RECOMEÇO - O que fazer quando a vida nos mostra dois caminhos?
canto dos pássaros. Parece um pouco clichê o que acabei de dizer
clareza. Sem me preocupar com horários a cumprir, espreguiço-me o bastante, a ponto de sentir que já estou pronta para mais uma jornada do dia. Só então, eu me levanto e vou para o banheiro. Depois de tomar uma ducha e colocar o short e minha camiseta básica preferida, eu saí do quarto.
ãe e a casa permaneceu trancada. Até agora. A construção é rústica, como na maioria das casas dessa região, e fica ao lado da casa da mamãe. O sítio é grande e nel
fabrico de móveis. Ele acha maravilhoso saber que cada móvel em especial, dará vida nova a um am
ada coisa no seu devido lugar, à medida que iam descarregando. E depois de tomarem um café da manhã reforçado, em forma de agradecimento pel
go tão trabalhoso. Essa foi a experiência mais c
umação da casa. – Dominique precisou ir para oficina, porque alguém
não queria que por um descuido nosso, ela viesse a se machucar. Por isso, se fez necessário dispensá-lo, porque Ben era o
eu e mamãe, termin
já estava toda arrumada e final
da arrumação – eu estava passeando pelos arredores do sítio de mãos dadas com minha filha, e
a tira tanta energia. – Penso, admirada com
eratividade e uma hora dessas ainda está desse jeito, pulando e pulando, como
seus olhos cheios de al
coberto com telhas coloniais. As luzes estão acesas. Percebi que Manuela também
to e corro atrás dela.
scancarada, facilitando assim, a entrad
ela entrou aos grito
guida, esbaforida,
ar. Desse jeito você
vejo o homem - que antes conversav
jeito. Não sei onde enfia
nos olhamos a distância, não parecendo nada. Achei algo familiar em seus olhos c
Eles estão atrás de uma enorme mesa de madeira, com
o, toda sem graça, e me justifico.
a também. – Rebate o homem, o
respondo, c
e mais parecia uma matraca pelo barulho que fazia. Olho rapidamente para o objeto em sua mão e percebo que se trata mesmo de uma matraca. Imagino que Dominique tenha dado de
cabelos e olhos castanhos, firmes, e com u
está me
foi que eu já
ue passam de mim pa
so já está me
rmão finalmente
lembra dele? – Pe
vezes, fazendo uma expr
ou ele, tentando ref
e leve a testa, tentando me lem
osto Miguel conti
onso. – Acresce
talar dos dedos, minha mente volta a funcionar. Levanto as
o me revela que ele g
nça, ele vivia atormentando a minha vida. Andava com meu irmão o tempo todo, de um lado para o outro, tomando banho de rio, empinando pipa e fazendo todo tipo de arte que se possa ima
aa
orpo franzino não era páreo para um moleque tão travesso. E pensando bem, acho até que ele só pe
minique, ele tinha dito que iria estudar na Inglaterra, porque já estava cansado de viver aqui. Nessa época, eu reconheço que sua implicância co
azia questão de me mostrar os cartões postais e os presentes caros que o amigo enviava da Europa
guel deveria ter sido mais agradecido e visitado os pais mais vezes. Mas, eu não sabia o que
s espalhados por toda cidade, no exterior... e a grande fazenda histórica onde, certamente, Miguel mo
lá, mamãe ficava uma fera. Sorri, ao recordar que na ma
Eu me sinto invadida de alguma forma, porque tenho a sensação de que ele pôde ouvir meus pensamentos. E é neste instante,
ente, e sim, de uma mulher madura, por isso, não vou deixá-lo me intimidar.
ntou ele calmamente. O seu tom de v
! - penso, i
sei que Miguel tem o mau hábito de me provocar nas mínimas coisas. E mesmo n
elicada. - Desculpe Miguel... Faz tanto tempo que não nos
lhe favoreceu muito, pois, o menino magro que vivia sempre suado e de cabelo bagunçado correndo pelo sítio, hoje, se transformou em um homem bonito. Tento ser o mais discreta possível, quando rapidamente exa
dissipando os meus pensamentos e
tou que eu o observava, mas
iferente daquela menininh
agora. – Respondo de
a o olhou intrigada, sem entender o que fez ele agir daquele jeito. Mas logo e
m de me irritar e faz
mpletamente sem graça, por cont
, Dominique s
enquanto aliso meu antebraço para disfarçar mi
is nada, apenas me olha da cabeça
ndo finalmente seus olhos encontraram os meus, um olhar de aprovação aparec
eu rost
nferida de maneira tão óbvia. Toda sem jeito, desvio o olhar p
rde. Vovó deve estar nos
iguel saltitando. Seus olhos seguem o caminho que os
o meu olhar para encontrar mais u
razer revê
soou doce e sincera, quando acresce
o Miguel Alonso, não me sinto afrontada por ele. Pelo co
gesto agradecido e m
eu me divirto ao ver novamente a forma como seus cachos loiros f
l me chamar. Paro de an
sa, me deixando confusa, e me fazendo sentir algo que há muito tempo eu não sentia: um frio alojar-se e
me deixando sem juízo, e eu estou vendo coisa onde não e
quando criança. – diz, apontand
o para ele novamente. - Sim. - Concordo.
rdialmente, com um