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Série Legados Eternos - Lobisomem O Sucessor

Série Legados Eternos - Lobisomem O Sucessor

Alexa Valentina

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30
Capítulo

Para se entender a rixa dos irmãos Ankara de lobisomens é preciso voltar ao passado e descobrir o motivo chamado Esmeralda e tudo o que ela foi capaz de fazer para separar os irmãos.É hora de descobrir a raiz do ódio de Augusto por Julio Cesar desde os tempos de seu pai. Maya dera a luz ao filho de Julio Cesar, mas com os ataques frequentes e violentos de Isca o futuro é incerto. Asdria filha de Isca está sofrendo na pele o ódio do pai pelos vampiros e lobisomens, em especial, depois que ela envolveu-se com um vampiro. As xamãs dragão estão cada vez mais violentas, mas agora Amy, Marcus e os Guardiões contam com Lucia, antiga xamã possuidora do fogo sagrado que outrora já enfrentara Velaska, e agora vieram acertar as contas do passado. Um menina de olhos brancos e um passado que pode trazer uma grande reviravolta vai entrar no caminho de Soraia que vai ter a difícil tarefa de resgatar essa menina das mãos dos exterminadores. Isca e seus exterminadores mandam na delegacia o que tem rendido muita briga entre ele, Sergio e no meio Malvina. Dévon jamais imaginou que estaria a bater na porta de Augusto e Soraia em busca de ajuda, afinal, certa vez, ele quis matar a ambos, mas para resgatar sua filha ele está disposto a esquecer a rivalidade entre as matilhas. Leonel jamais imaginou retornar ao lar e só o fez por insistência de Joss, mas agora encontra-se convivendo de boa com o irmão e a mãe, e está disposto ao que vier para ficar ao lado de sua família. Esmeralda voltou do passado só para tentar separar Augusto e Leonel das suas atuais companheiras, só que ela não contava que elas eram uma loba e a rainha dos vampiros.

Capítulo 1 1.Clãs malditos

Série Legados Eternos

Lobisomem O Sucessor

Copyright by Alexa Valentina

2023

Prólogo

Clãs malditos

O adeus dos heróis

Pelo sangue..

Prisioneiros

A luz da Guardiã

A lua cheia chama vingança

A primeira bala de prata a gente nunca esquece

Quando o passado ameaça voltar

O despertar da Guardiã

A menina dos olhos brancos

A verdade por trás das mentiras

Pelo bem de uma filha...

Se luta...

Se sangra...

O filho do crepúsculo

O amor fala mais alto

Pelo sangue de meus inimigos

Quem sai aos seus, degenera?

Vivo por ela...salvem ela!

União entre demônios

Revelações

Que caiam as máscaras

Sangue, suor e lágrimas

O primeiro herdeiro Ankara

A vingança ainda corre em suas veias

O despertar da híbrida

A vingança das Grandes

Parte 1 Velaska

Parte 2 Isca

Quem te guarda

Desaparecidos

Os Anciões vampiros

Não desistindo, sempre lutando, algumas vezes caindo, mas

sempre levantando.

‘’Somente por isso, na morte desafogo a ira que se acumula em meu coração.

Ele separa tanto nossas vidas que não conseguimos ouvir o que um diz ao outro.’’

Alfred, Lord Tennyson

Prólogo

Paris, França Arco do Triunfo

O acelerar das motos confundia-se com as batidas de um heavy metal acima dos barulhos corriqueiros da cidade, sendo que já passava das 22:00 horas de uma noite estrelada.

As rampas curvadas já se encontravam posicionadas de um prédio ao outro , afinal a competição de motos era no tradicional Arco do Triunfo, e a cada ano, mais e mais pessoas se amontoavam no térreo e nas passarelas montadas em aço ao redor dos prédios em busca do melhor ângulo, bem como os helicópteros para a transmissão ao vivo. Mas quem quer ver pela televisão ou outros meios de comunicação quando se pode estar lá, não é mesmo.

Falando em estar lá, os acompanhantes dos competidores, sendo estes homens ou mulheres, estavam apostos em uma fileira de mais ou menos vinte motoqueiros acelerando com os olhos atentos sob o capacete ao outro prédio. Dentre eles, encontrava-se Gabriel com seu macacão apropriado, na cor preto com o logotipo da empresa patrocinadora do evento, bem como seu companheiro já que cada equipe tem uma dupla, caso algum seja desclassificado ou ocorra algum acidente. E cada dupla veste um macacão de cor diferente, dentre eles preto, branco, vermelho, azul marinho e verde oliva com o logotipo do patrocinador, número da moto, algumas marcas de outros produtos e o nome em destaque do motoqueiro.

Os olhos castanhos tão claros que parecem até amarelos de Gabriel, com machas negras a lhe cair sob os mesmos, estão atentos não só na rampa que o levará de um prédio a outro como na loira de olhos verdes dentre a multidão a lhe sorrir; seu sorriso lhe enviando toda a força e fé que precisa. É por ela. É por Sofia.

