A mulher em mim. Memórias e destino
aias que a minha avó me ofereceu no meu aniversário. É de um cor-de-rosa claro; experimento-o e assenta-me na perfeição! Acima de tudo, sinto-me con
o-me às pressas. Como estão atrasados, não me obrigam a voltar para mudar de roupa. Durante toda a viagem, a minha mãe não par
ha mãe me indica, ainda com os auscultadores, e começo a brincar com o meu guardanapo, meio alheia
Por vezes, contudo, voltam-se para mim para fazer uma pergunta à qual não es
le não percebe que eu não ouvi a pergunta que me fez, mas quan
uma empresa de construção naval herdada do meu avô Santiago Sardino, como já mencionei. O meu pai é filho único, tal como eu sou filha única e, até há pouco temp
egundo o que a minha mãe diz, furiosamente, quando me insulta, nasci por descuido durante uma noite de bebedeira. Não estava nos seus planos ter-me, e isso é algo que ela me tem repetido ao longo da minha vida. Ela parece odiar o facto
m objeto precioso a exibir quando eles encontram os seus parceiros de negócios, para dar a imagem de uma família amorosa. Nessas alturas, sei que não devo partic
e sou muito tímida. Os meus passatempos preferidos são a leitura, a música e a dança - atividades em que posso ser eu mesma sem que ninguém me veja. Atualm
a juntamente com um rapaz um pouco mais velho do que eu, mas muito atraente. Parecem-me familiares, embora não me recorde de onde
ora com uma expressão de fingido espan
sentisse. Nunca me olhou assim quando estamos a sós! É surpreendente ver como ela sabe fingir, pois durante toda a minha vida tive a s
e a conhecer, mas não me ocorre nada. Sorrio para ela, tenta
em te disse!" Parece que leio nela: "Devias ter usado o outro
-te - digo, enquanto
com uma expressão de aborrecimento que se transforma num semblante de incrível felicidade assim que é
eu com ela, para encarar o filho. Reconheço-o imediatamente: o rapaz abusador que
umávamos passar as férias
s sufocam-me na garganta. - Eu..., eu... -
o, querida - diz a minha mãe com uma voz
falar dele durant
ha mãe diria tal mentira? Nunca
-, há pouco afirmaste
rar, que me forçava a fazer coisas contra a minha vontade! Detestei-o durante toda a minha vida porque ele me perseguia por todo o lado e agredia-me quando ninguém via. Depois, conse
a - diz Luí
dia e afasto-me como se ele tivesse a peste. Odeio-o, continuo a odiá-lo! Já me tinha esquec
ase num sussurro, recuand
a comida; a minha mãe pediu salmão, que eu abomino, então brinco com o garfo, fingin
mãe, e tenho a impressão de que ela lança um olhar cú
á tudo bem, desculp
nalmente consigo. Esforço-me por me distanciar dele, mas ele aproxima-se novamente e col
Isabella? - pergunta a m
casa de banho por um momento. Com a vossa permissão - dig
espero que acabem de comer. Lavo as mãos, tentando acalmar-me ao som da música que toca ao fundo. Sei que a minha mãe vai ficar desconte
casa de banho. Para minha surpresa, Luís está à minha espera
escapar, Bella? - diz e
te, fazendo-me quase sangrar. Luto desesperadamente para me libertar do seu aperto, mas ele é mais forte do que
tindo-me derrotada. Não consigo acreditar que isto está a
róximo mês, vamos celebrar a fe
uma sensação de hor
go perguntar com