RECOMEÇO - O que fazer quando a vida nos mostra dois caminhos?
ro de
ito sobre as circunstâncias que me leva
o de 2014, ficará marcado e
o virou inteiramente de cabeça para baixo, e isso afetou minha família de todas as maneira
edimento súbito. Isso pode acontecer por causas de questões genéticas, aumento da pressão arterial ou mesmo por alteração dos vasos sanguíneos por causa de arritmias graves. Enquanto ouvia o doutor dando esclarecimento dos fatos, ao mesmo tempo eu refletia no estilo de vida que meu marido levava, principalmente, nos últimos dois anos. Então, constatei que minhas suspeitas e preocupação com o bem estar dele, tinham lá seus fundamentos. A vida corrida consumia todo seu tempo e por vária
to, porque algo me impulsionou a ficar ali por mais um tempo. Então, puxei a cadeira de sua escrivaninha, me sentei ao lado da cama e velei seu sono. Quando finalmente acordou e me viu, Ben começou a chorar e só falou do pai. Transtornado, ele deu início aos seus questionamentos, e quis saber: por que o pai tinha feito aquilo com a gente? Por que ele tinha nos abandonado daquela maneira? Nessas
bre o travesseiro. Antes de sair, fiquei em pé, parada ao lado da cama, olhando para meu menino. E as palavras de ódio que ele proferiu enquanto eu o estava consolando ficaram marteland
eses, eu preferi manter a ilusão de que ele estava em uma de suas viagens, e que, a qualquer momento, ele chegaria em nosso apartamento e me diria que tudo aquilo não passou de uma mentira
bebê que acabou de ganhar de sua melhor amiga da escola. Ela acalenta a bebê contra o peito, como se estivesse ninando uma criança para dormir. O brinquedo foi um presente de aniversário, mas, basicamente, acabou se tornando um presente de despedida. Benjamim está sentado ao meu lado, no banco do carona. Quieto como sempre.
a tão repentina de alguém que ele tanto idealizava, acabou endurecendo um pouco o seu coração. Manuela ainda era muito pequena quando tudo aconteceu, e juro que não sei como explicar, mas a imagem do pai permanece viva em sua memória. Ela demon
re relutei, por causa de Benjamin. Ele, de certa forma, procurava se d
u desejava que ele estivesse ali, ansiava sentir de novo o seu toque, os seus beijos..., mas Téo não estava lá comigo. E o que me restava era
inagem, culinária... Nossa! Eu fiz coisas que jamais imaginei ter tempo de fazer, apenas para preencher a lacuna e poder esquecer a dor. Mas nada adiantou, porque o vazio continuava em cada cômodo da casa, em cada lugar
momentos da minha vida. Lá nós planejamos sonhos, formamos uma família, vimos nossos filhos crescerem; no entanto, não dava mais pra continuar me iludindo. Naquele lugar, onde
ia muito difícil para as crianças aceitar a ideia de mudança. Principalmente para Benjamim, que ao receber a notícia deixou claro para mim que era
estada na capital, depois da morte do Téo
ito que Benjamim não veja, enxugo
asfalto. Estamos há horas na estrada e ainda f
. Olho de relance para meu filho - que continua com a cabeça encostad
utos e estaremos
ênc
e, Ben? – Pergunto, e
Ele expressou
que eu esperava ouvir, mas
animada. - A última vez que viemos aqui foi nas férias de fi
asa da avó, naquela época. Contudo, ele insiste em ficar calado e eu sei m
esinteressado no assunto abordado
e também sei que você está chateado comigo, porque pensa que estou te afastando dos seus amigos. Mas preciso que v
Finalmente, vejo uma reação da parte dele. - Eu preferia estar lá com toda
Me acusando como se eu não tivesse amado ou sofrido também, ou, como se tudo que eu fizesse pela família não valesse nada. Seu comentário
im?! – Eu o repreendo severamente –
lhar para fora e ficou em silênci
z, e faço de tudo para não passar dos limites com ele. Porém, neste momento eu não me importo, porque o que ele acabo
stes a entrar em erupção. Cerro os punhos, apertando o volante com forç
que eu fiz - e sempre farei, - é pensando no melhor para eles? Como pode pensar que o simples fato d
o sempre será contrário a tudo o que faço. Ben vai dificultar as coisas. - penso de
ser tão dura com ele, e sim, abrir seus olhos para a realidade em que nos encontramos agora. Benjamim precisa entender que m
ara ele e o vejo
rompantes. Tenho que manter a calma, porque, o que eu quero
nisso. Não. Afastar Benjamim de mim é
e e solto o ar dos p
has emoções e tento contornar a sit
mos com seu pai, muito menos, isso vai nos levar a esquecer dele. Esquecer
. Apenas, mantém os
or alguns minutos, q
pra você e também não vou exigir que entenda isso agora; ma
sil
cia cresce d
lhar da estrada
de sua avó, me prometa que
a ele ra
e o pai costumava fazer quando estava chateado com alguma
vou t
ro al