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Mais que tudo

Mais que tudo

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Capítulo 1 Enxaqueca

Palavras: 6391    |    Lançado em: 07/10/2024

, estava cansado, com fome, com sede e com dor d

m seco e frio que teria amedrontado qualquer um dos outros funcionários da Inter Options, menos o qu

fazer, Cal. Pare de reclamar e vamos almoçar, estou morto de fome. – Caleb resmungou a

u, caminhando para a porta, sen

? – Eles ouviram a risada da secretária de Caleb, que

foi mesmo que ficou rico? – A voz dele indicava que

o menos fazer um dinheiro extra enquanto me mato de trabalhar para ele? – Quando o elevador

sal de idosos. – A risada

com força; a dor de cabeça estava piorando rapida

a voz estava dois tons mais baixo, sabendo que

os óculos escuros do bolso interno do paletó e sen

or que Pedro sentia nos ombros, a tensão da semana estava cobrando seu preço

o Toyota SW4 blindado na p

para Caleb, que já estava recostado no bando traseiro do c

ir direto para casa. – Pedro entrou no carro, olhando para o amigo, preocup

financeiro" ou "mago das finanças" e não era sem razão, Caleb parecia ter o toque de Midas e, seis anos depois de abrir sua empresa de serviços financeiros, ele podia se dar ao luxo de recusar investidores. Todos queriam investir em qualquer negócio que Caleb se envolvesse. Pedro pe

mbém, já que não poderiam conversar,

conseguia adormecer, queria, precisava, ma

e voltar logo depois colocando dois comprimido

conseguiu sorrir, ai

amigo dar de ombros, nem os olhares pr

ave, do carro, do barulho do trânsito, do Rio

aconteceria se pulasse lá embaixo. Com certeza seus ossos se pa

as, só o suficiente para demonstrar sua dor, mas não o bastan

a inconveniência de ter que providenciar, criar e preparar outro herdeiro. Seus avós por parte de mãe

ia a tia Zoé, tio Eliseu e Pedro, sem contar que seu pai se

deixar para pensar nos problemas qua

era doce e melodiosa, como a voz de um

m tipo bolso onde se via um punhado de amoras

o pelo short jeans desbotado. Os olhos grandes e risonhos eram dourados, não cor de

oca sorridente, que ia até a bochecha,

filho de Álvaro Pontes, um dos homens mais ricos do país, não tinha por que se sentir i

la, atrevida e ele suspirou involuntariamente, se i

lhe as costas, mas voltando-se em seguida, po

vez, nunca prestara atenção aos seios de uma garota antes, mas os dela eram lindos! Seus olhos

a deixara à mostra uma boa parte da barriga

proximou o bastante para tirar a pouca tranquilidade que lhe restava

eu corpo ficar tenso e

r, sabia? – Os olhos del

sse... da cidade. – Seu rosto ficou triste. – Então acho que tenho que ir em

nar a garota e quando ela se voltou

Não foi um choque elétrico, mas foi um choque perceber que seu co

depressa e baixou a cabeça, com med

importar que você colha amoras e as coma por aqui. – Mesmo de ca

da cachoeira parece uma música, não acha? Eu venho aqui sempre que fico triste ou quando algo me a

e pareciam muito sedosos e lhe davam

inha oito anos. – Disse ela, percebendo o olhar dele

em seco ma

sse pensar nelas, mas valeu à pena, já que o s

u cortá-los quando

ue o fazia falar sem pensar o tempo todo, mas quando o s

se ela, estendendo uma mão pequena e chei

ale

e quando ia falar com ela, não havi

o preocupado de Pedro. Olhou à sua

cando o corpo e se preparando para

. Eu queria trazer você direto para casa. Está com u

de Shark Point?. – Viu a expressão de espanto de Pedro e deu uma risada, arrependendo-se em seguida, q

com tubarões, Sky Surf, Bungee Jumping... Não basta a adrenalina das bolsas de valores, você tem que tentar

se extra de adrenalina de vez em quando? – Pergu

ocitocina, endorfina e serotonina para sua vida! –

sonhos de uma mãe que ama muito seus filhos. – Havia um sorriso cínico em seus lábios e seus passos se tornaram mais segur

piorar, enquanto virava

u, sentindo a mágoa volta

mas a claridade do sol penetrou por

começaram a baixar até que o quarto ficou totalmente escuro, como

si mesmo, apertando os

z que tinha enxaqueca, pensava nela. Invariavelmente, as im

bas me torturem." P

não podia fazer nada além de ficar ali, deitado, esperando a dor passar, seu cérebro escolhia justamente es

