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Filhas de Hécate: Minha Eterna Companheira.

Filhas de Hécate: Minha Eterna Companheira.

S.S. Chaves

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140
Capítulo

Vinte anos apagados... Vinte anos roubados da memória de Ravena... Após ser sequestrada por uma feiticeira gananciosa, consumida por seus próprios anseios de poder, e vingança. Ravena desperta sem lembranças em um mundo onde seu clã está ameaçado por uma força maligna desconhecida, a existência de uma "suposta" filha, já adulta, e se depara com um lobisomem Alfa que insiste em afirmar ser seu companheiro destinado... Sua verdadeira alma gêmea... As únicas memórias que persistem em sua mente são do seu clã, o som persistente do choro de um bebê, e flashes intermináveis, de tortura e dor. Seu primo, em quem ela sempre confiou, afirmar categoricamente que todos estão mentindo para ela. Ele insiste que pouco antes do seu sequestro, eles estavam prestes a se casar, pois haviam sido prometidos um ao outro desde o nascimento. Segundo ele, todas as histórias que lhe contaram são artimanhas para mantê-la longe de sua verdadeira casa e de seu destino. No entanto, mesmo com todas as dúvidas, seu coração acelera, e sente uma profunda saudade, de “uma sensação” muito especial, quando ela olha nos lindos olhos avelãs, do majestoso lobisomem Alfa, a sua frente... Quem está realmente mentindo? Quem está falando a verdade? Ravena embarca em uma jornada para descobrir a verdade sobre seu passado e desvendar os segredos ocultos que cercam seu sequestro. Nessa jornada de busca de verdade, amor, autodescoberta e redenção, ela confronta não apenas seus inimigos externos, mas também seus próprios medos e inseguranças. Com a ajuda de aliados improváveis, ela será capaz de enfrentar qualquer desafio reconstruindo não apenas sua história, mas também a sua própria identidade.

Capítulo 1 Descobrindo Sentimentos.

P.D.V. (Ponto de Vista) de Ravena Lelis Ravem.

Olhava encantada para o reino dos Ravem. Como tudo estava mudado. Fazia pouco mais de duas semanas que fui trazida para a fortaleza da minha mãe. Ah, como é difícil acreditar que finalmente estou em casa depois de uma experiência tão sombria e aterradora.

Tento lembrar constantemente, o que exatamente, aconteceu comigo, durante aquele longo período em que minha mente e corpo estiveram sob o controle ferrenho de uma bruxa maligna.

Mas, só sentia o vazio...Feiticeira Desgraçada!

Fui aprisionada em suas garras cruéis, incapaz de lutar contra suas artimanhas nefastas e atrozes. Lembro-me perfeitamente, do momento em que acordei, totalmente desorientada, em um quarto desconhecido.

Minhas memórias estavam embaçadas, distorcidas pela manipulação sinistra da bruxa Neverha e seus compassas. Tudo ao meu redor parecia surreal, como se eu estivesse presa em um pesadelo do qual não poderia acordar, sem sofrer as consequências.

Tinha a nítida impressão, que ouvia vozes sussurrando em minha mente, me contando histórias terríveis, do que aconteceu comigo no passado. Mas, acreditava ser lembranças destorcidas...ou seria sonhos?

Vinte anos apagados, como se minha vida não me pertencesse mais.

Pensar nisso, fazia meu coração acelerar...

As lembranças que tentavam retornar eram dolorosas e fragmentadas. Quem eu era antes de cair nas garras daquela bruxa? O que aconteceu durante todo esse tempo perdido? Perguntas sem respostas atormentavam minha alma.

Mas agora, aqui estou eu, no reino dos Ravem, meu verdadeiro lar.

O lugar onde pertenço e sou amada por minha mãe e meu povo. A paisagem ao meu redor é deslumbrante, como um conto de fadas ganhando vida. As cores são mais vivas, as árvores dançam suavemente com a brisa e os pássaros entoam uma sinfonia de alegria.