-Competidores, ás suas marcas – anuncia a voz masculina vinda dos telões suspensos junto as passarelas, então fazse o acelerar estridente a cuspir fogo das motos – correr! -ordena, então a imagem dos telões foca nos motoqueiros acelerando em direção a rampa; dupla atrás de dupla a voar ao destino. O outro prédio.

Os motoqueiros derrapam e fazem manobras radicais e até perigosas no ar antes de aterrissar na outra rampa –dentre elas: soltar-se da moto, dar piruetas com ou sem a moto, trocar de moto com o parceiro – e ao chegar na rampa, usar um dos pés para derrapar, virar-se no conhecido zerinho e voltar a toda velocidade para a rampa.

A multidão está em êxtase, aplaude e ovaciona, e para muitos como Sofia, ficam boquiabertos e de olhos brilhantes. Junto ao solo de guitarra, os competidores, agora uma dupla por vez, sepreparam para fazer sua – como dizem - apresentação surpresa, com a respiração e o coração a servir de bateria para acompanhar a guitarra.

A primeira dupla se posiciona, sendo esta, Gabriel e seu parceiro chamado Jonas, estes que prometeram ao público na coletiva de imprensa antes da competição um espetáculo ousado, tão ousado que ninguém havia feito ainda. E para aumentar o suspense, não haviam contado nem para as suas namoradas e nem mesmo para os juízes e patrocinadores.

Sofia insistira e como, mas mesmo assim, Gabriel manteve-se calado. Então esta lhe avisara de que se ele morresse, ela o traria de volta só para poder matá-lo, claro, ambos riram , se beijaram e ele prometera voltar vivo e inteiro para ela.

A hora é chegada – competidores, acelerar! - nas telas Gabriel e Jonas entraram em foco, juntaram suas mãos e um auxiliar surgira, a pedido destes, para amarrar suas mãos com uma fita especial, caso houvesse a necessidade de se desamarrarem com facilidade.

Sim, isso mesmo, ambos tiveram suas mãos atadas uma a outra.

A multidão está em polvorosa e curiosa, bem como Sofia e a namorada de Jonas, uma ruiva de olhos verdes tão claros que até pareciam azuis, chamada Vicktória, estão lado a lado na arquibancada do térreo bem próximas aos juízes.

Toda a área de um prédio ao outro está iluminada por refletores azuis e verdes neon lançados do chão ao céu enquanto a bateria e guitarra retumbam ensurdecedoras.

-Vocês estão prontos?!

A multidão grita, as motos rugem fogo e os competidores pisam fundo quando todos gritam – corram!!!

No momento tudo pareceu rodar em câmera lenta, olhos arregalados, corações batendo alto, respirações aceleradas e o rugir nervoso das motos quando Gabriel e Jonas se entreolharam, e com uma das mãos já que a outra encontrava-se amarrada a do companheiro, aceleraram as motos em direção a rampa, e quando a rampa estava ali, ao alcance de seus pés, câmeras e olhos fixos neles, então...eles voaram.

Sofia sentiu o mundo tremer sob os seus pés quando Gabriel e Jonas voaram no ar com suas mãos amarradas, boquiaberta assim como Vicktória ao ver o que fizeram a seguir.

Gabriel e Jonas mal tiveram tempo para treinar aquela manobra, afinal Gabriel estivera tão envolvido com Sofia e tudo o que envolvia a vida dela e os acontecimentos em Lacrimal city, que só conseguira vir a Paris umas cinco ou seis vezes, mas se Deus permitisse tudo sairia bem.

Uma troca de olhares e um assentir bastou para que ambos se compreendessem, então ficaram de cócoras sob o banco de suas motos, mãos unidas firmemente enquanto seus olhos procuravam por suas namoradas, e quando as encontraram sentadas, lado a lado, com braços e mãos unidas. Então, chutaram a moto para a frente, fazendo com que todos esquecessem de respirar e/ou piscar para não perderem um milímetro de movimento, e deram um mortal sincronizado no ar e, com um impulso dos pés

desceram de encontro as motos que caiam em queda livre assim como eles sobre as mesmas, sorrindo vitoriosos e levando a plateia á loucura.

Sofia e Vicktória soltaram a respiração enfim, aliviadas e mesmo que não admitissem, orgulhosas daqueles dois doidos.

Os flashs das câmeras drones explodiram sobre eles e as duas garotas, Sofia e Vicktória que já estavam abraçadas a eles junto aos patrocinadores e juízes que os parabenizavam pelas manobras. As demais duplas se apresentaram, mas é claro, que a enorme taça de ouro em forma de um motoqueiro com adornos em joias preciosas, junto com uma medalha de ouro foram entregues a Gael

e Jonas juntamente com uma chuva de champanhe e papeis coloridos picados.

