'Sob o véu do poder'
CT
aulo,
osa e constante. O cheiro de comida caseira perfumava o ar, entrelaçando-se com o som distante de risadas e conversas animadas, criando um contraste inquietante com a tensão que pulsava dentro de mim, como um tambor em meio a um carnaval de dor. Ao atravessar a rua, avistei uma casa simples, desprovida de portão, como se o mundo externo tivesse livre acesso à sua intimidade. O lugar, embora desgastado
ia que costumavam irradiar. Ao lado deles, um casal mais velho – presumi que fossem seus pais ou talvez tios – exibia olhares carregados de preocupação e desespero, como se a presença de um estranhamento próximo houvesse corroído sua esperança, deixando apenas sombras do que um dia foram. A atmosfera estava pesada, como se o próprio ar estivesse
spetáculo angustiante. Cada um deles, paralisado pela mistura de medo e desespero, parecia consciente de que a vida que conheciam estava prestes a ser virada de cabeça para baixo. Era uma realidade distorcida, onde o que um dia fora família tornava-se alvo, e o amor se transformava em medo. O ar estava impregnado de inquietude, denso como um manto sufocante, e eu sabia que cada segundo que passava ali po
fazia presente, e cada segundo se arrastava como se o tempo estivesse ciente da gravidade daquela situação. A realidade era cruel, e eu era a personificação do seu destino incerto, uma figura sombria em um cenário de tragédia que estava muito próximo de acontecer. Uma parte de mim queria gritar, implorar por uma solução que pudesse evitar o inevitável, enquanto outra parte se sentia como um lobo faminto, sedento pela ação, pela resposta que poderia mudar tudo. E
ssustadora, uma pressão quase inacreditável. - Vocês me devem muito dinheiro, e hoje é o dia da cobrança. - Minha voz soou firme, carregada de um tom que não deixava espaço para contestaç
de algum deles, tentou se levantar, sua voz embargada pela indignação e desespero. Cada sílaba que saía de seus lábios soava como um grito silencioso por clemência, um pedido que ecoava nas paredes mofadas. Mas sua súplica foi interrompida bru
mercê do vento. Seu rosto estava marcado por uma mistura intensa de desespero e ansiedade, a súplica dele carregando um peso esmagador, como se cada palavra fosse uma tentativa desesperada de segur
a tinha um limite, e aquele limite já havia sido ultrapassado há muito. O que eles não sabiam era que eu não er
dava ecoava como um aviso, e a sala parecia encolher ao meu redor, as paredes se apertando, como se quisessem engolir o desespero que pairava no ar. Eu po
istantes de suas esperanças se despedaçando. O clima estava carregado, e, enquanto os olhares se cruzavam
, como se o ar estivesse carregado de eletricidade, e eu me deleitava na angústia deles, na percepção de que cada segundo que passava era um passo mais próximo do inev
itia fraquezas; fraquezas eram um luxo que não me era permitido. O silêncio se tornava ensurdecedor, e o tempo parecia se arrastar, cada segundo se estendendo como um fio tênue prestes a romper sob a pressão crescente. Olhei para Caio, que tentava manter u
nquanto a expressão de Leandro revelava uma mistura de desespero e resignação. A atmosfera estava tão carregada que poderia ser cortada com uma faca. Em um instante, a certeza de que a cobrança era inevitável pendia sobre ele
sser onde está meu dinheiro, talvez possamos resolver isso de uma forma mais civilizada! - A ironia na minha voz era tão fria quanto o aço de uma lâmina, e a sala ficou em silêncio, exceto pelo som das
se buscassem uma saída ou um sinal de esperança, só alimentava minha satisfação. No fundo, eu sabia que a
única defesa que lhe restava. A expressão dele me divertiu, uma mistura de determinação e pavor
a de satisfação ao observar a preocupação crescendo em seus rostos. - Na verdade, voc
a arma com firmeza, como se estivessem prontos para a batalha. A atmosfe
um trovão que não admitia objeções. - Que
r, a expressão de impotência estampada em seus rostos, enquanto o casal mais velho começava a implorar por clemência, suas vozes estavam entrecortadas pelo de
dor se divertindo antes de dar o golpe final. - Vocês têm uma hora para encontrar o dinhei
ole absoluto – e eles, nada mais do que peças em um jogo mortal que eu havia decidido jogar. Saí da casa, levando comigo a certeza de que, independentemente do que acontecesse, eles nunca esqueceriam meu nome. Enquanto caminhava em direção ao meu carro, a mente já se divertindo com o que viria a
se resolvesse rapidamente. A adrenalina aumentava, e eu sorri ao imaginar o desespero deles enquanto tentavam encontrar uma solução em meio à pressão crescente. Aquela era apenas mais uma peça do meu plano, uma forma de reafirmar meu poder e garantir que eles jamais se atreveria
ra dep
opressivo, apenas quebrado pelos ecos da minha própria expectativa. Meu subordinado apareceu, arrastando os dois rapazes de volta à força, como se fossem fardos pesados, suas cabeças baixas e os olhos marejados denunci
a como aço, amplificando a frustração que ardia dentro de mim, misturada
contestação. O que se seguiu foi um espetáculo brutal, uma cena que se desenrolava como um pesade
os socos e impactos criavam um ritmo sinistro, quase musical, um hino à minha autoridade. Cada golpe que meus homens desferiam alimentava uma satisfação sombria dentro de mim, mas havia algo nos olhos dos jovens que eu não conseguia ignorar – uma mis
- Ele parecia um náufrago se agarrando a um pedaço de madeira, sua esperança
O prazer era mais intenso quando se tinha a certeza de que eu era o único que poderia decidir o seu destino. Suas palavras, embora carregadas de desespero, soavam vazias para mim, como ecos em um túnel escuro. A visão deles, quebrando-se sob a pressão, era tão fascinante quanto repu
-lhes um olhar de desprezo que transparecia em cada palavra. - Quando vocês me devem dinheiro, o tempo não
erimentava. O que eles não entendiam era que, ao se envolverem comigo, haviam assinado um contrato de sofrimento que não poderia ser revogado. O ambiente ao nosso redor tornava-se uma cápsula de dor e desespero, onde o tempo parecia ter parado, e o mundo exterior se dissipava em uma névoa distante. O desespero
mina. - O mundo não é gentil com aqueles que cruzam meu caminho. E qu
dependentemente do que acontecesse a seguir, a mensagem seria clara: Victor Blackthorne nunca
z de Caio tremia, a desesperança em seus olhos refletindo a cruel realidade em q
a de usar essa situação a meu favor, uma oportunidade de transformar essa provação em uma lição valiosa para aquelas duas almas imaturas. Minha mente fervilhava com possibilidades, e o qu
, ofegantes e machucados, me encaravam com olhares confusos e desesperados. - Vou dar a vocês uma escolha - continuei, um sorriso cínico se formando em meu rosto, como se estivesse
uído pelo medo. Eles sabiam que haviam sido salvos por um capricho meu
urando um novo fardo sobre seus ombros. - Eu vou levar um de vocês como garantia. E vocês dois vão
Essa era a única maneira de fazer com que eles realmente sentissem o peso de suas ações. E enquanto um deles fosse manti