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Muito prazer! Contos eróticos para mulheres

Muito prazer! Contos eróticos para mulheres

Suelen R. Noguez

5.0
Comentário(s)
123.1K
Leituras
24
Capítulo

Este é um livro com diversas histórias curtas e quentes! Enredos envolvendo amor e sexo, de temáticas variadas. A maioria dos contos terão continuações e quem sabe até algum ganhe um livro só dele (aceito sugestões). Entretenimento para todos os gostos, é só escolher o seu tipo de homem favorito e se jogar na leitura!

Capítulo 1 Amante comprada (parte 1)

— Os papéis já estão prontos! Você tem certeza que quer seguir com isso?

Disse André a Enrico Mancine, seu amigo e cliente de sua firma de advocacia.

— Sim, essa é a oportunidade que eu esperei por anos. Finalmente vou à forra com aquele lixo conhecido como Carcamano.

— Como seu advogado eu fiz tudo que você pediu e a lei permitia, mas como seu amigo, tenho que dizer que é um absurdo dos maiores que já ouvi. Você mesmo disse que o cara está acabado, morrendo de uma doença terrível. Não faz sentido se vingar usando a filha dele, uma filha que ele nem sabia que tinha até um tempo atrás.

— Não importa, ele vai morrer sabendo que eu usei a querida filha dele, de todas as formas que eu quis. Que eu a tive como minha amante, e depois joguei fora como um trapo velho. Ele me deve muito, ele roubou o dinheiro da organização e as suspeitas recaíram sobre mim. Eu era um associado modelo, e fiquei marcado para sempre, mesmo conseguindo provar minha inocência.

— Descontar isso tudo em uma garota não é nem de longe a forma mais digna de lidar com isso. Além disso, ela nem é o seu tipo Enrico, você viu o dossiê que eu preparei?

É uma garota comum, de beleza mediana. Além disso, é morena, bem diferente das modelos loiras com as quais você costuma sair.

— Não vem você me dar lição de moral agora. Você sabe que eu sou um lutador, uso as armas que tenho, e essa foi a única que consegui encontrar, já que o câncer chegou primeiro naquele filho da puta. E sobre a garota, pouco me importa a aparência dela, já que não tenho intenção nenhuma de levá-la para a cama de verdade. Meu objetivo é infringir um terror psicológico nela e no pai, acho que vou ter sucesso, pelo contrato que você redigiu. Ela tem 23 anos, deve ser uma idiotinha que não sabe nada da vida, quando ler as condições do nosso acordo vai ficar apavorada. Vou hoje mesmo entrar em contato com ela.

Enrico sorriu cinicamente já se sentindo vitorioso.

Aurora estava sentada no pequeno e discreto restaurante, frente a frente com um lunático. Certamente ele havia fugido recentemente de algum hospício. Reuniu toda a paciência que tinha para responder a proposta que ele havia feito.

— Deixa eu ver se eu entendi. Você diz que meu pai te deve dinheiro, entre outras coisas, e que você tem provas do envolvimento dele com o crime organizado. E se eu não aceitar essa sua proposta, você vai entregá-lo para passar o tempo que resta a ele de vida na prisão?

— É basicamente isso.

Respondeu calmamente o maluco que havia se apresentado como Enrico.

— Bem senhor…

— Mancini, Enrico Mancine.

Ele lembrou-a de seu nome.

— Sim, o que eu acho, é que o senhor é maluco, ou na melhor das hipóteses, está assistindo muitos filmes desses que estão deixando as mulheres alucinadas. Sabe, 50 tons, 365 dias. Mas acontece que chicote, algema, corda de alpinista não é muito a minha praia. Nem assinar contratos me dispondo a ser amante de um homem feito que gosta de bater em mulheres mascarado e vestindo roupa de couro.

— Senhorita, eu não sei se entendeu, que você não tem muitas opções aqui. Realmente quer ver seu pai passar seus últimos dias sozinho em uma prisão?