01.Clãs malditos

Lacrimal city Acampamento cigano 2067

Os irmãos Augusto Palacius Ankara e Leonel Palacius Ankara com 15 e 14 anos, respectivamente, e para alívio deles já passaram pela sua primeira transformação lupina aos 12 anos, e agora como todo bom macho, segundo opinião geral sejam estes humanos ou não, a única coisa que lhes interessava no momento eram as lobas do acampamento.

A Augusto, por direito de nascimento, já lhes é reservado e ensinado por seus pais o dever lupino , ou seja, o direito a ser o próximo Alfa do acampamento. Mas embora as lobas do local sejam lindas e charmosas e lutem por sua atenção, o destino já tratou de lhe reservar uma bela vampira de olhos negros chamada Soraia. Ambos os seus destinos entrelaçados pela espada de sangue dos lobos e vampiros.

Já a Leonel, no momento, seu único direito e dever é conquistar uma bela loba loira dos olhos de esmeralda que, por coincidência, se chama Esmeralda e chegara recentemente ao acampamento. Infelizmente, seu ego lupino já se encontra abalado, pois a loba em questão dedica seus olhares a seu irmão que finge – segundo ele - não se importar e não ter interesse algum nela, pois seu coração pertence a uma tal Soraia que nem loba é. Se isso é realmente verdade, por que ele está de conversa com a sua Esmeralda?

Leonel cerrou os dentes, abafando um rosnado ciumento ao ver Esmeralda desmanchar-se em sorrisos para com Augusto fingindo que dava um passo para trás a cada uma dela para frente, ao seu encontro.

Já havia algum tempo que Esmeralda lhe abordara para uma conversa sobre o acampamento e suas regras, embora ele duvidasse que o que ela queria mesmo era beijá-lodevido ao modo como ela vinha de encontro a seu corpo. Mas o pior é que Augusto já havia percebido que o irmão está a fim de Esmeralda, e no momento este está vindo cheio de fúria a seu encontro.

-Interrompo algo especial? - perguntou irônico ao fuzilar Augusto que conteve-se para não expor o alívio que sentira pelo irmão ter chegado, pois assim poderia deixá-lo á sós com Esmeralda que nem sequer olhou para Leonel.

-Claro que não - dissera - até porque nossa mãe pode estar precisando de ajuda – desculpou-se e saiu de fininho.

-Qual é o problema, Leonel? -ela estreitou os olhos, franziu o cenho e cruzou os braços brava - você não viu que eu estava conversando com o seu irmão?

Leonel humilhou-se e praticamente implorou ao dizer –converse comigo – mas Esmeralda apenas dera de ombros e fora até um grupo de garotas que conversavam.

Como Augusto pensara, Leonel o culpou pelo desdenhar de Esmeralda, e desde esse dia em diante os irmãos começaram a se evitar e se estranharem. Mas o estopim foi numa madrugada quando saíram para caçar animais na floresta, não que precisassem , mas por diversão e relaxamento.

Deveria ser mais ou menos 3:30 horas da manhã, chovia muito, mas o céu estava limpo de qualquer nuvem ou estrela, mas isso nunca foi empecilho para um lobo sair com sua matilha para se divertir fosse qual fosse a maneira de fazê-lo.

Augusto e Leonel já não se falavam,, e Sheila mãe dos rapazes sabia bem que o motivo tinha um nome: Esmeralda, e isso ela dissera a Leonel que a acusara de cúmplice e ajudante do irmão, após isso, sumira por horas.

Depois, de cabeça fria, voltara um pouco antes da caça e pedira desculpas a mãe que apenas pedira aos meninos que não deixassem que uma garota fosse o pivô da briga de dois irmãos.

Esmeralda já havia percebido que era o alvo da rixa entre os dois irmãos e estava adorando isso, pois sempre gostara de ser o centro das atenções em disputas entre irmãos, ainda mais se estes fossem filhos do Alfa. E de propósito, resolvera pôr mais lenha na fogueira...

Lobos e lobas estavam reunidos á entrada do acampamento, Augusto até estava ao lado do irmão, mas não trocavam uma palavra ou olhar, e tudo piorou com a chegada de Esmeralda a eles.

-Olá, rapazes? - cumprimentou-os com sua voz melosa e provocativa, cheia de sorrisos a Leonel que lhe deu um largo e satisfeito sorriso paradiminuir a atenção para com Augusto, mas este nem a olhara direito.

Esmeralda não gostou nenhum pouco do modo como Augusto lhe cumprimentou, mas iria dar o troco. E seria agora.

-Augusto, será que eu posso caçar com você?

Leonel cerrou os punhos, trincou os dentes e sentiu seu olhar de fogo ferver junto ao seu sangue, e com muito esforço controlou-se.