Tudo é novo e emocionante, mas também assustador. Sinto-me como uma estranha em meu próprio lar, na verdade, no meu próprio corpo. Tentando juntar os fragmentos do meu passado e encontrar meu lugar neste presente transformado.

Mas, apesar dos desafios que enfrento, a esperança brilha em meu coração. Tenho uma nova chance de viver, de abraçar quem sou e de reencontrar aqueles que amo...e descobrir o que deixei para traz.

A jornada pode ser árdua, mas estou disposta a enfrentá-la com coragem. Enquanto olho para o reino dos Ravem, sinto uma emoção indescritível. Agradeço por estar viva, por ter escapado das garras da escuridão e por ter a oportunidade de recomeçar.

Sei que haverá dias difíceis pela frente, mas também sei que, com coragem e determinação, encontrarei a minha paz e a minha verdadeira identidade novamente.

A minha história não será mais um relato de terror, mas uma jornada de superação e redenção.

Escutei passos ecoando pelo corredor, e instantaneamente, meu coração acelerou. Essa reação automática já demonstrava o quanto aquela situação me deixava alerta e apreensiva.

Sinto-me estranha, como se estivesse fora do meu próprio corpo, medrosa, fraca e indecisa diante das lembranças desconhecidas, mas que o meu corpo, parece lembrar, e ainda me assombram.

Droga! Eu nunca fui assim...

Quando me encontro sozinha, como agora, busco desesperadamente me acalmar, mas a sensação de vulnerabilidade persiste.

O sequestro e o cárcere forçado que vivenciei, deixaram marcas profundas, resquícios de um trauma que ainda não consegui superar completamente. Mesmo sem lembrar de detalhes específicos, não paro de sentir um peso, e uma angustia insistentes em meu coração, sempre que cogito, essa situação.

Ao me virar, deparei-me com Emil, meu primo. Seu semblante sisudo e sério sempre me intimidou, mesmo desde a infância. Depois associei a sua personalidade, mas ultimamente, eu não sabia explicar, seu semblante me deixava...apreensiva.

— Ravena...finalmente te achei. Olhe o que trouxe para você. — Ele carregava um buquê de rosas vermelhas, tão intensas quanto seus sentimentos, que, ao menos para ele, eram repletos de amor. Mas eu... Eu me afasto, afinal, nunca compartilhei desses mesmos sentimentos.

— Que lindo...magnifico buquê. Obrigada por sua constante gentileza Emil. — Mesmo dizendo essas palavras, não faço menção, de pegar as rosas.

Lembro-me que éramos noivos, uma promessa que ficou interrompida antes de se concretizar. A verdade veio à tona através de minha irmã Irina, revelando que eu abandonei o clã por uma paixão proibida: um lobisomem.

Parece surreal pensar que renunciei à minha posição como herdeira direta da "Grande Bruxa Mãe" Ravem, por causa desse amor inusitado. E agora, me questiono. O que foi essa paixão avassaladora que me fez abandonar minha família, meu povo e minha herança? Parece inacreditável e assustador...será que realmente eu me apaixonei?

Será que eu estava tão louca de paixão, assim, por esse lobisomem? Enquanto estou refletindo, Emil faz um movimento de aproximação.

Ele, vêm tentando se aproximar novamente, buscando uma nova chance, mas suas ações me deixam desconfortável, como se algo estivesse errado.

E eu venho evitando, sem que ninguém perceba, os locais, que ele se encontra.

Emil me olhou fixamente, e me questionou.

— É impressão minha, ou você está buscando me evitar? Sei que você está tentando reconstruir suas lembranças, eu só quero te ajudar nisso.

Eu me senti tensa quando Emil me olhou fixamente e fez aquela pergunta desconfortável.

Sua presença próxima me deixou inquieta, eu preferiria manter uma distância segura. Eu sabia que estava lutando para reconstruir minhas lembranças, mas não precisava de ninguém pressionando ou me forçando a nada.

— Emil, por favor, afaste-se um pouco. Eu não me sinto confortável com toques inesperados ou a proximidade excessivas. — Pedi, tentando manter a calma e a serenidade, apesar do aperto incômodo em meus braços. Tudo o que eu queria era espaço para lidar com minhas memórias do clã, no meu próprio ritmo, sem interferências.

