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'Sob o véu do poder'

Capítulo 5 Tudo pode ficar pior (Parte 3)

Palavras: 3941    |    Lançado em: 06/11/2024

LE

pós a visita

ava ao fim. Eu sabia que era apenas uma questão de tempo até que Victor Blackthorne cruzasse a porta, e a ansiedade apertava meu peito como uma mão invisível. O desconhecido que me aguardava era uma tortura insuportável, e a única coisa que eu podia fazer era me preparar para o que estava por vir, enquanto a realidade se tornava cada

esse disso! - A voz da minha mãe cortou o silêncio

breve, ele vai passar por aquela porta e nossa sentença de morte estará concretizada! Tudo culpa daqueles dois estúpido

ombros, o olhar c

voltem pra cá. Você não devia

or um momento, uma gargalhada

te fugiram! - Soquei a almofada que segurava, a ironia transbordando em cada

controlar. Meu celular começou a tocar, o som ecoando como um lembrete de uma vida que parecia cada vez mais distante. Ao olhar para a tela, vi que era da lanch

ei ao atender

a, a gerente, soou apressada e com uma irritação

secamente, sem me al

tou, incrédula, como se não conseguisse acredi

dem dar baixa na minha carteira - su

omigo, principalmente num dia como hoje, quando a lanchonete est

ei tão sério - falei com a voz fria

talvez processando o que eu acabava de dize

os, ajudar a gente hoje? Por fa

rentar o trabalho eu tinha, mas naquele momento, talvez fosse uma distração, u

breve! - respondi,

orrer tenho paz", pensei, ironicamente, enquanto o medo de Victor pesav

parente. Não fiquem aqui esperando aquele homem aparecer, pode ser perigos

os olhos cheios de um

ugir... Não haverá como escapar dele! - ela murmuro

a calma que eu não sentia. Dei um beijo no rosto dela

omando conta do lugar. O movimento era intenso, e já dava para ver que teria muito trabalho pela frente. Suspirei fundo, ajustando o avental, tentando me focar no que estava diante de mim. Mas, no fundo, sabia que não havia como escapar da tempestade que estava prestes a me atingir. Comecei a trabalhar, colocando a cabeça no modo autom

tirou do transe. - Precisamos de

cer a qualquer momento. Talvez ele já soubesse onde eu estava. Talvez estivesse me observando, esperando o momento certo para agir. De repente, o som de algo caindo me fez dar um pulo. Uma bandeja havia escorregado das mãos de um colega. Meu corpo estava tão tenso que qualquer barulho me

or um momento, o tempo pareceu congelar. Meus olhos se fixaram no homem que entrou, e o ar escapou dos meus pulmões. Não era Victor..., mas algo no jeito daquele homem se mover me fez estremecer. Ele era alto, com ombros largos e uma postura confiante demais para um clie

aneceu, observando. O nervosismo começou a tomar conta de mim. A cada minuto que passava, o peso daquele olhar aumentava. A lanchonete, antes caótica e cheia, agora parecia sufocante. As pessoas ao meu redor eram vultos borrados,

ce meio pálida. - Ela fr

i, forçando um sorris

parede marcava quase nove da noite. Minha cabeça estava a mil, e meus nervos estavam à flor da pele. Decidi que era hora de ir. Falei com Marcela, disse que não estava me sentindo bem e que precisava sair mais cedo. Ela, percebendo meu estado, concordou sem hesitar. Com um aceno rápido, fui até

alquer movimento, senti uma presença se aproximando por trás. O arrepio percorreu meu corpo, e ao virar, lá estava ele. Victor Blackthorne. Calmo, elegante, com aquele sorriso frio no rosto que fazia meu sangue gelar. O mundo pareceu desmoronar ao meu redor quando meus olhos se encontraram com os dele. Ele estava ali, parado n

soou suave, mas carregada de um perigo

m, e meu corpo parecia paralisado pelo medo. Tudo que eu tinha consegu

i, minha voz quase inaudível, mas mesmo enquanto eu falava

o os meus, como se estivesse se divertindo com a minha te

nte em cada movimento. - Nós dois sabemos que não é tão simples assim, não é? - Sua mão se moveu

procurando desesperadamente por uma rota de fuga, mas não havia ninguém ali. Era só eu, ele, e aquela escuridão crescente ao nosso redor. Ele deu mais um pa

tório em seus olhos me dizia o contrário. - Mas não se preocupe. Vou fazer com que tudo acabe rápido, sem

isa, faça alguma coisa!", minha mente implorava, mas as palavras me faltavam. Foi então que lembrei da minha mãe e do meu pai.