-Me desculpa, Esmeralda – ela estreitou os olhos; Leonel ficou atento – mas é melhor não.

-E por que não?! - esbravejou com raiva, o que chamou a atenção de todos, inclusive e, principalmente, o de Sheila que estava a caminho.

Augusto não gostava de mentiras, fosse ele a contar ou lhe contarem, mas para a sua paz de espirito e alívio do irmão, foi melhor fazê-lo.

-Esmeralda, eu costumo ser muito agressivo em minhas caçadas - Leonel o olhou intrigado e curioso, afinal já caçara com o irmão diversas vezes, e se tinha uma coisa que o irmão não sabia ser era agressivo - então eu evito companhias, principalmente, femininas.

Esmeralda assentiu então.

-Está bem- o alívio o inundou por dentro – mas eu irei te observar para constatar a agressividade – e passara a ponta da língua pelos lábios de forma sensual ao se afastar.

Augusto olhou para a mãe que lhe assentiu em concordância e apoio a sua atitude,afinal ela mais do que ninguém ensinara os filhos a jamais mentir ou apoiar mentiras, mas há sempre ocasiões. No momento a ocasião se chamava Esmeralda.

A mãe era uma prostituta, não por escolha, mas por vir-se obrigada já que fora atacada por um lobisomem, e seus pais por desconhecerem as origens da ‘doença’ que ela começou a manifestar, a expulsaram de casa.

Sozinha, encontrara abrigo em uma casa de strippers, e por conta própria aprendera a se controlar de sua ‘doença’, e foi lá mesmo que Esmeralda nascera e crescera até a mãe ser assassinada pelo mesmo lobisomem que a violentara, e sua filha só não fora morta porque antes a mãe a mandara fugir para a floresta onde encontrara Magnus que a salvara.

Magnus matara o tal lobisomem que perseguira a menina, e depois a levara consigo para o acampamento onde aprendera a

controlar sua loba interna.

A hora da caçada chegou e com a benção da lua cheia e do casal Alfa, Magnus e Sheila, seus filhos, sendo todos os lobos, partiram para a floresta. E como prometido, Esmeralda e mais quatro lobas seguiram Augusto, e com isso, Leonel as seguira, e o que aconteceria a seguir seria a primeira troca de patadas e mordidas violentas por uma loba entre os irmãos Ankara.

Augusto havia conseguido despistar Esmeralda e as outras lobas, ou assim pensara ao entrar nas partes mais densas e escuras da floresta já que sendo um lobo negro com capacidade de mascarar seu cheiro com maestria assim como o irmão.

Pata por pata e com olhos em fogo, o lobo negro aproximou-se de um pequeno lago, abaixou-se e bebericou da água banhada pelos fechos de prata da lua, quando suas orelhas captaram o movimento de algo a aproximar-se, mas fingiu não notar e esperou...

O lobo negro ainda bebia água, mas seus olhos já estavam a postos aos passos contidos ás suas costas, então...

Leonel quase perdera o cheiro do irmão, quase, mas não seria o filho do Alfa Drakus se isso tivesse acontecido, pois assim como Augusto, ambos eram bons na arte do silêncio, principalmente por serem filhos do Alfa Magnus. E agora, o lobo com pelagem de leão vinha correndo, sendo banhado pela luz da lua por entre as árvores no rastro do irmão e de Esmeralda e...

Um lobo de pelos cinzas com manchas variando entre o cinza escuro e o claro saltou sobre o lobo negro que no último instante conseguiu se esquivar, e quando o outro tentou pular sobre este novamente, o mesmo saltou sobre ele e o prensou no chão, mas não contava com uma coisa.

-Você ficou louca, garota?!

Esmeralda transformou-se e riu ao ver o lobo negro já transformado, só de calça jeans surrada, sob seu corpo de short e top justos.

-Eu podia ter te matado – resmungou saindo de cima do seu corpo, enquanto ela ria descaradamente.

-Respondendo a sua pergunta – ergueu-se nos cotovelos – eu sou louca sim. Louca de amor por você - admitiu levantando-se e indo em direção a Augusto com a clara intenção de beijá-lo.

Leonel não podia acreditar que depois de tudo o que falara para o irmão sobre seu amor por Esmeralda, este agora estava em cima dela á beira do lago.

Augusto levou as mãos nos ombros de Esmeralda para afastá-la, mas esta pegou-lhe as mãos e as pôs em sua cintura, mas Augusto foi rápido em tirá-las dali.

-Vai embora, Esmeralda – pediu.

Esmeralda meneou a cabeça em negativa.

Num momento de descuido do lobo, a boca de Esmeralda chegara perigosamente perto da sua, e só não a alcançara porque Leonel surgira do nada e lançou Augusto para trás e Esmeralda para dentro do lago, respingando água para todos os lados.

