MEMÓRIAS
com o acidente, Miguel parecia surgir em frestas da minha mente como um vulto que insistia em
demorava demais no rosto. Uma resposta que vinha ligeiramente atrasada. Quando o questionei, casualmente, sobre Miguel – escondendo meu nervosismo
esa, como se fosse um nome que não deve
z seja um amigo... ou alguém do meu passado? - Minha voz sa
ciou uma ris
, a mente cria coisas para preencher espaços
- Minha
mais firme. - Esqueça is
, como se minha pergunta fosse uma janela que ele se recusava a abr
sorriso que agora me parecia uma máscara tão bem costurada que nem mesmo ele conseguia arrancar. A casa e
ashes vagos, mas desconexos. Daniel, sempre ao meu lado, apontava objetos, como se te
gou um volume empoeirado da es
icar sozinha me pareceu um alívio. Finalmente, poderia explorar aq
e coisas antigas – caixas, livros, malas esquecidas. As cortinas estavam fechadas, deixando o ambiente e
arrepio que sobe pela espinha. Dentro, no meio de roupas velhas e papéis amar
. deve haver
ntos eram apressados, mas involuntários. Como se algo me puxasse para
brado, meus dedos tremiam. Voltei ao baú e girei o cadeado. Um clique
caixa, hav
u. Ao meu lado, um homem segurava minha mão, os dois rindo
Mi
disparar. Miguel. A mesma pessoa que surgia nos meus sonhos, no me
unca mencionou is
mãos suadas e trêmulas, abri o papel amarel
onfie nele. Há coisas que você ainda não sab
mor, M
s. A sensação de que algo estava terrivelmente errado tomo
mento que ou
devagar, quase arrastada. O som me fez congelar no lugar. A casa, que par
el vo
? - Minha voz s
nas o som do vento ba
enção. Meu reflexo. Ele estava ali, é claro, mas... havia algo diferente. Minha imagem parecia ligeiramente fora de foco, como se meus
estou so
o som no corredor voltou – agora mais próximo.
a entreaberta. E no espaço escuro
mas estava ali.
irregular. A silhueta deu um pequeno passo à frente,
Da
a penumbra. Mas seu rosto não tinh
aqui, Clara? - Sua voz s
ção quas
abia que eu havi