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Carolina Borges
Oi me chamo Carolina, tenho 28 anos, mais meus amigos e família me chamam de Carol, hoje estou me despedindo dos meus colegas de trabalho que me aguentam há alguns anos, trabalho em um hospital pediátrico há oito anos, sou enfermeira do setor de UTI Pediátrica, levo minha profissão muito a sério, amo o que faço.
Estou indo embora por que passei em um processo seletivo no Rio de Janeiro e quero muito sair de Manaus e ir crescer profissionalmente em outro lugar e fugir de fantasmas do meu passado.
Estou de coração partido vendo toda minha equipe de olhos cheios de lágrimas me desejando boa sorte e boa viagem, dizendo que sou louca por estar indo me aventurar sozinha em uma cidade desconhecida e tão perigosa como vemos nos noticiários, claro que estou com medo, mais se eu não for como saberei se é tudo isso que falam, há e qual é?
“É o RIO DE JANEIRO”, A CIDADE MARAVILHOSA, não que eu não ame, minha cidade Manaus é linda, tem muita coisa a se conhecer aqui, mas quero mais. Finalmente meu plantão acaba e me despeço de todos e atualizo minha conta do Instagram para que meus colegas possam ver como é a cidade e todas as minhas conquistas que sei que terei.
**2 DIAS DEPOIS**
Minha mãe Dona Clarice ta se desfazendo em lágrimas me implorando para não ir, dizendo que sou louca por estar indo para o outro lado do país, dizendo que eu não a amo, que quero ver ela morrer de tristeza, se eu pudesse estaria revirando os olhos por todo o drama de D. Clarice, começo a rir dela e digo para ela parar de drama que isso não combina com ela, a mulher forte que me criou sozinha depois que o homem que um dia chamei de pai nos abandonou quando eu tinha somente 11 anos e tivemos que nos virar para nos sustentar, mas enfim, minha mãe tenta mais uma vez:
— Carol deixa de teimosia, para que você quer ir se meter no meio de uma cidade, que você nunca foi e me deixa aqui sozinha, porque seu irmão só quer saber de gandaia e nunca ta nem aí para mim, ela solta um suspiro pesado, vejo que doe nela toda essa distância com meu irmão odeio ver isso, meu irmão é cabeça dura ele é 6 anos mais velho, mais sei que uma hora ou outra eles vão se acertar.
— Mãe pare de drama que isso não lhe combina, começo a rir dela e me sento ao seu lado a abraçando, senhora sabe que quando eu conseguir me estruturar lhe levo já espero outra discussão, fecho os olhos e aguardo.
— Você sabe muito bem que jamais saio daqui para ir me meter numa cidade tão violenta como aquela.
— Tá bom, dona Clarice, quer ir ao salão comigo, o que acha? — Perguntando tentando mudar de assunto.
— Tudo bem, filha ingrata, me mime antes de você me abandonar. — Ela se levanta do sofá, e sai procurando a sua bolsa.
— Tão dramática. — Rio dela e abraço lhe enchendo de beijos
— Tá bom, já chega, vamos?
No dia seguinte meu voo está marcado é depois do almoço, precisaria ir para o aeroporto com 2 horas de antecedência, mais minha mãe me segura em casa até o último momento e chorou parecendo que nunca mais ia me ver, dizendo ela que estava com pressentimento ruim, mais conheço minha mãe e sei que isso tudo é drama.
Finalmente chegamos no aeroporto, realizo meu check-in e despacho a mala e mais outra rodada de choro e abraços.
— Mãe eu te amo e não vou morrer e nem nada de ruim vai me acontecer, quando eu conseguir mobiliar uma casa confortável a senhora passará um tempo comigo para cozinhar para mim e limpar a casa, agora pare com esse choro todo, já viramos uma atração aqui no embarque. — Ela limpa as lagrimas, e dá de ombros.
— Que todos vejam o que minha única filha ta fazendo, ta me abandonando por um emprego em outro estado, ela me faz sofrer. — Começo a rolar os olhos para ela, levar vários tapinhas no meu braço e rio para ela a abraçando e dizendo que a amo.
— Mãe, eu te amo e nada vai acontecer, prometo, se algo não sair como os conformes ou como estou imaginando volto para casa ou vai me negar um quarto e um prato de comida?
— Isso nunca, meu ninho sempre terá seu lugar, assim como tem até hoje o de seu irmão, aquele outro ingrato. — Fico rindo do biquinho dela.
— Senhorita, seu embarque lhe aguarda, sua passagem por favor? — O atendente da companhia aérea me aborda percebendo que minha mãe não iria me largar sem ajuda.
— Viu só mãe, estamos atrasando o outro passageiros, tenho que ir. — Lhe dou mais um abraço apertado e sussurro em seu ouvido um eu te amo mamãe.
Jesus esto sentindo como se estivesse deixando metade de mim aqui, como doe deixar minha D. Clarice para trás, minha mãe é minha melhor amiga, quero muito levar ela o mais rápido possível. E o voo finalmente decola e la dê cima vejo minha cidade, uma ilha no meio do rio e me despeço. — Até um dia minha Manaus.
Finalmente chego no Rio e ligo para D. Clarice avisando que estou bem, que o voo foi cansativo, conto tudo enquanto estou tentando pedir um carro de aplicativo para me levar para meu novo endereço.
O motorista, um homem jovem e muito bonito, nem me deu bola, devo estar um trapo depois de 5 horas de viagem.
— Jesus, que frio é esse nessa cidade?
Sempre acreditei que o Rio fosse quente igual minha cidade!
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