-Eu te disse para ficar longe dela – rosnou Leonel que embora estivesse na forma humana agora, seus olhos

flamejando ao apontar o dedo para o irmão que levantouse do chão rosnando, mas ainda assim sem a intenção de atacar o irmão.

-E por que você não diz para ela ficar longe de mim –rebateu ao apontar para Esmeralda que já havia saído da água, furiosa, e respondeu por ele:

-Porque ele não manda em mim!

-Então você não vai se afastar do meu irmão?

Esmeralda cruzou os braços em frente ao peito e lhe deu um sonoro não.

-Sendo assim – encarou o irmão e conforme transformava-se por completo – eu irei afastá-la de você -e atacou Augusto que viu-se obrigado, ainda que sem querer, e se defender da fúria do irmão.

Os dois irmãos atacaram-se ferozmente, o que encheu os olhos e o ego de Esmeralda de furor ao ver dois irmãos, filhos do grande Alfa Magnus brigando por ela.

Sheila estava com o coração apertado, e ela sabia se tratar de algo com seus filhos. Algo estava acontecendo com ou entre eles e o motivo só podia ser Esmeralda.

Cambaleante e com a mão no peito, saíra da tenda e fora atrás de seu marido que não participara da caça como os demais velhos, dizendo-lhes que esta era a noite dos jovens.

Magnus estava sentado sobre uma rocha, conversando com outros lobos, mas quando vira sua mulher vir em sua direção cambaleante, este não pensara duas vezes em ir até ela.

-Sheila, meu amor, o que houve? - perguntou ao segurar seu queixo e encarar seus olhos.

-Pelo amor de Deus, Magnus, vai atrás de nossos filhos –implorou ao segurar-lhe os ombros.

-Por quê? O que houve?

-Porque sinto que algo está acontecendo com eles.

Magnus assentiu, beijou-lhe a testa e prometeu:

-Vou buscá-los para você - e foi o que ele fez ao reunir outros lobos para ajudá-lo.

Leonel subiu em uma árvore, e dela jogou-se sobre o irmão que tentou deter o impacto do mesmo ao cravar as garras na terra, mas Leonel aproveitou-se disso e conseguiu lançar Augusto contra uma árvore que quebrou-se e foi ao chão com ele.

Já Leonel aterrissava com graça no chão e podia-se dizer que sua bocarra emitia um sorriso, mas ao olhar para Esmeralda que sorria de divertimento com a situação que o fez ver que ela fez a fera tornar-se uma besta selvagem, no sentido literal, sem perdão.

Magnus, um belo lobo cinza escuro com manchas negras e seus companheiros corriam, pois já haviam farejado no ar o cheiro dos procurados e um fêmea. O cheiro de sangue. De raiva. De violência.

Os lobos continuaram se atacando, o sangue seco e a terra já era visível nos pelos de ambos.

Esmeralda continuava ali, em pé, extasiada e sorridente com a brutal cena entre os irmãos.

Leonel conseguiu saltar sobre Augusto e imobilizá-lo no chão, e como este não tinha a menor intenção de atacar o irmão, deixou-se abater com um ganido, e quando Leonel levou a pata ao seu coração e começou a esmagalo, o seu ganido de dor perdeu-se no ar.

Sheila que estava com um cesto de ervas em mãos sentiu um aperto no coração, deixando-o cair e ouviu no ar o choro de adeus e dor do filho.

-Magnus, depressa – murmurou chorosa.

Magnus já vira seus filhos, e quando o choro de seu primogênito chegara com dor aos seus ouvidos, não pensara duas vezes ao ordenar aos seus que separassem seus filhos, fosse a forma que fosse.

Um lobo jogou-se sobre Leonel que ganiu ao ser lançado ao chão, e quando tentou levantar-se surgiu outro lobo e ambos o seguraram no chão.

Augusto voltara a forma humana e gemeu de dor ao tentar levantar-se, pois estava com algumas costelas quebradas e o coração espremido por elas pela força da pata do irmão sobre si.

Esmeralda bem que tentou se disfarçar e sair dali, mas dois lobos surgiram á sua frente e uma voz ás suas costas a fez arrepiar-se.

-Vai a algum lugar, Esmeralda?

Ela riu e virou-se para encarar a expressão furiosa de Magnus que estava ao lado do filho que resfolegava e gritava de dor enquanto dois lobos colocavam suas costelas no lugar.

-Não.

-Ótimo - Magnus lhe dera um sorriso irônico - escoltemna até a tenda de Sheila e que fique lá - ordenou e os dois lobos trataram logo de fazer cumprir as ordens, mesmo com a cara emburrada e raivosa de Esmeralda.

-E então, meu filho, melhor? - perguntou a Augusto que assentiu e já se levantava sozinho.

Magnus lhe dera um afago no ombro e foi até Leonel que ainda rosnava na forma de lobo.

-Leonel – Magnus o chamara, mas foi ignorado – Leonel.Transforme-se – os dois lobos se afastaram – agora! - e com isto ele obedeceu.

