Meu Bonito do Meu coração / Part 1
e
pareciam não aguentar meu peso, mas minhas irmãs me seguraram antes que eu desabasse. Elas me envolveram
u tremo. Sabem do buraco que se abriu na minha vida quando perdi meu menino. Meu Davi... O filho que me f
está aqui - Ang
ostas; era Letícia, tentando
a de antes... - Letícia cerrava
enxugando
. Não quero vê-lo. Não quero ne
oi o resmungo baixo da minha bebezinha. Ela estava deitada no bebê conforto novo que comprei
advogado no meio - uma ho
na no quarto: fraldas, lenços, xampu, uma roupinha nova. Comprei até uma tortinha pronta - simples, m
abriu feridas que levei anos para fechar. Quando saí com a toalha na cabeça, meu pai estava no
ndo-me na porta. - O médic
quele sorriso bobo e carin
ha... sou forte
respondi, rind
tei minha cabeça em seu peito.
orgulho - dis
eu. Queria ser mais forte para ajudar em casa, p
- murmurei, beija
juda. Só prec
econhece minha voz. Sentei, ajeitei-a no colo e comecei a amamentar. Era o único momen
o fosse simples. Minha filha parecia um anjinho - e, com o tempo que p
a dele. E isso, às vezes, me machuca mais do que admito. À noite, antes de dormir, fiquei encarando o teto. Será que ele se lembra
ava atrasada para o trabalho. A babá havia acabado de chegar. Ela aceita metade do p
e materno na geladeira. Dói sair de casa, dói ficar longe, mas não tenho escolha. A m
- ela começou devagar, como quem saboreia a fofoca. - Aí ele foi ao ba
i esp
de modelos e que eu era linda demais para estar nes
ade pela primeir
sempre quis... tenta. É melho
ntiu, pe
certo ainda... mas t
e até esqueci o horário. Quando vi, já estava atrasada. Saí correndo, cheguei à clínica no limite, coloquei o jaleco enquanto andava e f
- começou, segurando
vimento em outras irregularidades. O chão sumiu debaixo dos meus pés. As palavras dela ecoaram na minha mente como se não fossem reais
podemos manter alguém assim conosco. - Minha supervisora r
o pelo bem maior da clínica. Não po
dedos gelarem. E senti aquela velha sensação de impotência subindo pela garganta, a mesma que conheci nas mãos daquelas duas demônias meti
ja volta. E eu não quero nada que volte para mim nem para minha filha. Então deixo nas
o conseguia acreditar que após quatro meses me matando de trabalhar, sorrindo, ajud
falha, estrangulada. - A senho
.. sinto
passo para trás, como se
está acontecendo de novo. De no
udo cer
am tanto que a ca
z isso, né? - pergu
duas me odeiam. Elas estão me
baixou o olhar, se
nome da clínica... lamento por tudo, sua reputação está suja
? - ri, um riso tri
tenho história? Não tenho um
ão. Eu estava sozinha de novo.
trabalhar - sus
ó i
levantei o queixo. Sempre leva
rei fundo, tentando
. Mas saiba que quem devi
dignidade, e virei para sair. A porta parecia longe demais. Pesada demais. Mas eu abri.
osse diferente