Caça-Trevas: O Mal em Solar
a voz de Sam, de repent
àquela noite. Encarava o chão. A incômoda lembrança que tentava enterrar parecia não querer mais
" Pedi
hã inteira e só encontrei alguns coelhos." Respondeu Sam, erguend
problema."
nde pro
coisa?" in
Os restos do cervo estão naquele mesmo lugar." Disse
isto, mesmo que não possa fazer nada para mu
ostado à parede de rocha. Colocou
u enquanto dormia." Per
.. Não quero falar disso." Resp
dor, por que acha que ele não p
s fiéis." Respondeu Karl, cutucando as brasas da fogueir
Afirmou Sam, reflexivo. "Prepare-se, v
ceu que iria congelá-lo. Uma imagem de seu membro congelando e logo depois se partindo em pedacinhos lhe arrancou uma breve risada, sufocada pelos ruídos alarmantes da mata. Karl se s
que está hav
mente. Fitou Karl de dentro da gruta, vendo a preoc
eu Sam, pensativo. "Seja lá o que for, acab
urou Karl. "
do os coelhos amarrados por cordas
que viajaram por anos. O nevoeiro de outrora havia de dissipado, deixando a tarefa de vigiar os arredores bem mais fácil para os dois. S
que queria esquecer. Como numa terrível tortura, as imagens dos restos do cervo também lhe vieram, e a lembrança do odor fétido o incomodava. Achou estranho que, se recordando do cheiro, ele parec
rompendo o assovio. "Eu tava puxando ar, que nojo
rteado. Empenhando sua machadinha, vigiou os arredores. Apertara
que seja só um." Exclamou Karl, lagr
o. Continua andando." Conco
ensou em Elena, e começou a correr, sem ligar para a neve. Quando chegaram, puderam ver as pessoas todas amontoadas numa multid
. Enquanto adentrava aquela loucura, ouviu os xingamentos, as ameaças e acima de tudo, os berros e gritos de alguém que não parecia bem. Também sentia o cheiro mais forte, como se estivesse quase na origem dele. Pessoas vomitavam aos montes na multidão. Quando chegou ao olho do tornado
Karl, triste
vam inflamadas, e as veias, saltadas e negras, como se o sangue tivesse apodr
gritava a multidão. "M
va em cólera, salivando aque
por favor parem... Parem!" gritava o jovem, olha
o lado e viu que Sam mirava
ecida voz, lá de cima do morro
te diante dos gritos e debatidas de Jori. As mãos juntas, cobertas
para o templo. Alguém os ajude
refa árdua, pois assim como das outras vezes, a força dele era grande. Quando enfim conseguiram, respiraram
ve?" pergu
erava à porta do te
s dele, mas esta manhã quando fui
enhor? Ele está forte dem
endi." Resp
iu, sem mui
uve depois?
não querer falar, te
mar por nomes indignos e tentou nos machucar. Não c
raqueza na fala do Mediado
sçam comigo e resolvamos a questão lá embaixo." Excl
stionou Karl enquanto o velho j
ez irritado. Conseguia parecer gentil a
e mal, filho Karl."
ão não saiu dali, ainda esperavam
tionou um dos protestantes, chacoa
ado se juntassem á multidão. Respirando fund
apenas é um atormentado. Assim com
nto que caiu sobre Sol
cessário desde que o primeiro atormentado morreu um dia atrás, mas estava enganado. Realizarei o Ritual na esperança de afastar o mal tanto de J
otara algo errado na fala do velho: da primeira vez que o Mediador falou do Ritual de Expurgo, disse que servia para ti
parasita, não sairá facilmente de Jori e muito menos de Solar. Portanto, não importa o que ou
idos esperançosos de suas ovelhas. Por um minuto permaneceram ali, se encarando e cochichand
ou por Sam e o encontrou sentado a uma mesa na única taverna de Solar. Caminhou
e cheios, Jack." Pediu Sa
a." Disse Karl, se sentado na
tempo, estamos quebrados." Afirmou Sam, so
de gratidão. "Sam, obrigado por tentar me salvar naq
o atirar." Disse Sam, gargalhando. "Somos amigos, tem horas
ri... Fiquei assustado, e um pouco triste. E
da tem esperança pra ele." Respondeu Sam.