Os dois irmãos, agora de pé, se encararam, mas não se moveram um milímetro que fosse.

Magnus suspirara e dera de ombros – eu quero os dois lado a lado comigo, e sem dar um pio - e seguiu na frente, e mesmo contrariados, Augusto e Leonel fizeram o que lhe fora ordenado e os demais lobos os seguiram, fazendo a escolta.

-E então, quem vai falar primeiro? - inquiriu Magnus ao cruzar os braços diante do peito poderoso e olhar de um filho ao outro e para Esmeralda. Mas por enquanto, ninguém se manifestara. Por enquanto.

-Ninguém vai me dizer nada, não é mesmo – os três se entreolharam, mas o olhar parou em Esmeralda, o que atraiu o olhar de Magnus e Sheila também.

Como suspeitado, os dois olharam de canto de olho para Esmeralda novamente, e dessa vez, ela os fulminara.

-Agora, estamos começando a nos entender, não é mesmo, Esmeralda? - retificou Magnus olhando-a diretamente.

Esmeralda engoliu em seco, mas se recusara a baixar a cabeça.

-Vocês dois pra fora – mandou e rapidamente Augusto e Leonel se dirigiram, mas não saíram sem ouvir um – mas não pensem que vão escapar de uma bronca.

Agora foi a vez de Sheila se manifestar, e quando uma mãe protetora se manifesta pelo filho jamais é para defender aquele que se faz de vítima, como era o caso de Esmeralda.

-O que você tem para nos dizer, menina?

Então, na cara dura e sem falsa modéstia, Esmeralda disse;

-Seus filhos me amam, mas, infelizmente, um deles não aceita que eu corresponda aos sentimentos do outro.

-E a qual deles você corresponde?

-A Leonel – mentiu sem nem sentir, pois de um jeito ou de outro iria fazer Augusto pagar pela desforra.

-Saia – ordenou então Magnus friamente, estava começando a ficar nervoso pela situação, o que raramente acontecia. E ela saiu sorridente, pois sabia que havia balançado as estruturas deles bem como as dos filhos.

-O que você acha, meu amor?

Sheila suspirou em desalento e o olhou.

-Infelizmente, eu acho que essa menina quer desunir nossos filhos, e pelo que percebi já está conseguindo –afirmou convicta.

-Eu irei abrir os olhos de Augusto e Leonel – prometeu ao abraça-la e beijar-lhe o topo da cabeça antes de sair da tenda.

Sentados na grama perto do lago ao fundo do acampamento, Augusto, Leonel e Magnus conversavam, e por via das dúvidas, o pai estava entre os dois irmãos.

-Meus filhos, eu irei fazer somente uma pergunta a vocês e dependendo da resposta, essa conversa se encerra antes mesmo de começar - ambos assentiram e Magnus perguntou então:

-Vocês estão apaixonados por Esmeralda?

-Sim.

-Não.

Responderam Leonel e Augusto respectivamente, e foi ai que Magnus dera total razão ao que a sua mulher dissera sobre as intenções de Esmeralda.

-Estranho somente um de vocês me dizer que a ama – e por quê? - Augusto franziu a tez, mas com o que Magnus

dissera a seguir os dois ficaram surpresos.

-Porque ela afirma que os dois a amam.

-Ledo engano dela, principalmente com relação aos meus sentimentos – afirmou Augusto.

-Bom saber, mas e quanto a você, Leonel? -Magnus olhou de um filho ao outro, fixando seus olhos nos de Leonel obviamente.

Leonel suspirou e passou a mão pelos cabelos.

-Pai, eu vou ser bem sincero – ele assentiu – amor é um sentimento muito forte para expressar o que sinto por Esmeralda, mas gostar, sim, eu gosto muito dela- afirmou.

-Bem, segundo ela própria me disse, é aos seus sentimentos que ela corresponde.

O rosto de Leonel animou-se de imediato.

-É sério?!

-Sim – reafirmou – mas eu quero pedir uma coisa aos dois – Magnus pôs uma mão em cada ombro dos filhos; estes assentiram - não deixem que Esmeralda destrua o respeito e a amizade entre vocês dois.

A noite desceu, e com ela um denso nevoeiro com garoa, e por falta de opções, todos se recolheram mai8s cedo ás tendas.

Augusto estava em sua tenda – lobos quando se transformam pela primeira vez e aprendem a se controlar, isso por volta dos 14, 15 anos ganham o direito a ter a sua própria tenda, mas continuam sob supervisão e cuidados dos pais até a maioridade de 20 anos – na cama, deitado de costas, só de calça de moletom, com um braço por trás de sua cabeça e o outro a descansar sobre sua barriga tanquinho, e olhando para o teto pensativo, quando um alguém muito insistente e escandalosamente vestida em uma camisola de rendas vermelha e uma micro calcinha, se postara á seu lado em pé.

