A Carta Infeliz de Mentiras
mo do desespero. "Laura? Você está aí? Como
ro que ameaçava escapar. Eu não conseguia falar, nem uma única palavra. Minha gargan
o Azar de novo?" Ela fez uma pausa, um suspiro pesado do outro lado. "Eu entendo, querida. Eu realmente entendo. Mas,
r. Sim, dor sem fim. Mas agora, eu sabia que não
ela continuou, sua voz mais suave, quase suplicante. "É um novo começo para nós. E, querida,
o magnata do Rio, alguém que eu conheci brevemente quando criança. Eu havia descartado
eu a ele tantos anos. Quatro anos dessa... dessa
o, compartilhando seu sofrimento fabricado. Eu vim aqui hoje pronta para me sacrificar, para suportar sua penitência, apenas para descobrir seu elaborado engano. E
s palavras mal audíveis, mas firmes. "
da menina. Eu sabia que você era forte o suficiente para faze
A decisão estava tomada. Chega
m uma maca. Meu coração se contorceu. Uma parte de mim, a velha e ingênua Laura, ainda queria correr para ele, para confortá-lo. Mas a nova Laura, aquela que acabara de t
seus olhos vidrados de exaustão. Ele me viu, e um lampejo de pânico cruzou seu ro
pertado. "Você parece cansado, Heitor", eu
ele sussurrou, sua voz fraca. "Eu te disse para não vir. Não quero que você me veja assim." Ele tentou me alcançar, mas se
ro, eu zombei. Próximo ano? Não haver
de gelo. Fomos colocados no carro da família para a viagem ao hospital. Ele deitou a cabeça no meu ombro, sua respiração super
s cruzando sua pele pálida. Uma onda de ironia amarga me invadiu. Toda es
exasperação. "Não a deixe esperar muito, Heitor", disse ele, sua voz baixa,
té o fim dos tempos. Ela sabe que eu valho a pena. Certo
do outro sorriso vazio. Você acha, Heitor? Voc
pecida, repassando a cena na capela, a conversa entre Heitor e Bruno. As peças do quebra-cabeça se en
er soro e analgésicos. Ele alcançou minha mão, seus olhos cheios de uma ternura fab
lá, seus olhos vermelhos e inchados, seu cabelo geralmente arrumado, desgrenhado. Ela p
e me empurrando. "Por que você fez isso de novo? Por que continua se pun
em suas profundezas. "Ariela, o que você está fazendo aqui? Saia!" el
que estive ao seu lado, vendo você sofrer, enquanto ela vive sua vida perfeita, esperando que você pule por arcos? Você
r! Deixe-a ir. Você pertence a mim. Você sabe que pertence. Você está cansado disso, não est
usa falar assim da Laura? Ela é minha noiva, minha futura esposa! Eu a amo! E eu só me casarei com ela! Você
os de lágrimas, pareciam completamente desolados. "Mas...
ela. "Vá! Saia daqui agora mesmo! Se você disser mais uma p
ade. Ela balançou a cabeça lentamente, uma única lágrima traçando um caminho por sua bochecha páli
eu rosto suavizando, uma ternura forçada retornando aos seus olhos. "Sinto muito, meu amor", ele murmurou, alcançando mi
emente enrolados, os nós dos dedos brancos sob a pele. Um lampejo de algo - não raiva, mas uma emoção profunda e complexa - passou por seus olhos quando ele olho
aberto, tão direto. Nós costumávamos compartilhar tudo. Eu costumava pensar que o conhecia melhor do que ninguém. Ele era min
oz plana, "há quanto tempo
ão. "Ah, sabe, alguns anos. O tempo v
sisti, meu ol
Mas ela é apenas uma assistente, Laura. Você sabe como meu
o havia avisado. Bruno, que havia chamado de manipula
piante se instalando sobre mim. "E
ância retornando. "Então eu a demitirei, é claro.
e estava mentindo para Ariela, e estava mentindo para mim. Ele nunca a demitiria. Ele estava muito ligado a ela, por culpa, por obrigação, ou por algo muito mais profundo que
ndo uma teia emaranhada de mentiras e emoções fabricadas. Ele não apenas me amava menos; ele m