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Um vínculo inquebrável de amor
Allen, nosso amado grande reino está localizado no continente de Stór, entre Lunar, o Império de Eyja e o País de Gralaham.
As vertentes de Stór em suas raízes compartilham da mesma colonização portanto em sua maioria, também da mesma língua (com exceção de Lunar). Embora as culturas de cada reino sejam tão individuais e próprias que seus territórios parecem estar a quilômetros de distância um do outro. O que não é o caso já que, por exceção da grande ilha Lunar separada pelas águas marítimas, o resto dos reinos se divide apenas por um punhado de terras e árvores.
Cada reino de Stór foi construído sobre anos de trabalho árduo e dedicação. Os quatro reis militares fizeram o primeiro pacto de união quando compreenderam que não poderiam sobreviver aos ataques de piratas e estrangeiros, e a escassez de alimentos, sem o apoio um do outro. Lunar cedeu suas estratégias de navegação e os avançados barcos para facilitar a proteção e o comércio de todo o litoral dos reinos de Stór. O império de Eyja possibilitou o acesso para treinamentos mais eficazes em campos densos e fechados, demonstrando as práticas agrícolas para elevar o nível dos reinos que sofriam com as mudanças drásticas de estação. Gralaham expandiu seu conhecimento nas matemáticas, ciências e artes por todo o continente. Incentivando que conhecimento era a arma principal para qualquer um sobreviver.
E então havia Allen, o mais antigo dos quatro reinos, com o maior território e o mais exemplar dos governos. Seus reis eram guerreiros monstruosos, estrategistas brilhantes e soberanos sábios. Enquanto os demais aprendiam sobre guerra, Allen já construía armamentos e mantinha um exército feroz e inigualável há meio século. Eles eram conquistadores obstinados e estadistas brilhantes, o excesso e a extravagância os tornaram irreais, mas eles não deixam de ser tão poderosos e populares quanto os fatos. Até mesmo para os que viam de outros continentes tão distantes e cujo os nomes não eram falados sabiam o que significava ser um Ferro, o portador do sangue da escuridão.
Eles eram imbatíveis, donos de uma força que não poderia ser explicada, abençoados por sombras majestosas; uma magia da escuridão. Um poder tão forte que poderia cegar o Mundo.
Com manchas de sangue, baixelas de ouro e diamantes, lances de escudo e espadas, corpos rasgados e perseguição do destino, ascensão e queda, fascínio e destruição. O pacto entre os reinos com o tempo caiu, porquê embora todo o conhecimento do mundo fosse compartilhado, nem Eyja, nem Lunar, nem Gralaham jamais poderiam ter o que Allen tinha.
Magia.
Magia absoluta, pura e poderosa.
Magia perigosa que poderia mudar o mundo, ou destruí-lo.
Magia que estava morta. Havia cem anos que um escuro não nascia com o dom de controlar e criar sombras. Cem anos que poderosos começaram a se tornar vulneráveis, cem anos em que ser um Ferro não significava mais tantas coisas, cem anos em que Allen não era temida, em quê os seus Reis dançavam sobre uma corda bamba e fina, criada por seu próprio povo com a intenção de quê em um puxão; eles fossem levados ao pó.
Capítulo 1
"Sempre estive à espera do amanhecer, ansiosa pelo dia em que o sol tocaria a terra, aqueceria o meu Mundo, e mostraria a beleza que a escuridão me escondeu."
— Rainha de Ferro
V I C T O R I A
Encontrava-me no único lugar onde poderia realmente sentir-me leve e feliz. Os meus olhos ainda fechados, abriam espaço para os outros sentidos se aguçarem mediante aquela onda de paz. Um sorriso involuntário permanecia sobre meus lábios. Transbordei ao sentir todas as batidas do meu coração; uma força latente contra o peito.
Abro meus olhos sacando das costas o arco, posiciono a flecha na arma de madeira, inclinado sua estrutura para o céu. Meu braço se esticou, as articulações dos meus dedos moldando-se para dar suporte a mira, o batente da flecha entrando em contato com a minha pele. Meus dedos próximos do nariz se preencheram de energia no instante em que a flecha voou metros acima, atravessando o ar cortante, feroz e decisiva. Mesmo sob uivos de pássaros e trajetos de pequenos animais, o som foi unânime ao raspar próximo de uma ave branca que bateu asas de desespero, sem repostas. A flecha atingiu o pico da árvore mais alta, e o pássaro desapareceu para o norte.
Levo o antebraço à testa, onde pequenas gotículas de suor percorrem minha face em caminhos agonizantes.
Gostava de atirar. Mas a morte viria só quando necessário.
Um chacoalhar de terra me mostrou que o riacho próximo transbordava em vida, as águas um pouco mais adiante fazendo seu percurso em um som fluído. O doce e o suave cantar dos pássaros saindo de encontro aos meus ouvidos. Suspirei com tranquilidade, ciente de que só momentos como aquele poderiam realmente me fazer sentir completa.
Mas como de costume, fui interrompida da minha absorção particular com um barulho vindo de fora do bosque. Caminhei rumo à direção contrária deixando para trás os arbustos e os pinheiros que outrora me cercavam. Aproximei-me da saída do local e os meus olhos prontamente começaram a procurar algum tipo de sinal. Estreitei-os quando finalmente vislumbrei algo que poderia ser explicativo. Na vista da Campina, uma carruagem e alguns cavalos na porta de casa se estabeleciam de maneira reluzente, certamente não eram da região, pois a mesma esbanjava adornos requintados e luxuosos, não era como os típicos veículos de madeira velha que circulavam por Golden Fox. Os cavalos eram de raça nobre e o brasão na porta dourada era da capital; Vêrmenia.
Somente a menção da cidade imperial, era o suficiente para fazer meus ossos se atrofiarem.