa proteger a sua amada e abafar os escândalos que estão por vim, caso ao contrário Nara não será aceita na família Sanchez. Segredos e mentiras, Nara será o teste de paciência para Henry, mas será também quem deixará nosso Bilionário um homem apaixonado. Livro 2 Nara Ferrari, uma jovem herdeira de 24 anos, está prestes a se formar em ciências contábeis e se casar com Henry Sanchez, um bilionário sério e poderoso. Ambiciosa e determinada, Nara enfrenta um desafio quando a tradicional família Sanchez exige que o casamento ocorra imediatamente após sua formatura, seguido de uma rápida gravidez. Dividida entre seu amor por Henry e suas próprias aspirações profissionais, Nara se vê pressionada a escolher entre seus sonhos e as rígidas expectativas familiares. Henry, influenciado pela família e pelo ciúme que sente com a aproximação de Lucian Viturino, um carismático empreendedor que se aproxima de sua noiva fazendo promessas que a encanta. Henry que até então era um homem de demonstrar pouco sentimento, o que também incomodava Nara, começa a mostrar seus ciúmes e controle sobre ela. Mas tudo tende a piorar quando Maria Clara, ex-namorada de Henry, volta à cidade com a intenção de reconquistar Henry.

Você deve gostar

Abandonada no Altar, Casei com o Herdeiro "Aleijado"

Abandonada no Altar, Casei com o Herdeiro "Aleijado"

Rabbit2
5.0

O som do órgão na Catedral de São Patrício ainda ecoava quando o meu mundo desabou em silêncio absoluto. Diante de quinhentos convidados da elite, o homem que eu amava há quatro anos soltou a minha mão e caminhou calmamente até à minha madrinha de casamento. O ""sim"" que eu esperava transformou-se no anúncio cruel de que eu era apenas um passatempo descartável. Blake Miller rejeitou-me publicamente, trocando-me pela minha melhor amiga, Tiffany, sob o pretexto de que uma órfã sem nome nunca estaria à altura do seu império. A humilhação foi total enquanto os convidados sussurravam insultos e a minha própria família adotiva me virava as costas, deixando-me sem teto e sem dignidade. ""Eu não posso casar contigo, Audrey. A Tiffany é quem realmente entende o meu peso e o meu estatuto. Tu foste apenas uma diversão, mas o jogo acabou."" Fui ridicularizada por aqueles que antes me bajulavam, vendo a minha vida ser destruída num espetáculo de traição e ganância. A dor da injustiça transformou-se num ódio gelado ao perceber que eu tinha sido apenas um peão nos planos deles. Eu estava sozinha, sem dinheiro e com a reputação em farrapos, destinada a ser a piada da temporada. Como puderam ser tão cruéis depois de tudo o que sacrifiquei? A fúria superou a minha agonia, e eu decidi que não seria a vítima daquela história. Em vez de fugir em lágrimas, caminhei firmemente até ao fundo da igreja, onde Victor Sterling, o ""pária"" bilionário numa cadeira de rodas, observava tudo com um desprezo glacial. Olhei nos olhos do homem que todos julgavam arruinado e propus-lhe um negócio: o meu nome pelo seu poder. Quando Victor aceitou, o jogo mudou; a noiva humilhada estava prestes a tornar-se o pior pesadelo de quem ousou traí-la.

SEU AMOR, SUA CONDENAÇÃO (Um Romance Erótico com um Bilionário)

SEU AMOR, SUA CONDENAÇÃO (Um Romance Erótico com um Bilionário)

Viviene
5.0

Aviso de conteúdo/sensibilidade: Esta história contém temas maduros e conteúdo explícito destinado a audiências adultas (18+), com elementos como dinâmicas BDSM, conteúdo sexual explícito, relações familiares tóxicas, violência ocasional e linguagem grosseira. Aconselha-se discrição por parte do leitor. Não é um romance leve - é intenso, cru e complicado, explorando o lado mais sombrio do desejo. ***** "Por favor, tire o vestido, Meadow." "Por quê?" "Porque seu ex está olhando", ele disse, recostando-se na cadeira. "E quero que ele perceba o que perdeu." ••••*••••*••••* Meadow Russell deveria se casar com o amor de sua vida em Las Vegas, mas, em vez disso, flagrou sua irmã gêmea com seu noivo. Um drink no bar virou dez, e um erro cometido sob efeito do álcool tornou-se realidade. A oferta de um estranho transformou-se em um contrato que ela assinou com mãos trêmulas e um anel de diamante. Alaric Ashford é o diabo em um terno Tom Ford, símbolo de elegância e poder. Um homem nascido em um império de poder e riqueza, um CEO bilionário, brutal e possessivo. Ele sofria de uma condição neurológica - não conseguia sentir nada, nem objetos, nem dor, nem mesmo o toque humano. Até que Meadow o tocou, e ele sentiu tudo. E agora ele a possuía, no papel e na cama. Ela desejava que ele a arruinasse, tomando o que ninguém mais poderia ter. E ele queria controle, obediência... vingança. Mas o que começou como um acordo lentamente se transformou em algo que Meadow nunca imaginou. Uma obsessão avassaladora, segredos que nunca deveriam vir à tona, uma ferida do passado que ameaçava destruir tudo... Alaric não compartilhava o que era dele. Nem sua empresa. Nem sua esposa. E definitivamente nem sua vingança.

Capítulo
Ler agora
Baixar livro