esperada. - Dê-me mais tempo. Eu posso conseguir o dinhei

ncio por um momento, seu olhar ainda fixo no meu, o sorriso desaparecendo lentamente. Ent

elena. - Seus dedos traçaram uma linha gelada ao longo da minha pele, e eu estremeci. - Mas... - ele conti

sabia o que ele estava insinuando, e o horror q

m passo para trás, mas ele segurou meu

m. - Você pode salvar a si mesma e quem você ama, ou pode

abia era que, de uma forma ou de outra, minha vida jamais seria a mesma. Eu sentia o chão sumir sob meus pés, e o ar parecia pesado demais para respirar. Victor segurava meu braço com firmeza, seus olhos me prendendo como se já tivessem me devorado inteira. Sabia que qualquer decisão que tomas

tal. - Vai mesmo me dizer que prefere que sua mãe e seu pai paguem por isso? Que prefer

, eu não podia deixar que eles pagassem por isso. Mas também não consegu

seguia dizer nada. Ele estava me força

egurava meu braço, afrouxou um pouco, como se quisesse me dar a ilusão de escolha. - Vou te dar uma chance, Helena. Uma op

cabara de me prender em uma nova teia. Não havia fuga. Eu estava presa entre o sacrifício da minha dignidade e a destruição da minha família. Victor deu um passo para trás, seus olhos nunca deixando os meus, c

io está correndo, e a paciência não é uma das minhas virtudes

te quando ele virou a cabeça ligeiramente na minha direção, como se pudesse ler cada pensamento que passava pela minha mente. O

r, pode me matar de uma vez! - disparei entre os dentes, minha voz tremendo com a mistu

com uma calma perturbadora, seu olhar afiado como uma lâmina, capaz de cortar qualquer vestígio de bravura q

ignificante sob seu pé. - Além do mais, você não faz meu tipo! - Sua expressão se tornou ainda mais fria, e a atmosfera parecia gelar ainda mais à sua volta. - Est

mem era um monstro, um predador que me observava com olhos de quem sabia exatamente o quan

omo um detetive, procurando informações sobre mim na internet? - Ele deu um passo à frente, s

rminar, e, naquele momento, eu entendi que estava envolvida em algo muito maior do que eu imaginava. A situação fez meu estômago se revirar, e uma sensação de pânico me dominou, com

dar um jeito nela! - Victor pronunciou a frase com uma indiferença perturbadora, como se fosse ape

ecia se abrir sob meus pés, e a dor da culpa me atingiu como uma onda avassaladora. Ela estava morta por minha causa? Ou simplesmen

da. - Ele avançou mais um passo, a intensidade de sua presença tornando-se quase opressora. Sua voz baixa e perigosa pareci

cabeça, a realidade de Laís morta... meu irmão e meu primo em fuga... e agora eu era o próximo alvo, marcada como uma presa vulnerável. Com o rosto em chamas e a alma esmagada pela impotência, olhei para ele, incapaz de formular uma r

itória. Então, voltou a caminhar em direção à saída, deixando um rastro de tensão no

s para escapar desse pesadelo? A revelação sobre Laís me atingiu como um soco, deixando-me sem fôlego. O chão parecia desmoronar sob meus pés enquanto a frieza das palavras daquele homem ecoava em minha mente. Tentei desesperadamente

antes, falando sobre desmascarar o Victor existia mais. Ela havia sumido como se nunca tivesse existido. Isso só reforçava o que eu já sabia: Victor não deixava rastros. Ele fazia as pessoas desaparecerem da vida e da memória como se fossem meros fantasmas. O pânico começ

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