A Última Despedida do Monstro
e Vista
tômago. A filmagem trêmula mostrava o interior do meu antigo apartamento. Não, o apartamento deles ago
oramingando, encolhido em um canto, o rabo entre as pernas. A voz de Bárbara, aguda e provocadora, flutuava de fora
terror, tentando se afastar. Bárbara deu uma risadinha, um som arrepiante e cruel que vibrou pelo me
corpo. "O que você está fazendo?!" gritei para o telefone, minha voz r
Helena achou que era melhor do que eu", ela sibilou, sua voz baixa e ameaçadora. "Por todas as vezes que ela acho
nte de cortar o coração. O som me rasgou por dentro, arrancando qualquer comp
hando. "Preciso de um Uber! Agora!" Minhas mãos tremiam tanto que mal consegui destrancar a porta do apart
utra mensagem do Caio. "Helena, é melhor você não estar planejando nen
informações conflitantes, mas o terror por Apolo venceu. "Se você machucá-lo, Caio, eu juro por
. Apenas o silên
ada semáforo vermelho uma eternidade agonizante. Me
a. Uma mancha escura se espalhando sob ele. Seus olhos, geralmente
ps. Parece que ele não aguentou a pressão.
ser real. Meu Apolo. Meu corajoso e amoroso Apolo. O cachorro que me protegeu de um coiote,
O motorista olhou para trás, assustado, mas eu não me impor
has mãos tremendo incontrolavelmente. Saí do carro, correndo em direção à entrada. Meu código. Meus dedos, dormen
! Abram essa porta, seus monstros!" Minha voz era um som desesperado e primi
a o mesmo short de dormir do vídeo de Bárbara. Seus olhos estavam frios, quase desafiadores. "Já terminou seu c
virou. Meus olhos passaram por ele, para dentro do apartamento.
a na cabeça, uma pequena mancha de algo escuro no tecido branco. "Ah, Helena", ela sussurrou, sua
ocê? As palavras ecoaram na minha cabeça, uma mentira grotes
, surpreso. Meu olhar se fixou em Bárbara. Eu vi vermelho. Raiva pura
arede. O som foi doentio, uma batida surda. "Sua vadi
me mordeu! Eu juro!" Ela se agarrou a Caio, lágrimas escorrendo pelo rosto,
vira-lata". Bárbara "acidentalmente" chutando sua tigela de comida. Bárbara reclamando que ele ch
O estalo ecoou na sala. "Sua monstra mentirosa e manipu
rrou meus braços, torcendo-os, e me empurrou com força contra a parede oposta. Minha cabe
hos ardendo de fúria. Ele estava embalando Bárbara, acariciando seus cabelos enquanto
chorro dela, Caio! Selvagem e perigosa! Ele tentou me
ocê é uma maníaca! Ela está machucada! Você
arede, voltou para a cozinha. E lá estava ele. Apolo. Uma forma pequena e imóvel
no meu peito, a dor fria e vazia onde o amor de Apolo costumav
queimados pelo inferno de luto e raiva. Minha voz se elevou, clara e arrepiante. "Você está morto para mim, Caio Mendes. E eu juro, vou fazer você pagar por isso. Voc