Meu Bonito do Meu coração / Part 1
e
tentando recup
imites - ele disse ao puxá-la
havia meses. Liguei para minha irmã, Angelina, em voz baixa para não acordar Mário, que
trêmula. - Está faltando remédio.
jurado que cuidaria de tudo. Que nunc
ante que senti a prese
sde quando? - pe
, segurando o ce
ar o meu pai. Você me
com aquele desdém que sem
estava tudo certo - continuei
r pago os remédios. Que havia de
de mim, como se sentisse
expl
estava no meu c
bo! Coisa da
bando nada - re
O que você tem, eu
rimas e comecei a discar um número. Ele avançou
precisa de
u cabelo e me arrastou pelos corredores até o porão. O lugar que ele usava como castigo. Sempre escuro. Sem
inha mulhe
ive que ir sozinho naquela festa da faculdade... acabei levando uma qualquer
i um tapa no rosto dele. Por um instante, vi nos olhos d
ão e acertei um tapa no rosto dele, um estalo seco que ecoou pelo corredor. Ele não recuou. Nem piscou. Somente inclinou o rosto de volt
de real d
meu, tão perto que senti o cheiro ácido do álcool e d
ás, mas ele me segui
a voz trêmula, mais por instint
urta, venenosa, que f
u. - Só porque carrega esse fi
omo se pudesse protegê-l
nou a cabeça, o sorriso
ue eu te amo?
oou quase como um
e, vai -
almente acredito
da soprada pelo
A voz saiu baixa
aguentei por causa do velho. E agor
nseguia. Ele afastou o rosto do meu ouvido e me analisou de cima a
ior? - disse, cru
as que você vive julgando...
ração
o sendo safadas e as melhores na cam
r alguma coisa. Na cama, elas s
rosto do m
neca fria. Um corpo s
mas as palavras morre
tivesse pena de mim. - Nem quando eu me esforçava para sentir a
desdém que feriu mais que o
... - Ele apont
ria você
esgosto, como se
Que tipo de mulher v
Instintivamente, coloquei a mão na
ta esconder
cou ainda
cê existe mais. Acabou. Desapareceu.
já estavam contra a parede. Ele se aprox
como se quisesse que cada sílaba e
me atravessa
o, sádico. - Mesmo sendo esse lixo, ainda carr
passo ainda maior na minha direção, me forçand
trás do que é meu. Não se en
minha mão. Senti o sangue quente escorrer entre meus dedos, mas não ouse
o era real? - perguntei, a voz quebrad
a piada descartável. No começo, você estava tão deses
só te
or subiu pela garganta
zer, mesmo sabendo que admitir is
brilho satisfeito que
Ele sorriu,
eu nunca
sto do meu ouv
a nascer, dou um jeito
de. Ele somente sorriu. E então me empurrou. Perdi o equilíbrio. Caí. A última imagem antes do escuro foi ele parado no alto da esc
latejava dia e noite. Afundei em uma depressão que parecia um buraco sem saída, um lugar escuro onde o ar era pesado demais e os dias não tinham cor. Passava horas encarando o b
era um lembrete cruel
e precisava evitar. A indiferença dele me quebrava um pouco mais a cada dia, e quando completei dezenove anos, decidi fug
r ir embora, recebi a
terferiram. Lembro do peso do telefone na minha mão, do frio que percorreu meu corpo, como s
deus. Ele nem entendeu, mas também não precisava. Eu só virei as costas
minha tia, fui
anos se passaram e, ainda assim, tentam me pintar como ladra. Jamile sempre me odiou, e a mãe dela armou tudo com calma, como quem tece uma armadilha perfeita.
ior aconteça. Aquele delegad