Meu Bonito do Meu coração / Part 1
e
prima, as marcas roxas espalhadas pelos braços
dade? - murmurou Júlia, tão baixo que quase não ouvi, porque meu pai obse
abe explicar. Júlia se prostituía porque os homens que a procuravam eram ricos, generosos... ou pelo menos fingiam ser. Ela recebia ch
, mas dizia que só conseguiria quando juntasse o suficiente para se sentir segura. A mãe dela, minha tia, não fazia ideia de nada
condomínio. O porteiro abriu o portão e o velho Uno vermelho do meu pai entrou soltando fu
e da nova casa. Recebemos visitas à noite, parentes curiosos, vizinhos barulhento
retorno. Se não fosse o dinheiro que minha amiga do
ainda tinha a lembrança daquele homem... aquele estranho que me deixou sem chão no avião. O cheiro dele ainda e
oite era um tormento, cada dia uma repetição do
tanta que at
rpo. Olhei para ela com a alma em pedaços. Quantas vezes tentei aconselhar? Quantas vezes
nhã eu iria à clínica. Eles me prometeram uma entrevista e
uiu olhar na minha cara. Disse que a vaga havia sido preenchida minu
farto. Três semanas no hospital. Três semanas cuidando dele, dormindo em cadeiras de plástico, vivendo de café e rezas tortas. Quando finalmente voltou para casa, eu estava destruída, mas aliviada. Ao chegar, o síndico me entregou uma correspondência. Meu coração disparo
segurando o canto da blusa. Seus olhos estavam grandes, cheios de medo e uma triste
oi só um beijo, Gabrielle... Ele tentou várias vezes me tocar, principalmente quando eu estava dormindo... Uma vez acordei melada de
u senti meu estômago embrulhar com a lembra
ele beijo que ele conseguiu, para mim... não significou nada. Nada! - c
entir. Nunca. Só queria que tudo aquilo
ntrega mais d
ndo eu resistia... ele ficava bravo, me ameaçava. Uma vez acordei e ele estava mexendo nas minhas
ndo, e eu pude sentir a raiv
ondia, trancava portas, mas ele sempre achava um jeito de me seguir. Eu... eu sentia repulsa, raiva
ando dar força, mas minha própria raiva
ele beijo foi só um reflexo,
na levantou o rosto, olhando-me nos olhos, tent
, nunca senti. Só queria qu
mo se o ar tivesse f
, mas tudo que ele conseguiu foi me beijar. Empu
sse algo com você, medo... de tudo. Mas eu precisava te contar. A culpa me consome