O JUIZ - O Tio do Meu Filho
Tio do
pít
dia após dia, matando um, dois, três leões por dia. Tento ser mãe, provedora, trabalhadora, mas o mundo par
*
ria S
Deixei o trabalho aliviada por ter s
doía, cada movimento parecia exibir uma ferida que eu escondia. Quando finalmente troquei aqueles sapatos descon
murmurei para mim mesma enquanto
cabeça fora d'água. O veículo sacolejava pelas ruas esburacadas da cidade, jogando meu corpo para frente e
carros pretos escoltados por motos da polícia passavam rapidamente, suas sirenes cortando o ar da manhã
Alcântara e Leão, brut
orreu minha espinha. A mulher ao meu lado virou-se para mim, o rosto refletindo c
s arregalados. "Mataram o filho de um magnat
smo. "É uma pena," respondi, com a voz vacilant
alançando a cabeça, "mas como dessa vez é um homem ri
onariam," outra senhora no ônibus comen
, aliviada por escapar daquela conversa. "Bo
moro pareciam mais longos a cada dia. Cumprimentei rapidamente os vizinhos que estavam na rua, ansiosa por encontrar a
o foi o trabalho?" pe
udo tranquilo," respon
a verdade. Afinal, como explicar que trabalho em uma boate, servindo bebidas para homens
o onde meu pequeno anjo dormia. Inclinei-me sobre e
abençoe,"
sofá vermelho. O noticiário ainda passava, e os repórtere
são, hoje" comentou minha ma
a," respondi, tentando parecer desinteressada. "Diz
ção disparou, e uma sensação de pavor tomou conta de mim. Era ele. Não havia como negar. O homem
u nunca poderia esquecê-lo. Ele mentiu sobre quem era, me enganou, e agora es
meus próprios olhos, confirmar que aquele homem realmente estava morto. Nunca soube seu nome completo até aquele
do anjinho pra mim," disse, já pega
, menina..." nem olhei para
o cemitério, minha mente estava a mil. Imagens do passado invadiam
oração na boca. A visão do portão, cercado por jornalistas e curiosos,
rtão foi aberto para permitir a entrada dos veículos. Os seguranç
eguranças enquanto eles lidavam com os jornalistas. Dentro do cemitério, me escondi a
eção às portas. A tensão no ar era palpável, e os sussurros das pessoas ao redor só aume
emia. Quando o vi, deitado ali, com uma expressão serena que contrastava com tudo o qu
ó se formar em minha garganta. "Eu nã
ço, e uma voz fria sussurrou em meu ouvido
uma cópia exata do que estava no caixão. Parecia que eu estava vendo um fantasma. Se aquele homem soubesse do