Aurora folheou o contrato absurdo que havia acabado de ler outra vez. Aquilo não podia ser real, tinha que ser algum trote ou pegadinha. O mais seguro seria sair dali e ir diretamente na polícia, mas resolveu falar com quem poderia lhe dar respostas, seu pai.

— Senhor, eu vou conversar com meu pai, tenho o seu cartão, e se isso não fosse uma pegadinha e o senhor estivesse realmente propondo o que diz nesse papel, eu entraria em contato para acharmos uma saída menos, uma saída que não envolvesse eu amordaçada.

Quando ela chegou em casa e confrontou o pai, ele confirmou que tinha um passado criminoso, que havia fugido da organização quando descobriu que tinha uma filha, e que o dinheiro que roubou foi para financiar a faculdade dela. Aurora sentiu o chão sumir sob seus pés, era bom demais para ser verdade, ter aparecido um pai que pagou as suas dívidas e financiou seus estudos.

— Mas minha filha, vamos fugir, podemos ir para longe, o Enrico não vai nos encontrar.

— Como pai, e o seu tratamento? Você está bastante debilitado, e nosso dinheiro já acabou. Se aquele cara é quem diz que é, eu suspeito que irá até o inferno atrás de nós.

— Eu não posso admitir que você passe por uma humilhação dessas por minha causa.

— Relaxa, eu vou falar com ele, tentar negociar.

A negociação com ele não foi das melhores, ela terminou assinando o contrato, mas conseguiu que ele adicionasse mais uma quantia de dinheiro para o tratamento do pai.

O acordo não era complicado, ela deveria estar a disposição dele 24 horas por dia. Deveria passar o período de um mês onde ele ordenasse o deixando fazer com ela o que ele bem entendesse. Enrico declarou que iria tirar umas férias, e ela deveria acompanhá-lo.

Viajaram para uma casa que ele tinha em uma praia exclusiva. A praia da propriedade inclusive era particular, pois havia uma extensão de areia entre pedras que bloqueava o acesso de terceiros.

Aurora podia não ter tido alternativa senão assinar o acordo, mas isso não significava que seria passiva. Ao contrário, ela planejava cumprir sua parte do acordo de uma forma que tornasse tudo o mais difícil possível para ele.

Focada em seu objetivo, ela havia ido encontrá-lo no aeroporto, vestida totalmente a caráter. Deu um pouco de trabalho, mas ela encontrou em uma loja de fantasias um vestido que era formado por um cropped branco e uma micro saia azul, ligados apenas por uma argola na frente. Ela também comprou botas de couro pretas que passavam bastante na altura dos joelhos, um sobretudo bege que ia quase até os pés e uma peruca loira com corte Chanel. Para completar o look, ela fez uma tatuagem de Henna, na parte que ficava amostra na barriga, com o nome dele escrito.

Aquela brincadeira não havia saído barato, mas ela fez questão de gastar o dinheiro que ele havia dado para que ela se preparasse para a viagem. Enquanto ela caminhava no saguão no aeroporto de encontro a ele, devidamente trajada como um cosplay da Julia Roberts em uma linda mulher, Aurora não tinha certeza pela expressão de choque no rosto de Enrico, se ele a mataria ali mesmo ou sairia correndo em alguma direção, fingindo que não a conhecia.

Ela não sabia de onde havia reunido coragem para uma atitude daquelas, sempre fora uma pessoa discreta, que buscou chamar o mínimo de atenção possível para si mesma, mas aquele idiota a havia tirado do sério. Ele precisava ser punido de alguma forma, nem que fosse passando algum constrangimento.

Apertou o passo em direção a ele, antes que perdesse a coragem, ou ele tivesse a oportunidade de fugir, ela envolveu os braços ao redor do pescoço de um Enrico ainda paralisado, em estado de choque. Eles obviamente eram objeto de interesse e olhares especulativos de todo o saguão do aeroporto.

— Eu já cheguei docinho, estou pronta para fazer valer toda a grana que você pagou.

Ela disse, segurando a mão dele, o arrastando em direção ao portão de embarque, mas não sem antes dar um notório e barulhento tapa na bunda dele, o que o pegou de surpresa e o deixou ainda mais chocado.

Continua...

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