A Última Despedida do Monstro

e Vista

spiração, ofegante e irregular. Então, o telefone tocou de novo, vibrando violentamente na minha mão. Caio. E

a ameaça. Deixei tudo ir para a caixa postal, meu dedo pairando sobre o botão de bloquear. Ainda n

se atreva a fazer isso, Helena. Não se atreva! V

sorriso sem humor. Rastejand

i. "O que você quer, Caio?" Minha voz estava neutra,

a você pensa que está fazendo, Helena? Terminando? Assim? Depois de tudo que passamos? Você a

e descartável? Quem era descartável quando eu estava deitada numa cama de hospita

substituído por raiva. "Isso não é justo, Helena! A Bárbara precisava de mim! A avó dela estava

nico. Ele disse isso com tanto desdém, como se meu corpo convulsionando e meus pulmões se re

ração era uma luta, um suspiro desesperado por vida. Minha bombinha era inútil, minha visão embaçando nas bordas. Eu

a lá, que me salvaria. Então o telefone dele tocou. A voz em pânico de Bárbara, frenética e exagerada, cortou a es

mas então sua voz suavizou. "Bárbara,

orrendo pelo meu rosto. "Por favor, Caio! Eu estou morrendo

ente achava que era razão. "Helena, a Bárbara está sozinha. A avó dela tem Alzheimer, isso é sério. Você só precisa tenta

do, suplicado, até ameaçado nunca mais falar com ele se ele me deixasse. Ele simplesmente disse: "Não seja dra

a o pronto-socorro, me enchendo de oxigênio e medicamentos. Sozinha quando finalmente me estabilizei, fraca e aterrorizada, o fantasma de sua traição um peso frio no meu p

o veneno, "eu não preciso tentar fazer você parecer que nã

ando fora tudo que construímos! Você vai se arrepender! Você vai voltar implorando, eu juro por Deus que vai, e quando

olhos em chamas. Essa era sua tática de sempre. Gritar, culpar, ameaçar, e entã

"E sabe qual é a parte engraçada? Eu não sinto absolutamente na

uma briga, lágrimas, um apelo desesperado para qu

do lado dele da chamada. "Caio, amor, não deixe ela te chatear. Ela só está desc

atuação está ficando velha. E Caio? Antes de começar outro de seus discursos patéticos, saiba de uma c

riga. Era uma execução. E eu era quem estava puxando o gatilho. A onda de raiva, a amargura, a dor – tudo estava se transformando em ou