MEMÓRIAS
meio ao asfalto molhado, o som dos pneus rangendo contra o chão, um grito ensurdecedor – meu grito – seguido pelo silêncio absoluto. A imag
sado, como se me prendesse, e levei um tempo para me libertar da sensação sufocante. Daniel não estava ao meu lado, mas eu não
a caneca de café à sua frente. Seu rosto estava neutro, mas havia algo no
urei, sentando-m
os por um instant
erguntou, a voz b
mbros, tentando soar ca
dele e
e n
onseguir encar
conteceu comigo. É como se... meu cor
ais. Ele deixou o jornal sobre a m
Esses sonhos são apenas resíduos do tra
voz saiu um pouco mais alta do que eu preten
reitou
a o passado. É
As palavras escaparam ante
o, mas antes que pudesse, a campainha tocou. O som pareceu mais alto do que
Lú
mo sempre. Lúcia era o tipo de pessoa que fazia questão de olhar diretamente
perguntou com um sorriso
tando. Entre
ia – ele dizia que ela era fofoqueira, que se metia demais na vida alheia. Mas para mim, Lú
suntos importantes para resolver e saiu. O bar
lêncio por um momento a
você pare
bem. Os sonhos...
u a cabeça
s ou me
i em
ordo, e tudo parece distorcido. Como se houvesse algo
te, como se esperasse e
idado. Às vezes, olhar para
a voz soou tensa.
as os olhos dela refletiam a
vesse perguntar a si mesma por que certa
nela. Virei a cabeça rapidamente, e por um instante, tive certeza de que vi uma sombra do lad
úcia chamou
- Minha voz saiu em um
é a janela. Ela puxou a co
Provavelmente fo
a que não f
á estava na cama, mas fingia dormir. Senti-o parar ao lado da cama, apenas me observando por
e eu havia conversado com Lúcia. Que ele so
mas não me mexi. Permaneci ali, com os olhos fechados, tentand
almente estava mergulhada no si
pres
i a sombra. No canto do q
spiração
a de mim enquanto a figura se aproximava, lenta e silenciosa. Qua
Mi
angue, sussurrou algo que não pu
ção descontrolado. Olhei para o lado
o estav
eno pedaço de papel amarrot
onfie