oas, depois ele ataca um dos noviços, dois dias depois o noviço aparece virando um monstro também." Explicou Ka
arqueou as sobrance
s como entender. Buscar compreender o i
ainda pensava profundamente
onstro, que fim te
iador, sozinho." Disse o rapaz com as bebida
da." Disse Sam, logo depois olhan
ter cremado o corpo." Dis
isse Sam, erguendo seu cop
Elena, até mais tarde, irmão." Fa
onstro sozinho, mesmo que fosse o sacerdote de Solar, não era algo que fazia
, sentiram o bem vindo calor das velas tocar suas peles, Elena soltou um suspiro de prazer e Karl esticou as costas.
do para o outro, olhando para si,
reocupa?" perguntou Karl, a dor
ai de braços cruzados e com
da com você, pa
r que,
.. A tia Anna diz pra não me preocupar, porque o Mediador cu
darem, como se quisesse cho
xar. Nunca." Disse Karl, abri
mim, ou eu de você?" falou ela,
Disse Karl, com uma fals
" ralhou ela, rindo. Ele
pensar que Elena dormira em seus braços
ap
uena?" di
s vão nos protege
do vai ficar bem." Disse Karl, acariciando
foi enfraquecendo. A noite se aproximava, e junto dela, uma estranha sensação formigava em Karl. Se fosse para tudo ficar be
ro, havia chances de ser flagrado, então precisava ser silencioso. Provavelmente tomaria pelo menos uma hora de tempo,
rrumado há horas, apenas esperou a hora. Olhou rapidamente para o quadro que pintou e o beijou, depois saiu do quarto. Em passos lentos ele se moveu
um grosso casaco doado por Anna e Sam, ainda se via tremendo. Caminhou para a parte da casa onde guardava suas ferramentas e ali pegou uma pá. Percebeu que a neve seria um empecilho a mais. Caminhou em passos largos pelas casas até se aproximar de uma área distan
sob a luz fraca da lua. Andou, andou e andou até que as árvores foram entrando em seu caminho. Notou que o cheiro fétido adentrava suas narinas com força. O cheiro emanava do escuro, e sabia que não era cheiro de corpo morto, pois os corpos são enterrados a uma boa distancia da superfície. Quando finalmente adentrou as copas da floresta, o cheiro ficou mais forte. Com a vela, Kar
que todas saíam de um mesmo lugar: um horrendo buraco no chão, semelhante a uma ferida inflamada. Enojado, Karl caminhou na direção daquele furo irregular. Algo o fazia suar frio. Agonia, medo e ansiedade se jogaram em seus
r alguém se refletida a uma luz mais forte. Sem entender, Karl apenas tentou retirá-la, com certa dificuldade. Percebeu que havia veias de ouro se espalhando pelo corpo do monstro, e todas saíam da adaga. Quando a retirou, observou-a com a vela e viu algumas gravuras incompreensíveis escritas no cabo dourado. Karl ficou admirado do objeto, não parecia real. Era perfeitamente moldado e encaixava perfeitamente em sua mão. Uma sensação de força invadiu seu ser, e agora sentia que poderia matar mil homens e erguer uma rocha ao mesmo tempo. Se esquecera de coisas fúteis como amor, família e até sua humanidade
e veio. Uma boa lembrança. Karl e Elena estavam felizes fazendo uma breve caminhada pela floresta como costumavam fazer um ano atrás. Karl amava caminhar com sua pequena, ela sempre pedia para brincarem de pega-pega. Ele se cansava, mas era um cansaço recompensador. Aquilo lhe lembrava de Maria, e em como se sentia quando esta
do." Sussurrou Karl, apunhalando o peito do c
cebeu a terrível verdade: a de que algo muito, mas muito ruim invadiu aquelas terras e que estava se espalhando. Seja lá o que estava acontecendo lá fora, além daquele mar de árvores, era algo terrível o bastante para alcançar Solar. Ainda assustado, Karl caminhou para casa, dessa vez em passos mai
do em resultado da rejeição de Karl. Sentia-se aliviado e até arrependido pelo que quase fez. Algo mais terrível que o que já havia acon