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Incomplacência

Capítulo 5 Passeio nada agradável

Palavras: 6635    |    Lançado em: 02/08/2021

ida pelo frio maioria do tempo. Isso não era um incomodo para as duas garotas, lidaram com isso a vida toda, ainda

erências, não apenas a parte triste. Ela sabia o que todos também sabiam, mas queria ir mais a fundo, descobrir exatamente tudo sobre a vida delas, afinal, seu desejo final

de Donatela em risco, no entanto, ela tentava não transparecer tanto pessimismo, pois sua irmã estava animada para as compras e Donatela tinha apenas boas intenções. Janet, por sua vez, encarava o caminho com curiosidade, as casas daquele país eram diferentes das que conhecera nos Es

ular. Sorriu. Quando era nova também gostava de deixar a imaginação fluir, recordava lembranças boas, outras não muito boas, mas principalmente imaginava histórias onde seu príncipe encantado a vinha bus

igadas a interromper o ensino esco

adorava conversar, diferente de Júlia que era mais cala

que suas duas filhas tivessem sumido, ela teria a todo custo tentado as encontrar. A dor dilacerante de não saber onde está o filho rasgando seu peito misturada à esperança de um dia rever seus olhos, tocar seus cabelos, alisar sua pele. A senhora imaginou como Lindsay

a dor física, era o de menos, mas o que mais temia enquanto estava trancada era ter que ver sua irmã sofrendo por causa de sua rebeldia, Enzo a ameaçava todos os dias com isso, dizendo que se tentasse fugir, ele mataria sua irmã bem em sua frente o mais devagar que pudesse, torturando-as. Maldito o dia que tocara

que lugar dos

inava que aquele silêncio era como gritos nas mentes delas e

estações são diferentes daqui. Geralmente são bem rig

comentou, mas fui espiã e investigadora assim como meu filho. Ele

le não c

s enquanto estivessem morando com ela. Imaginava o quão difícil era viver com medo de um dia voltar para seu pior pesadelo e ficar fugindo como um rato, de um gato, pensou que poderiam fugir pelo resto de suas vidas, talvez não voltando mais a saber o que

, a polícia da Itália estava tentando negociar com a polícia dos Estados Unidos, para que a garota ficasse presa por pelo menos um ano, pagando pelo tal crime e só então seria deportada de volta para seu país. Era um caso de muita indignação, levando em conta que ela havia sido sequestrada e mantida em cárcere privado por três lo

parando imediatamente e se virando para trás após ter desligado o

amos.—

anet exclamou.—

maçaneta do carro, prestes a abrir a

o do carona, pegando sua bolsa e tirando de lá um par de óculos escuros e um par de bonés.— Pegu

r, que a qualquer momento Enzo poderia aparecer e a levar para a boate. Imaginou as piores atrocidades caso fosse pega novamente, o homem iria cumprir suas promessas de matar sua irmã bem em s

ia, v

elas em silêncio, ainda sentindo que não era uma boa ideia estar ali. Seu corpo se arrepiava por inteiro não só pelo frio, mas pelo medo. Sim, Júli

a não sofreu como a irmã, não guardava traumas como ela, o que a fazia não entender muito pelo que Júlia passava. Enquanto caminhava, desejava se ap

ção das garotas.— Podemos, sei lá, comer, comprar ingr

clamou.— Mas eu também adorar

pras prim

á tinha em seu guarda-roupas já eram mais que suficientes, mas a mãe de Bertiolli insistiu para que a garota comprasse algo para si. Depois de entrarem em tantas lojas, não sentiu que deveria comprar nada, enquanto que Janet já tinha seus braços cheios de tudo o que queria, até uma mochila e bolsa a garota comprou, tudo isso bancado por Donatela qu

cê g

rriso singular nos lábios. Apertou as mãos suadas e voltou a encarar a

li

er se animou.— Entã

mente encontrar algo que agradava Júlia e não

para minha irmã, agradeço de coração pelo que está fazendo,

sua mão, a fim de levar para d

odas nós, mulheres, precisamos no sentir lindas e confortáveis.— Abriu a porta de vidro do estabeleciment

codilos violentos e selvagens. Um ambiente completamente fora de sua zona de conforto. Ela arrumou o boné em sua cabeça, mas se deixou tirar os óculos de seu rosto. O dia lá fora estava nublado, mas usava aqueles acessórios como seus disfarces, ela só quer

judá-las?— Dis

seu busto: Catarina. Ela não possuía adornos ou brincos em seu corpo, mas sua elegância ainda era bem marcante. Catarina não encarou nenhuma das meninas ao lado de Donatela, ela sabia que aquelas meninas não eram da mesma classe social da mulher, talvez ela e