! – A risada dela ecoou pela floresta, so

uro de novo, garoto sem noção! – Mas ele sabia disso, assim como sabia qu

xar olhar um pouquinho? Eu nem estou pedindo para tocar! – El

u corpo, mas naquele momento, não se importava, tudo o que queria era... Engoliu em seco quando ela l

com ternura e algo que ele não saberia identificar

ram a pele sensível de seus lábios, um arrepio percorreu seu corpo e

o do tronco onde estavam sentados e

r a reação dela, correu o mais rápido que pode, se distanc

abrir a mão e olhar triste para a pedra

rina não o seguira, de que ela não iria

navam seu corpo. Olhou para baixo, envergonhado ao perceber que, se tivesse

, fechou os olhos e tocou se

ração disparado eram comuns, sempre que ela estava por perto, mas aqu

tos garotos de sua idade falavam sobre isso, pensavam nisso, mas ele tinh

s era complicadas, chatas, frescas e ele preferia muito mais a compa

outras garotas usavam roupas delicadas e chiques, Sabrin

gre, rindo e aproveitando cada momento da vida. Outras meninas sorr

daquela menina... Ela era mais linda que qualquer outra menina que ele conhecera

tado em que estava, mas também não sabia co

a dor diminuíra consideravelmente. Por outro lado, a t

onho haviam sido reais demais, fortes demais, deliciosas d

envolveu. Como podia ainda desejar aquela garota?! Como podia ainda sonhar c

ao banheiro. O alívio pela dor ter diminuíd

seguiu abrir realmente os olhos, se

e, lendo alguma coisa no tablet, enquanto Lúcia,

ou Lúcia, preocupada. Ele se aproximou

, quase bem. Vai a

e dorme cedo, eu já almocei. – Ele r

nsando e não paparicando marmanjos fe

s dores do seu amigo, não é? Acredite, essas crises vão passar no dia em q

por essa criatura ranzinza! – Por causa da

uito diferente dele! –

icando um com o outro até morrermos. – Lúcia olhou para os rosto b

no. Bonito do jeito que é, não sei como não tem u

sorri para ele nas festas, ele franze a testa e aperta os lábios como

scar hoje, Lu? –

um sorriso orgulhoso. – No próximo semestre ele vai começar a fazer um e

eresse dele não é na área financeira, se não poder

r outro lado, em breve ter

e fez pelos meus netos, meu menino. – Disse

esses anos. Se sou meio que seu filho, então ajudar seus netos é só meu dever como tio. – E

aber se ele ainda estava com dor de cabeça ou só estava em um daqueles momentos de melancolia que o

inda hoje? – Perguntou, para

e vou para Búz

o pior dos amigos, por não saber como ajudá-lo, era quase como a maldita enx

reclamou da última vez em que estive lá, que você

Abati, não saímos desse calor infernal e vamos es

ia lá neste final de semana, além disso...

é? – O sorriso do amigo

to. – Só vai comer isso? Cal, você tem que se alimentar direito! Sabe que esse remédio para enxaqueca é forte pra caramba, vai

no próximo fim de semana prolongado que tiv

ela é capaz de vir aqui te buscar pel

amigos desde o ja

lado, desde o jardim de infância até a faculdade nos Estados Unidos. Não era de estranhar que, nas férias e feriados, Ca

iedade rural da família de Pedro. Ali Caleb se sentia livre, saudável,

té o dia seguinte de manhã, caso Caleb precisasse de alguma coisa. Depois da saída do amigo, Caleb

s do Reino Unido, que impactou diversos clientes e a ele mesmo. Caleb amava o que fazia

por administrar seu próprio negócio, do que

de criar algo próprio... E, talvez, até fosse, mas detestava a ideia de dar cont

não haviam mensagens em seu telefone, imaginou que Pedro havia dir

foi para o escritório, no primeiro andar da casa. A semana acabara, ma

se deitou. Não tinha sono, mas precisava pelo menos descansar o corpo exau

Caleb. Talvez devesse procurar uma razão emocional. Posso

eia de ser tratado por uma médica de malucos e pas

tido podia causar mais estragos d

podia encontrar em cada um de seus equipamento

s, soltos, estava agitados pelo vento de fim de tarde, ela sorria para ele

eza de um amor só não é maior do

a que, se algum dia, seu coração idiota sequer pensasse em se apaixo

rosto dela cobrisse tod

mbrar de cada detalhe daquele rosto,

em fôlego e ele respirava com dif

de forma, Caleb! – Ele amava o som de seu nome nos lábi

Nem parei para trocar de roupas e subi a colina correndo, quero ver você fazer a mesma coisa e

