O Sorriso de Marina
inha mãe chegaria para mim e me diria: filha, eu
nada sonha
quando entrei no closet que eu me perdi. Havia vestidos e mais vestidos, de todas as cores e tipos de tecidos que se podia imaginar; com brilho, sem brilho, com alças, com mangas longas e curtas... Enfim, cada um mais deslumbrante do que o outro. Os sapatos maravilhosos chegavam a encher os meus olhos de fascinação e de repente eu já estava passando minhas pequenas mãos pelos tecidos macios, pelos couros caros dos sapatos e no minuto seguinte, havia algumas peças espalhadas pelo chão e eu estava vestindo al
m nem ao menos apreciar o que sua filha tinha feito. Eu sei, foi a maior bagunça, mas não
hora,
ra? _ Estrela engoliu em seco. Havia tanta raiva naquelas palavras, que eu chegue
vai voltar a acontecer. _
perto de mim. _ Isso sim, machucou! Foi exatamente naquele dia que eu percebi, eu não era desejada, nunca fui. Eu não era amada e
mente não me abortou? _ As lágrimas caíram imediatamente p
o que era meu por direito. A minha herança. Uma troca de favores, querida. Se não fosse a exigência daquele velho idiota, vo
ajeitei na minha cadeira e sequei algumas lágrimas que nem ha
ns branco e um jaleco da mesma cor. _ Doutorzinho! _ digo, deixando transparecer t
e a senhora quer
cadeira e sorrateira, contorno a minha mesa, parando bem a
go? _ pergunta aind
a devorá-lo, mas n
ade de se arrastar por suas costas largas, mesmo que fosse por cima do tecido. Heitor se vira, limpando sua
ixar tudo no meu consultóri
cionário? _ indago com tom de brincadeira.
o eu trabalho ainda _ rebate. Ah, mas eu queria saber fofin
. _ Senti o duplo sentido na minha frase, sentiram
e, eu levo as minhas mãos a sua cintura, fazendo-o girar de frente para a mi
voa alto, quando olho aquele bumbum empinado. Deliberadamente deixo a minha mão escorregar pelo seu jaleco e atrevidamente seguro firme a popa da sua bunda, ape
ta. É, acho que o meu olhar faminto deve ter me denunciado. Maliciosamente eu levo a unha comprida
minha cadeira. Eu me sento lá, cruzo as pernas e Heitor me dá as costas, saindo da sala em seguida. Assim que a porta se fecha
maginação, eu hein
loja. Ai vocês podem estar se perguntando, como a Marina partiu de direito, para dona de uma loja de pet? E eu lhes respondo... Não sei. Acho que o fato de eu querer tanto ter um animalzinho de estimação quando criança e de ouvir um NÃO bem redondo e rasgado da minha madrasta malv
um dia cheio! _ comento verifica
m. Faz o tempo p
ando em
alar nada sobre ontem à noit
Ela sorri, mas é um sorriso
gasmo que tive e, isso é tudo o que vai saber. _ Corta a conversa e r
ue merecia ser comida _ falo e ela gargalha alto. O
devia medir suas palavras! _ rosna
penso. _ Ela meneia a cabeça, fazendo um não lento pra mim. Lua se
de semana? _ Ela olha para tr
ará viajando. _ Ab
Sou nova aqui e ainda não conhe
gostar. _ Pisca um olho e sai, fechand
uadros de bichinhos completamente espertos e fazendo pose para a câmera, agora está vazio. A recepção, que tem um belo balcão redondo, com tons de amarelo e laranja e algumas patinhas vermelhas espalhadas em seu comprimento, também está completamente vazio e já não tem mais o barulho costumeiro do banho ou dos animais dentro da sala de banho e tosa. Lentamente me aproximo da porta e levo a minha mão a maçaneta, girando-a devagarinho, a abro e em seguida entro no cômodo, que é um dos maiores que temos aqui na loja, e encontro alguns filhotes de cachorro enjaulados. Assim que me vê, eles abanam seus rabinhos e parece abrir um sorriso para mim. Sorrio também, mas em seguida sinto as lágrimas pinicarem os meus olhos. Isso me faz lembrar da primeira vez que eu fui em um mercado livre com a Estrela. Eu nunca havia me sentido tão livre e tão feliz com tão pouca coisa. A ajudei com algumas compras e no final dela, encontramos um homem encostado em um canto de parede, tomando conta de uma c
meu ouvinte