inglês?— Perg

, sen

a um, sem se importar muito com a presença da funcionária.— Minhas meninas n

e apressou ao pegar um número que coubesse na senhora, mas voltou logo, pois naquela manhã estava sozinha e não

ui e

e, agora haviam várias peças dele, penduradas em um canto do lado de dentro. Ela procurava pelos cabides qual seria seu número atual, pois havia perdido algum peso desde que esteve em cativeiro. Suspirou, imaginando com

tarina se aproximou, deixando Janet sentada.—

mantinha sua postura seria e elegante enquanto conversava com a garota. Inoc

. É l

rina estreitou seus

iu debochada.— Esse vestido é alta cost

u goste

aços.— Vê-se de longe que vocês duas e aquela senhora não tem nada a ver. Ela deve estar fazen

ncheu de elogios, seguidos de Janet que também havia gostado muito de como Donatela havia ficado no tal vestido. Júlia as encarou de longe, sentindo seus olhos se encher de lágrimas, mas não iria ceder ao choro. Controlou-se enquanto esperava a próxima ação de Donatela

?— Júli

encido a menina de experimentar o vestido preto que tanto

o seu

o que não fica

á viu como você é linda, querida?

mente para Donatela. Foram breves segundo quase que explicativos para a senhora que, c

eu um passo em direção

ncarou Catarina, que apenas sorriu.

contece

m ce

Si

a ela. Quando saíram da loja ela perguntou a Janet se havia presenciado algo que explicasse a mudança repentina de opinião de sua irmã,

m. Donna descobriu muitas coisas sobre Júlia durante essa conversa na lanchonete, o que a deixou ainda mais animada em relação a ela. Era uma garota simples, não teve muito na vida, mas valorizava muito o que tinha e não negava seus princípios por dinheiro. Seu

que ninguém reconhecesse aquelas que fugiram do cativeiro. Júlia sabia que algumas pessoas desconfiavam delas pelos estranhos olhares que recebia de alguns, por fim decidiu pedir para Donatela as levar para casa, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa a reportagem estava passando na tela da televisão da cafeteria. Era sobre as únicas duas garotas que conseguiram escapar da má

A senhora deixou uma nota que pagaria por seus pedidos em cima da mesa e elas se retiraram sorrateiramente do local, tendo a se

para trás. Fechou os olhos por alguns segundos, tendo a certeza de que havia sido reconhecida mesmo com o boné e seu óculos escuros, voltou a abrí-los. Era um rui

— exclamou o homem.— Voc

bebida e depois a jogou ali no chão da calçada mesmo. Donatela estava atenta aos

estão comigo. P

obr

er de homens como ele quando estava em cativeiro. Assim que sentiu o impacto de ser puxada bruscamente, a menina rapidamente segurou no pescoço do cara e lhe deu uma joelhada com todas as suas forças no mei

com a voz mais fina.—

ma prisioneira. Sua única preocupação era o tumulto que aquela cena poderia causar. Olhou para todos os lados se ce

qui, sua

o homem que agora parecia estar lentamente se reco

Se quiser posso lhe

ia olhou para o outro lado da rua após se sentir observada, vendo um outro homem parado a olhando fixamente nos olhos. Parecia-se com o homem que havia matado para conseguir escapar, afastou aqueles

a garota não era tão frágil quanto pensou e poderia se proteger em situações futuras. As ruas estavam um pouco mais movimentadas que o casual, Dona não gostav

proteger daquele jeit

ara a janela.— Eu ficava vendo pela janela aqueles brutamontes treinarem lá fora

, querida!—

. Não demorou muito e chegaram na fazenda e Donatela estacionou o carro. As três desceram e foram de encontro a entrada da casa,

os na entrada e seguiram adiante, parando na sala. Foi quando viram Bertiolli sentado no sofá da sala conversando tranquilamente com Antonella enquanto sorriam, aquela parecia não desistir até que conseguisse seu desejo realizado. Ao perceber as presenças, os olhares de Bertiolli e Júlia se encontraram, mas ela o desviou imediatamente. Seu olhar circulou por uma das paredes da sala até parar no telefone, olhar para o objeto a

Ol

segundos de constrangimen

Pelo visto não esqueceu o endereç

nca,

er desaparecer de sua casa, escapar de sua família e querer ser deserdado pelos Matarazzo. A senhora sabia que a única culpada por tudo estava sentada ao lado de seus filho, se esforçando para seduzí-lo novamente. Júlia manteve seu olhar pa

