A Vida Dupla Mortal do Meu Marido
Vista d
o tempo, minha vida foi definida por Augusto Carvalho. Não apenas minha vida pessoal, mas também a profissional. A imagem pública de "Clara Oliveira-Carvalho", o casal poderoso, a analista br
uerida, seus talentos são mais adequados para algo mais... visível. Algo que complemente a posição de Augusto." E o próprio Augusto, naqueles primeiros dias inebriantes, interpretou o papel de marido solidário. Ele d
res audiências, análises respeitadas, um nome conhecido. Alcancei o auge, uma âncora de notícias financeiras cuja palavra podia move
sões ao vivo parecerem um pouco erradas. Depois, eles escalaram. O desastre de hoje não foi um acidente; foi um assassinato deliberado e brutal da minha credibilidade profissional.
jo de dor em meus olhos. "O quê? Você acha que estou te traindo?", ele zombou, puxando Bia para mais perto. "Querida, eu não traio. Eu simplesmente expando meu portfólio. E você, Clara, está se tornando um ativo mei
cega, tão desesperada por sua aprovação, pela ilusão de nossa vida perfeita. Meu amor, meus sacrifícios, minha própria identidade, foram lentamente corroídos, manipulados até a submi
para a transmissão da noite. O quadro da Bia Vilela. Ela precisa de uma analista sênior para prepará-la. Ordens do chefe." O uni
u pela preparação. Revisei as anotações de Bia, seus roteiros, suas projeções de mercado. Eram notavelmente semelhantes às minhas, as que eu
do âncora, rindo um pouco alto demais com Augusto, que estava casualmente encostado no monitor, um braço em volta dos ombros dela
"O Sr. Carvalho disse que você me ajudaria com meu quadro. Estou tão animada! É uma honra apre
do em Bia. "Clara tem uma vasta experiência, Bia
e, minha voz cuidadosamente neutra, segurando o roteiro dela. "Mas
Sr. Carvalho e eu repassamos tudo. Ele diz que meu charme natural é muito m
do, publicamente emasculada em meu próprio domínio, pelo mesmo homem que defendeu minha posição. Algu
eu disse, minha voz um sussurro tenso. E
orma displicente. "Ah, eu vou ficar bem. O Sr. Carvalho tem tud
ptivelmente, ele olhou para mim, um lampejo de triunfo em seus olh
controle, continuava a intervir com palavras de encorajamento, elogios por sua "perspectiva inovadora". A equipe, antes deferente a mim, agor
nos braços de Augusto. "Eu consegui! Graças a vo
bsolutamente brilhante. Vamos comemorar. Só nós dois." Eles passaram por mim, Augusto nem mesmo reconhecendo minha
silêncio era ensurdecedor. Afundei na minha cadeira, o esgotamento um manto pesado. Meu queixo doía. Meu
número anônimo. Uma mensagem de texto. "Escute isso. Bia Vilela. E sua mãe." Anexado estava um arquivo de áudio. Meu coração m
oi um acidente! Eu não a vi! Ela simplesmente... apareceu do nada! A velha, ela era tão
. Podemos consertar isso. Onde você está? Chego aí em dez minutos. Vamos nos livrar do carro. E você? Você vai f
elha?", Bia
amente desapegada. "Apenas foque em você. No seu futu
Bia. "Sim. Sim, Augus
que roubou sua capacidade de andar, sua capacidade de falar claramente, que a condenou a uma vida de sofrimento silencioso. Não foi um acidente. Foi Bia. E Augusto. Eles sabiam. Eles encobriram. Todos esses anos, ele me deixou acr
ecoando pelas paredes silenciosas do meu escritório. O mundo girou em seu eix