-O que você está fazendo aqui, sua louca?!

Esmeralda sorriu.

-Jura que você nem imagina? - perguntou sugestiva ao pegar as alças fininhas de sua camisola e começar a abaixálas, só que não

pois Augusto levantou-se rápido, segurou suas mãos e disse categórico:

-Pelo amor de Deus, sai da minha tenda.

-Eu não quero sair daqui – retirou suas mãos das de Augusto e levou-as ao peito quente dele – eu quero você - e desceu-as até a cintura da calça.

Augusto pegou seus braços de forma brusca e começou a arrastá-la até a saída da tenda com ela a perguntar exigente – o que você está fazendo?

-Te tirando daqui – ele jamais fora grosseiro com alguém, muito menos com uma mulher, mas estava com tanto asco das ações de Esmeralda, principalmente, por ela ser a causadora de suas brigas com o irmão, então não culpouse em empurrá-la para fora de vez.

-Esmeralda, vai pra sua tenda dormir, por favor.

-Será que você não entende que eu quero você, seu idiota!

-E você, não entende, que eu não te quero!

Então seguiu-se uma discussão ali, mas por respeito a privacidade, ninguém saíra da sua tenda para interromper, nem mesmo Magnus ou Sheila.

-E então, não quer me chamar de volta pra dentro?

Esmeralda tinha a certeza de que Augusto tinha mudado de ideia, que finalmente iria ceder e possuí-la do jeito que ela vinha querendo a algum tempo, mas...

-Não - disse, e Esmeralda estreitou os olhos de raiva – mas eu tenho certeza de que Leonel vai adorar passar a noite com você - finalizou.

-Idiota, eu amo é você - declarou gesticulando com as mãos.

-E eu amo Soraia – afirmou, embora nem a conhece, mas por tudo o que a mãe já lhe dissera dela e de tudo o que vão passar juntos lhe bastava para ama-la.

-Uma vadia que você nem sabe se existe – desdenhou sem nem se dar de conta de que havia chamado a própria mãe de Augusto de mentirosa, o que provocou a raiva do lobo.

-A única vadia que mente aqui é você! - acusou.

Esmeralda rosnou e tentou dar um tapa em Augusto, mas ele deteve sua mão.

O que eles não sabiam é que Leonel estava escondido detrás de um arbusto em cóleras, e devido a sua capacidade de mascarar seu cheiro eles não o perceberam.

E estava ali desde o momento em que vira o irmão empurrar Esmeralda para fora da tenda naquela camisola de renda vermelha que pouco deixava para a imaginação, e que a vestira para Augusto. Mas e quanto ao que seu pai dissera?

A resposta viria a seguir...

-Meu pai nos disse que você havia dito que correspondia aos sentimentos de Leonel.

Sorridente, ela admitiu- eu menti.

-E por quê?

-Só para ter o prazer de ouvir a sua mãe dizer que eu iria separar vocês dois.

Augusto meneou a cabeça, já era difícil entender uma mulher por si só, mas Esmeralda era incompreensível além.

-O que você ganha com isso?

Ela apontou-lhe o dedo - você.

Augusto riu para não chorar.

-Você não me conquistou com as boas ações, acha mesmo que vai me conquistar com as más?

-Eu posso te persuadir – falou provocativa.

-Você não vai conseguir – afirmou.

Esmeralda avançou toda sensual, levou as mãos ao rosto de Augusto – posso tentar – ele pegou as mãos dela e as afastou juntamente com a dona.

Leonel rosnou e acendeu seus olhos de lobo dentre as folhas do arbusto com raiva tanto de Augusto quanto deEsmeralda, e

prometeu a si mesmo que iria embora dali, e mesmo sofrendo por abandonar os pais amados, não voltaria jamais. A primeira parte tratou de cumprir ao dar de ombros e sumir nas sombras da noite.

-Nãããooo!!!

O grito de uma mãe desesperada correu por todo o acampamento e reverberou pelo ar. O grito de uma mãe ao acordar e ir a tenda do filho e só encontrar um bilhete sobre a cama que dizia- mãe, pai, me perdoem pelo que eu fiz e pelo que eu irei fazer, mas não posso ficar aqui e ver a loba que eu amo correr atrás do meu...irmão. Estou indo embora para não voltar.Leonel

Alguns dias depois

-Tem certeza, Esmeralda? - essa era a segunda vez que Magnus refazia a sua pergunta para ela.

-Esmeralda, um lobo sem matilha é como um lobo sem família - dissera Sheila que sentia alívio, embora não deixasse transparecer com a decisão de Esmeralda, pois de certa forma ela tivera culpa na fuga de Leonel e se fosse para Augusto permanecer com os pais no acampamento que ela fosse embora.

-Vamos ser sinceras – Magnus e Sheila se entreolharam -vocês podem até querer, por dever de proteger um lobo, mas como pais estão felizes que eu irei embora.