Do

erida?— r

lla encarava a cena querendo revirar seus olhos,

deria usar o tel

ligar pa

ão queria abusar da liberdade. Ela suspirou pesadamente, havia perguntado se sua mãe a deixaria fazer uma ligação e parecia que Donatela estava prestes a concordar com seu coração mole, quando o homem se intrometeu no assunto. Júlia odiava o jeito que ele as tratava, como se fossem bonecas de porcelana prestes a quebrar, se sentia sufocada. Olhou fixamente em seus olhos sentindo um arrepio subir por sua espinha, engoliu seco. Não iria desistir d

a minha mãe.— R

e estar sendo grampeada, você não sabe a periculosidade que

estar viva e não iria esperar muito tempo para ouvir sua voz. Ela queria mostrar a Lindsay que não estava mais sozinha. Imaginava os momentos torturantes de sua mãe chegando em casa e não sabendo onde a filha poderia estar, de não ter um centavo para pagar alguém que pudesse a encontrar. Imaginava que a mãe

alguns minutos,

s saberem onde você est

isaria de alguma coisa para usar contra a mulher pela qual se sentiu ameaçada. Queria armas para a atingir e a tornar mais fraca se fosse preciso. Janet ansiava que a irm

me dizer

ente os olhos penetrantes da mulher ainda estavam lá.— Firmei um compro

ra q

nvestigador. Primeiro não havia lhe contado quem o pagou para fazer seu serv

não poss

ontar quem está te pagando para me protege

nfiava parcialmente no investigador, pois pensava que se ele realmente a quisesse e

to facilmente e a partir daí não p

ionar, então teve uma ideia. Caminhou até sua irmã, agarrando seu br

que vou fazer. Va

ais nova tent

os, J

r, mas duvidava que a teimosa Júlia aceitasse ficar sem saber quem era que estava por trás de tudo. Ela era muito cabeça dura quando queria e o investigador sabia muito bem disso. Sequer conseguia esperar mais um pouco, o investigador não pretendia as deixar sem conhecer o pai por muito mais tempo. Se sentiu contrariado, mas correu na direção onde as meninas andavam, agarrando a mão de Júlia. A garota sentiu o toque quente da grande e macia mão de Matarazzo. Sua pele era aveludada como o algodão, isso fez com que a menina o encarasse imediatamente. Seus olhos se

— Olhou no fundo de s

osto. Por uma fração de segundos existiam apenas os dois naquela sala, mas não durou

rrer o risco, nã

mais suportar que se colocasse entre eles. Janet também queria se afastar, mas estava sendo segurada pela irmã, sendo impedida de deixar os dois a sós. Bertiolli por sua vez, percebeu que estav

ficar, então te darei um nome.—

havia a levado a nada considerando que nunca ouviu sequer falar do nome do tal Walker. Ela pensou que pode

é ess

do o risco de novamente serem capturadas e provavelmente torturadas pelo mafioso. Seus planos de fazê-las conhecer seu pai pouco a pouco havia ido por água abaixo no minuto que abriu sua boca e lhe contou quem o pagava

homem, Bertiol

eu

averia palavra melhor para descrever quem seria essa pessoa na vida das garotas? Elas cresceram e passaram a vida tod

Foi a ve

breve e eu nem deveria ter lhe digo isso agora.— Bertiolli se aproximo

vai nos levar até ele?

a é a

nava como seria seu rosto, se tinha cabelos grisalhos, qual sua idade. Ela estava cheia de perguntas para fazer e essa notícia só veio para lhe fazer se ma

.

que me

ue provavelmente a mulher o encheria posteriormente, já não queria mais aquela mulher para nada, afinal, ela teve muitas chances de corrigir seus erros e nunca quis fazê-lo. Pelo contrário, só soube trazer desonra e divisão para a família do investigador, ela nunca se demonstrou

o. Dois dos meus homens o seguem por onde vai. Até já descobrimos ond

que fazer. Quanto aos dados, envie tudo para o meu e-mail

mbin

ã. Conversavam sobre o pai, tendo várias curiosidades em comum sobre o patriarca. Suspirou. Após se certificar de que as duas estavam bem, saiu dali e foi diretamente para seu quarto e trancou a porta para que ninguém o pudesse interromper. Pegou seu notebo

, tinha a justiça aos seus pés, ninguém jamais ousadia o acusar de ser o mafioso mais perigoso do país. Não nasceu na Itália, Rafaello nasceu na R

nte sujo e desorganizado, as meninas eram obrigadas a ter relações sexuais com homens ali mesmo, na frente de todos. Os quartos privativos eram apenas para quem estivesse disposto a pagar mais caro do que apenas a entrada. Bertiolli sentiu asc

, sua mandíbula estava travada e ele sentia um enorme nojo do homem que obrigava as meninas a fazerem tudo aquilo. Elas deveria pedir a morte todos os dias, esperando ser a próxima a quem seria assassinada e ter seu corpo jogado em uma vala qualquer. A situaçã

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