Enquanto Emil continuava a insistir em sua aproximação, ouvimos um rosnado ameaçador vindo da porta. Esse som inesperado nos fez parar e olhar na direção do ruído.

Foi um momento tenso, e eu me perguntei o que poderia rosnar daquela forma. Não tínhamos animais na fortaleza. Por um instante, o foco do momento, se desviou do desconforto com Emil, para enfrentar uma possível ameaça externa que nos espreitava.

Mas, para minha surpresa, e tenho certeza de que Emil também se sentia assim, na porta estava um homem que nos olhava com intensos olhos, totalmente enegrecidos, com uma camiseta branca, destacando seus músculos bem definidos, uma jaqueta jeans surrada, e uma calça jeans preta desbotada, além de coturnos pretos.

Raphael Stone...

Ele nos encarava com um ar de poucos amigos! E com voz possante e máscula, falou.

— Quem te deu permissão para tocar na minha mulher, espiga de milho? E claramente, ela não quer ser tocada. Contarei até cinco para você se afastar dela... Se não, arrancarei sua cabeça, desse seu corpo mirrado. — O tom de sua voz, denotava que ele estava tomado por um sentimento de posse gigantesco e de proteção. Ele não aceitaria que a sua mulher, fosse ameaçada por nada.

Seria o homem, ou o lobo, falando neste momento?

Confesso que aquelas palavras me deixaram ansiosa e até um pouco assustada. Ele era sempre violento assim?

Eu nunca tinha visto alguém tão dominante e ameaçador como Raphael, ou pelo menos, não lembrava, de ter visto. Suas palavras ecoavam em minha mente, e era como se o seu próprio lobo se agitasse.

E eu não sei por que, meu coração se agitou também...seria medo, ou algo mais?

Emil tentou acalmar a situação, levantando as mãos em sinal de rendição, e disse.

— Não houve nada disso...lobo. Foi apenas um mal-entendido dessa sua mente bestial. Eu jamais obrigaria Ravena a fazer algo que ela não queira. E o que você faz aqui?

A expressão de Raphael não se alterou, mas ele pareceu refletir por um breve momento.

Eu podia perceber que ele era alguém com um temperamento explosivo, e qualquer palavra errada poderia desencadear um desastre.

Será que todo lobisomem era assim?

— Não é obvio? Vim cuidar de quem me é precioso...— E me olhando fixamente, ele concluiu.

— Ela... é tudo para mim! E não permitirei que ninguém a ameace, ou que ela, corra perigo algum novamente... — Ele disse firmemente.

Ao ouvir aquelas palavras, meu coração pareceu ter uma reação incontrolável.

Um sobre salto de novo, e minha alma se agitava.

Não conseguia entender o motivo pelo qual meus batimentos estavam tão agitados naquele momento. Era como se suas palavras tivessem o poder de mexer com as fibras mais profundas do meu ser. Ou talvez fosse algo mais profundo, algo que eu ainda não tinha compreendido totalmente sobre mim mesma...

O olhando com intensidade, mentalmente, tomei uma resolução.

Por mais assustador que fosse, estava determinada a desvendar o que estava acontecendo comigo e com os meus sentimentos. E com certeza era algo relacionado com aquele lobo..., mas tinha que ir com cuidado, ter cautela.

E, mesmo que levasse algum tempo, eu estava disposta a mergulhar fundo nesse mistério emocional, para descobrir a verdade sobre meus próprios sentimentos.

Com certeza, por cima de qualquer obstáculo, eu iria descobrir!

Oi pessoal!

Agradeço por acompanhar este capítulo!

Se você gostou da jornada até aqui, temos ainda mais surpresas emocionantes pela frente.

Partilhe este livro com seus amigos e colegas, e juntos, vamos explorar novos horizontes. Sua presença e apoio são essenciais!

Curta, compartilhe e embarque comigo nesse incrível romance.

Até o próximo capítulo!

S.S. Chaves

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