-Não fale assim menina – Magnus é claro, sentia-se feliz por Esmeralda, uma loba que conseguiu separar seus filhos ir embora. E que deixara sua mulher triste com suas atitudes e palavras, mas como Alfa sentia-se mal internamente, é dever de um Alfa proteger e abrigar qualquer lobo.

-Ela tem razão, Magnus, não devemos ser hipócritas, não é mesmo, Esmeralda? - disparou Sheila ao encarar a loba que lhe deu um sorriso irônico e disse:

-Está ai algo que sempre gostei na senhora, sua sinceridade.

Sheila respirou profundamente para não ceder a vontade de esbofetear aquela menina insolente.

Magnus sentia a energia palpável da raiva e do deboche circular no ar, e antes que ambos perdessem a elegância, ele manifestou-se:

-Sendo assim, lhe desejo sorte menina, e que consigas encontrar uma nova família.

Esmeralda assentiu em agradecimento, pegou suas duas bolsas em couro vermelho envernizada que estava ao seu lado, dera de ombros sem quaisquer outras palavras e foi embora.

Mais tarde, Magnus e Sheila encontravam-se nus na cama, provavelmente tenham feito amor á julgar pelos lençóis enrolados ao redor de seus corpos e as expressões saciadas e felizes em seus rostos.

-Só agora eu percebo o erro que cometi ao trazer essa menina para cá - comentou Magnus ao acarinhar os cabelos de Sheila cujo o rosto estava em peito musculoso.

-Nosso erro não foi esse Magnus – Sheila levantou o rosto para encará-lo – nosso erro foi quando percebemos que os nossos filhos estavam brigando por causa dela, e nada fizemos.

Magnus estava destruído por dentro, por causa da saída de seu filho da matilha, mas não se permitiu chorar, mas havia uma coisa que ele podia e ia fazer. E agora.

-Sheila, meu amor, eu irei atrás de nosso filho – falou erguendo-se devagar já que a esposa ainda estava recostada a seu corpo, e sair da cama nu.

-Você está querendo dizer agora? Agora? - perguntou ao segurar o lençol contra os seios, pois não tinha a desinibição do marido para mostrar todos os seus ‘dotes masculinos’ na tenda.

-Sim – vestiu a primeira calça que achou – e só volto com ele – e dera um beijo rápido nos lábios da esposa que desejou-lhe sorte, e saiu vestindo um moletom de capuz pelo caminho.

Três dias depois

As mulheres e crianças estavam reunidas com alguns homens que Magnus deixara para proteção das mesmas, enquanto ele, Augusto e os demais lobos saíram á procura de Leonel a três dias atrás e agora...

Sheila sentia no ar o cheiro do marido e do filho se aproximando bem como os demais. E sorrir ao vê-los adentrar o acampamento, embora o semblante fosse de tristeza, todos voltaram sãs e salvos e foram abraçados calorosamente.

-Vocês não o encontraram, não é mesmo? - e isso não era uma pergunta e sim uma afirmação do coração apertado de uma mãe que conhecia tão bem os filhos como a si própria.

-Leonel sempre foi bom em apagar os seus rastros e, dessa vez, o fez com maestria – disse Augusto sem coragem para encarar a dor da saudade nos olhos da mãe.

-Oh, meu filho – Sheila levou as mãos ao rosto do filho e o virou para si e viu que ele também sofria a falta do irmão apesar de tudo – a culpa não foi sua – e um sorriso tímido surgira em seu rosto.

Magnus por sua vez caíra de joelhos em frente a esposa e pediu perdão, sem se importar com os olhares que recebeu, pois esse não era Magnus o Alfa e sim Magnus o pai, agora triste.

-Magnus- Sheila tentou levantá-lo do chão, mas ele não se permitiu, bem como Augusto ao tentar ajudar a mãe a levantá-lo, mas ele só pedia perdão.

-Não há o que perdoar, meu amor, você fez o que podia – dissera ao lhe acariciar o rosto com olhos lacrimejantes.

-Eu te prometi que só voltaria com nossos filhos, e não consegui cumprir – ele chorou sem vergonha , e com esse gesto só ganhara ainda mais o respeito e a admiração de sua matilha. Afinal, não é todo homem, muito menos um que além de ser um lobo é o Alfa que se permite chorar sem temer a rejeição e sarro dos demais.

-Nosso filho assim o quis Magnus, e talvez, mesmo que você o encontrasse, ele não quisesse voltar – murmurou Sheila ao abraçar os ombros e a cabeça do marido que permanecia de joelhos, abraçado a sua cintura.

Augusto não encontrava palavras, fossem elas certas ou erradas, não sabia nem o que sentia direito dentro de si, então abraçou a mãe pela lateral de seu corpo, e ela com a mão lhe acariciou o rosto.

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