gou h

riso dela mudou, tornou-se cal

sua cachoeira, menino rico? – Ele apertou os

cê, rondando a propriedade. – Retrucou irritad

alta do calor de seu sorriso, mas não sabia por que ela tinha ficado séria de repente. Na verdad

trar um arranhão recente no ombro esquerdo. – Eu me arranhei no arame farpado, tentando invadir a propriedade. – Ele viu o arranhão,

oções loucas que ela provocava nele. Mesmo a dor em seu

dela que não fosse a mão e seu coração batia tão rápido

ele macia, ela estremeceu violentament

ela o olhava como se o visse pela primeira vez, um misto de estranheza, curi

saiu rouca e Cale

ava mais rouca que o normal e a cur

eu um passo à frente, estendeu a mão e puxou a blusa dela de

Eu te fiz estremecer. – Então, Sabrina estendeu a mão e tocou seu

a perguntou, com um so

sabendo de certas coisas? Ele tinha cert

do tocar, quando

estremeceu. Na terceira vez ele segurou sua mão. – Por favor, não faça isso. – Não sabi

ez nela também e se sentiu melhor, não que

portante que já fizera em sua vida e seu coração pareceu parar para espera

m para ele, até que el

ação parado, disp

, passando pelo pescoço, até o decote canoa da blusa. Ela es

is outro e outro, até ficar diante dela, o mais próximo que conse

não sabia como pedir a ela, que continuava com a cabeça

a esperou, mas ele nã

o, quando ela fechou os olhos e entreabriu os lábios, ele soube qu

e por poder olhá-la tão de perto, até

eiro deixou

uxou gentilmente contra seu corpo. Em seus ouvidos o barulho do sangue pulsando era maior e mais forte que o da cacho

ao seu, não havia forma melhor de morrer. Então ele sentiu os braços de

não conseguia respirar direito, já não fazia ideia de como seu cor

não conseguia pensar em nada, ouvir nada, sentir nada além daquela

ra o cérebro havia sido direcionado para uma parte bem esp

. Tocou o lábio inferior com a ponta da língua e ela apertou os braços em seu pescoço. Sua língua encontrou a de

e meio áspera. Quando ela abriu os olhos, Caleb suspirou. O dourado viv

scompassado dele, se encheu de um senti

, depois abriu um sorriso ainda mais lindo que o anterior.

o de seu corpo foi mais do que ele conseguia suportar. Aquela parte de seu corpo que lhe causava tanta vergonha, latejava com força,

afastou de forma abrupta e ela camba

sas, mas sobretudo havia a incredulidade e a conf

usando sua ajuda, ficando de pé e colocando as mãos na cin

diota! – Os olhos dela se encheram de lágrim

passageira. Todas as vezes em que haviam se desentendido, Sabrina virava uma leoa e

pensara quando acreditava no amo

a família de Pedro ou seu amigo, dizia que preferia que o amor deles fosse secreto, q

les, o primeiro verão fora maravilhoso

ade motorista de seu pai e que ele não tinha a menor intenção de manter segredos para ela ou de torná-la um segredo em sua vida. Queria andar de mãos

e se casaria com ela e que a levaria para

do todos os dias até a cacho

que a dona de uma pousada afastada da cidade tinha uma neta chamada Sabrina e foram lá procurar por ela, mas tudo o que

edaços que continuavam a flutuar dentro de seu peito, sem chance de conserto, mesmo doze anos mais tarde.

ra dois garotos estranhos? Interesseira... Ela nunca havia feito nenhum comentário com ele sobre querer algo mais do que a vida que tinha, nada além de fazer faculdade e

A bruxa d

cê anda? – Perguntou e

mbrava dela e de sua pergu

ia encontrá-la e mostrar a ela o que perdera ao fugir com o garoto rico de São Paulo. Ado

squecê-la de uma vez po

ia tudo o que acontecera entre eles, cada mome

ulher que roubara e depois despedaçara seu coração. Ma

ngança, mas ela nunca estava lá. Então, ele e Pedro entraram para a faculdade e

qualquer mulher por quem ele p

a parceira de sexo. Nenhuma chegou sequer a fazê-lo rir como ela fazia, ne

Murmurou enraivecido

escritório, em busca da única coisa que co

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