Razões para não te amar
Apenas pôde ir até sua casa e buscar um vestido que não fosse de luto. O casamento aconteceria ali naquele mesmo dia. Era isso ou ir p
rdado com pedras e rendas escolhidas a dedo, flores colhidas nos seus próprios jardins. Mas seu sonho havia se tornado um grande pesadelo, e subir ao altar com um desconhecido, tendo apenas
e dito que era bem parecido com os seres humanos, principalmente em núpcias, aquilo lhe apavorou, mas ela não entrou em detalhes, disse que quando chegasse o momento em que ela se casasse, ambas teriam uma conversa sobre tal assunto, apenas lhe adiantou que não haveria motivos para temer, pois um bom marido, era paciente e carinhoso, e que mes
ara carregar sentimentos nada bons, afinal, a mulher havia lhe obrigado a se prender a um casamento sem lógica alguma com seu filho, e Elisa não entendia o verdadeiro motivo pelo qual Manuel faz
mensageiros avisando sobre a doença do pai, depois sobre sua morte, e na terceira mensagem, a perda de sua mãe. Se Joaquim estivesse vivo, teria vindo no primeiro momento. Elisa suspirou e limpou o canto dos olhos com um lenço que carregava, notou que a carruagem havia parado, só então ela notou a beleza do lugar, se tratava de uma fazenda dez vezes maior que a sua, onde viveu. Além do mais, e
ou a barra do vestido cor creme, era simples, na verdade ela não tinha muitos vestidos novos, fazia
elas que chegavam a ser absurdas para uma residência familiar. A fachada era toda pintada na cor branca, com molduras e sancas ao redor de toda a lateral. Na porta principal havia um grande arco como naqueles descritos em livros mitológicos vindo de Roma. Elisa quase teve certeza de que as colunas fossem de mármore, uma pedra muito bonita e cara. Na sequência, ficou chocada com a quantidade também de empregados que estavam enfileirados de forma impecável e bem vestidos, lhes aguardando à frente da entrada. Então, ela teve certeza de que aquela se tratava de uma família muito rica
a palavra ou um gesto educado de cordialidade, estava à frente dando ordem aos empregados en
ebraço, tentando ser o mais discreta possível. Talvez fosse porque as pernas de
s veículos parados, uma voz rouca e grave, máscula e bem diferente de tudo que ela já havia escutado. Mesmo diante de tudo que estava passando, naquele instante ela desejou conhecer o autor daquela voz que havia entrado em seus tímpanos e percorrido cada extremidade do seu corpo, causando-lhe mais sensações nunca experimentadas. Elisa olhou para trás e quase se desfaleceu de vez com a imagem que viu. Um homem alto e forte, de porte atlético, bem parecido também com os descritos nos livros de romance e aventura dos quais ela lia. Ele tinha uma pele corada, talvez fosse do exército e ficasse exposto ao sol por muito tempo, por isso tinha aquele tom de pele tão atrativo.
ouviu Edna dec
o loucos, perderam o juíz
nenhum vínculo de amizade entre ambos. Aliás, cada palavra dita mais parecia uma gr
m, me deve felicitações, afinal finalmente terá
orceu de raiva com as
ão concordo. Goste ou não, ainda sou o c
lisa e se aproximado dos
nimos, os criados estão assistindo - e
se manifestou c
empre conivente, não é mesmo,
rou na direção de Elisa com aquele sorrisinho falso. - A esposa de Manuel está exausta, a pob
aquele instante, ele se virou para Elisa, como se
isual durou mais tempo do que deveria e, de alguma forma, ela acreditou que tudo que havia sentido fora recíproco. Em algum lugar, dentro das íris esverdeadas cor de esmeralda e coberto por uma névoa acinzentada de sentimentos sombrios, aquele homem ficara mexido. Ela o viu se endireitar, e por um segundo todo seu mau-humor e irritação desaparec
levada para o cárcere, embora fosse verdadeiramente o que acreditava ser. Estava presa a um casamen
sala. Elisa imaginou os melhores bailes que essa família certamente oferecia, e que, mesmo não se atraindo para tais eventos enfadonhos e cansativos, não pode deixar de imaginá-los. Ela foi apresentada à sua mais nova dama de companhia, uma senhora de meia idade, séria e rígida, nada diferente do que já havia conhecido até ali. Então não se espantou, apenas não se imaginou na compa
gar, e a propósito...- ela pigarrou e se virou para Edna, logo Elisa pôde perceber a cumplicidade que havia entre ambas. Franc
sua criada, entretanto sabia que precisava concordar com ela, se
ergueu as sobrancelhas como se aquilo fosse algo de suma importância. Elisa, no entanto, apenas se calou
sca co
rganizar um em breve, esta joia precisa ser apresentada à socieda
o para Edna, que sorriu satisfeit
ente se tratando de expô-la como troféu a seja lá quem fosse, no entanto, não se manifestou. Então, viu os
bemos que isto leva tempo para organizar, devemos escolher o melhor vinho e champan
ou rapidamente dela, pois pretendia ordenar a imensa lista
e privacidade, finalmente estava livre de todo aquele teatro ridículo, agradeceu também quando notou que se tratava de uma acomodação simples e não a principal da mansão,
es. A água quente tocava sua pele, proporcionando uma tranquilidade e, mesmo sabendo que fosse passageira
final fora criada em um lar amoroso e sempre tivera um bom relacionamento com seu irmão Joaquim. Mas o que a deixava inquieta não era apenas a rivalidade entre irmãos, mas Elisa era inteligente o suficiente para entender que ela era apenas uma mercadoria, e q