MEMÓRIAS
a figura no corredor queimava em minha mente como um aviso. Era como se, p
ao me ver deitada na cama, fingindo dormir. Ele não parecia saber da m
ada, reconfortante, mas que agora me causava uma inexplicável repulsa. Ele se sentou na poltrona ao l
o que eu faç
em meus pensamentos, trazendo uma lembrança difusa. Um suss
que eu faço
nebulosas. Miguel. O nome veio como uma brisa gélida na minh
has, vibrantes demais para o ambiente pálido do hospital.
Lembrei de como você g
perguntei, fra
amente, mas era um sorriso calculado, com
o-o com cuidado. Ele parecia satisfeito com o elogio,
minha esposa, Clara. Eu
mente, os olhos fixos nos meus, e tocou meus lábios com um beijo leve. Não havia nada de errado com aquele gesto – carinhoso, d
omeçar. - A voz dele saiu baixa, quase
no meu passado me aterrorizavam. E agora as palavras dele pareci
para resolver algumas pendências, deixando-me sozinha no quarto.
os pesade
, a mão trêmula no volante. As luzes dos faróis refletiam em poças d'água, borradas, irreais. O som do mo
ra, c
mas o rosto do homem ao meu lado prendeu minha atençã
gu
ei gritando. O quarto do hospital parecia girar, meu
? Você
ava parada à porta. Ela carregava uma expressão ambígua no
urei, passando a m
sos demais. Havia algo estranho nela. A maneira
delos costumam vir quando a
lei os
O que quer d
e, um sorriso peque
. Apenas descanse. Voc
ara quê?
– um remédio, talvez – e, sem dizer mais nada, saiu. A porta
mo uma centelha no escuro. Quem era ele? Por que estava no meu
está
Elas pareciam ainda mais vermelhas agora, com
cisava de respostas. Mas, para isso, teria que fingir. Teria que
ma, enquanto a imagem do seu rost
u soube que aquilo não
ma me