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Um dia especial se iniciava, Emília estava rodeada por seus amigos e familiares comemorando seu décimo nono aniversário. Sua mãe havia encomendado seu bolo favorito e seu namorado Lucas estava prestes a chegar. Tudo estava perfeito e Emília não poderia estar mais feliz.
De repente, uma sirene tocou longe, mas logo o som foi ficando mais alto. O pai de Emília ficou em estado de alerta, enquanto sua mãe corria para o outro lado do quintal e abria a grande porta no chão. Emília ficou confusa com toda aquela situação. Gritos podiam ser ouvidos vindos da rua, mas antes que Emília pudesse ir até eles e entender o que estava acontecendo, seu pai a puxou pelo braço, a levando até o abrigo.
― Pai, o que está acontecendo? ― Emília perguntou enquanto era arrastada. Atrás dela, seus amigos pegavam seus aparelhos celulares para buscar informações. ― Pai! ― Emília gritou e seu pai olhou para ela, seu rosto pálido a assustou.
― Eu explico lá dentro, agora entrem. ― Roberto, o pai de Emília, disse apressado.
Assim que o pai de Emília fechou as pesadas portas de madeira, todos ficaram em silêncio. A tensão era grande de mais para falarem. Sons pesados soavam sobre eles, como batidas ritmadas que faziam as paredes do abrigo tremerem. Emília se agarrou ao braço de sua mãe até que tudo ficou em silêncio.
― Parece que já se afastaram. ― Roberto disse, sentando em uma cadeira dobrável e respirando fundo. Emília se aproximou, ficando de joelhos diante do seu pai.
― Quem se afastou? O que está acontecendo, papai? ― a voz de Emília estava trêmula, o medo já a estava dominando, assim como a todos que estavam naquele abrigo.
― Minha filha, achei que você nunca teria de passar por isso. Trabalhei por tantos anos para que essa guerra nunca acontecesse. ― Roberto falou pesaroso. Todos os olhares se voltaram para ele e Emília, então o celular de um dos amigos de Emília começou a soar uma mensagem de emergência.
― Alerta de emergência! Ataque de Lobisomem! ― Todos se reuniram ao redor do celular, menos roberto, que ficou sentado de cabeça baixa. ― Este é um chamado de emergência para todos os habitantes das cidades agora sob o ataque de lobisomens. Abriguem-se, não saiam de suas casas sob nenhuma circunstância; não confie em estranhos, qualquer um pode ser um lobisomem disfarçado; use meios de comunicação seguros para manter-se atualizado. As autoridades estão trabalhando para controlar a situação. Unidades especiais foram convocadas para acabar com essa ameaça. ―
Assim que a mensagem foi finalizada, um som ecoou dentro do abrigo. Roberto se levantou e olhou para sua esposa e filha, lágrimas enchiam seus olhos ao saber o que o esperava e que sua sobrevivência não era garantida. Ele puxou o pequeno aparelho de seu bolso e apertou um botão vermelho. Todos estavam tensos, olhando uns para os outros em busca de qualquer tipo de explicação.
Roberto abraçou forte sua esposa Karol, como se fosse a última vez que sentiria o calor de seu corpo. Então ele segurou os ombros de Emília, lembrando do pequeno bebê que foi colocado em seus braços a exatos dezenove anos. Muitas famílias dependiam dele e de sua equipe naquele momento.
― Fiquem aqui até que alguém venha buscá-los. Tem comida e água suficiente para três meses. ― Olhares apavorados caíram sobre Roberto, que sorriu de forma triste.
― Isso só pode ser uma piada de mal gosto. ― um dos rapazes, amigo de escola de Emília, disse. Sua voz estava trêmula, mas ele tentava manter o controle, acreditando que tudo aquilo era um completo absurdo. ―Lobisomens não existem.
― Eu queria que eles não existissem. ― Roberto disse, caminhando até as escadas que davam para a saída. ― Não saiam desse abrigo.
Com aquelas palavras, Roberto saiu do abrigo. Os sons de gritos e explosões entraram no abrigo e todos se afastaram.
As horas passaram, Emília tentava entrar em contato com Lucas, mas não teve nenhuma resposta. As notícias ainda eram confusas, mas todos diziam o mesmo. Lobisomens saíram das florestas e começaram a atacar as cidades. Após alguns poucos dias, países já haviam sido tomados, humanos que não conseguiam escapar eram mantidos como escravos.
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