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"So look me in the eyes, tell me what you see
Perfect paradise, tearin' at the seams
I wish I could escape it, I don't wanna fake it
Wish I could erase it, make your heart believe"
- Bad Liar - Imagine Dragons
Ellie Miller
O telefone toca.
— Olá, bom dia! — falo assim que atendo o telefone — Em que posso ajudar?
— Ellie, sou eu Edgar, só é para lembra- lá da imaginação hoje noite, sei que a senhorita é um pouco esquecida.
Merda! A droga da inauguração era hoje.
— Oh! Claro que não! Estarei pronta no horário marcado.
Mentirosa filha de uma mãe.
— Combinado minha filha, até logo
E desliga.
Eu só tinha a agradecer a Sr. Méier, o Edgar, ele é dono de uma das mais conceituadas empresas de publicidade e marketing, além de uma das revistas mais referência de NY. Comecei a trabalhar aqui a dois anos, um mês depois que cheguei. Comecei como secretária dele, e fui ganhando sua confiança, e quando ele descobriu que eu era formada em Jornalismo e tinha especialização em Publicidade ele me deu outro cargo, então me tornei a editora-chefe. Função está que faço com todo meu amor e dedicação.
Sei que parece ser rápido a subida de cargo e que a alguns olhos, especialmente o pessoal da empresa, eu estava dando algo em troca. Mas não, minha relação com o Sr. Edgar, ele se recusa a me vê-lo chamado com Sr. Méier, é de total respeito e carinho. Ele tem 60 anos e é casado a 42 anos com a mesma pessoa, inclusive a mulher dele me ama, e ela acha muita graça dos comentários.
Depois de falar da vida alheia, vamos retornar ao que interessa: a inauguração! A empresa fechou contrato com uma empresa famosíssima. Eles vão realizar uma inauguração, e conta com a presença da nova parceira, apesar de ser responsável pela revista da empresa, o Sr. Edgar faz questão da minha presença, além de que estão apostando tudo na divulgação, já que a Méier está responsável por tudo, nada mais comum que estarmos presentes.
Não conheço o CEO da empresa parceira, mas sei que vem de uma renomada família, e que metade de NY, se não ela inteira, suspira por essa família. Acho que vi a foto do irmão mais novo, e sim, era pedaço de mal caminho.
Saio do trabalho e vou direto para o meu apartamento. Ele tem um tamanho médio, mas o suficiente para mim, e tem uma boa localização. Ele tem um quarto, a sala, que é a parte maior, e a cozinha são divididas por um balcão, e tem um banheiro, além de uma pequena varanda, as paredes são é um tom claro vivo de azul, e tenho os móveis necessários. o que para mim está perfeito.
Os primeiros dias foram bastante difíceis, vim para cá com uma mão na frente e outra atrás, fiquei em uma pensão um pouco precária, mas era o que dava para pagar, com o pouco dinheiro que tinha, até arranjar um emprego e conseguir um lugar melhor, nas também não me importei, já passei piores.
Eu sou forte!
A primeira coisa que faço é procurar algo descente, como esqueci, não comprei nenhuma roupa. Achei um vestido que nunca tinha usado, ele era claro com estampa floral bem delicado, era longo, de alças finas.
em seguida tomei um banho, vesti a roupa, passei pouca coisa no rosto só para tirar a aparência de todo dia, e fui ver o que dava para fazer no cabelo, o que não era muito, por fim resolvi deixá-lo solto.
Me encarei por alguns minutos no espelho. Houve um tempo em que eu odiava me olhar no espelho, houve um tempo em que eu sequer me suportava.
Espanto esses pensamentos com a mão.
Eu não era feia, tinhas os cabelos loiros no ombro, os olhos um tom bem claro de azul, tinha 1.70 de altura, e só isso.
Meu celular vibra em cima da cama e pego para ver a mensagem, que era do Sr. Edgar falando que já me esperava lá em baixo. Peguei uma bolsa preta, coloquei tudo de necessário e desci. Como esperado, estavam ele e a Srta. Lucy no carro me esperando, entrei no banco de trás e comprimento os dois.
— Ellie querida, quanto tempo! — fala animada — Poderia lhe dar uns tapas por não ter me ligado mais! É o Edgar te dando mais trabalho que o necessário? Ou algum namorado? Que fez você esquecer sua velhinha?
Foi minha vez de rir. Velhinha? Queria eu ter a elegância e beleza dela com essa idade.
— Oras, deixa a menina respirar meu bem.— Sr. Edgar falou enquanto dirigia, ele dispensava motoristas, sempre gostou dele mesmo conduzir.
— Me desculpe Lucy, prometo que marco um dia para sairmos. E a senhora sabe que amo meu trabalho. E não, não é nenhum namorado, além de que o lugar da senhora ninguém toma. A propósito, está linda hoje.
— Não mais que você minha filha.
Queria que minha mãe fosse assim.
Fomos jogando conversa fora no caminho. Quando chegamos a entrada estava cheia de jornalistas, assim que descemos do carro, Sr. Edgar deu a chave para o manobrista e passamos naquela multidão de pessoas na porta. Tinha equipes de jornalistas dentro também, os da empresa Méier era deles, fazendo a cobertura de tudo, para a revista e para a publicidade.
O salão era enorme e a decoração estava linda, tinha a área reservada para as mesas, e onde os convidados poderiam se servir, além de pessoas distribuindo bebidas. Uma música ambiente também tocava, e próximo de onde saia ficava o palco para o discurso.
Me separo da senhora Lucy e seu Edgar e vou atrás de alguma coisa para comer.
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