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Doce Flor de Jasmim

Capítulo 4 03.

Palavras: 6271    |    Lançado em: 24/01/2022

eus cabelos estavam soltos e em meu pescoço havia um colar dourado com pingente de uma borboleta contrastando com minha primeira tattoo feita aos quatorze anos, uma borboleta erguendo vôo, porque

tava. Na verdade, não enxergava nada além do meu amigo, só estava estressada porque o cara insistia demais e misturado com o álcool acabei brincando com seus sentimentos, se eu batesse no desconhecido poderia arrumar problemas pra mim, de novo. Depois disso acabei me afastando um pouco dele, só que não era justo. Eu vacilei. Pedi mil desculpas e lhe expliquei meu ponto de vista. Sei que ele é apaixonado por mim desde o inicio, mas amo sua amizade e me sinto bem com ele, embora à

arilia! - Gritei

para uso obrigatório. - El

om aquilo. - Juízo sim, c

ocê já viu como é o Sus do Brasil? Vai morrer na fila antes de conseguir tomar um

muito engraçadinha. - Falei

ainda abraçad

io. - Minha mãe gritou da porta quando eu já

nas sabem se cuidar soz

de você então... - Ela gesticulou com as mãos. - Mas eu s

e amo! - Falei rindo

ízo! - Ela disse e

res se encontraram ele baixou os olhos, me encarou novamente e desviou o olhar. Encarou Mario ao meu la

prefiro mais baladas e etc. Mas a Mari e a Sol também estariam lá então poderia ser legalzinho... Entramos na chácara que logo de cara dava pa

m beijo na bochecha e sorriu. Também não gosto muito desse tipo de toque int

- Fa

a realmente acontecendo a festa. Fomos diretamente para os fundos da casa onde uma aglomeração nata acontecia. Musica alta, cachaça a rodo e muita gente dançand

em! - Mari f

- Tá bebendo o que

- Ela me ofe

. - N

que essa é a minha bebida favorita

Sorri p

e sorriu e saiu do meu campo

usa do som. Havia começado a cantar pingo de dó

hora dessas! - Revi

mais para a pista. Formamos um par de três e começamos

arado e traiu ela com uma prima – assim era como ele chamava a amiga na frente da Sol – e ela aind

ou a tocar um samba. A melhor parte das festas brasileiras é q

u choro, c

é de que

gada eu

r o bairro

r claramente a dor da minha mãe ao assistir o acidente fatídico que tirou do Brasil uma enorme artista e humana. Minha mãe chorou como se estivesse perdendo a irmã. Até ho

oventa anos no corpo de vinte dois, deu meia noite e eu já estava louca para ir embora. Meu grupo e

- Falei pro meu grupo qua

ario falou soltando

co! - Mari falou bebendo e

sono. - Falei d

xando para um abraço. Quando ela bebe fica um

is, e daqui a pouco já

ouco! - Ela f

a além disso. Me conformei em dançar com o Mario uns forrozinho, revezando com as meninas. Sentei um pouco quando começou os funk brabos, essa era a parte em que eu olhava a batalha das emocionadas te

ado de fora. Compartilhei a rota com o Mario, é uma segurança já que o Uber é homem e sabemos que a taxa de estupro e feminicidio só aumenta

nda cantamos juntos uns forrós doidos. Desci e fui até a janela da frente. Abri a bolsa e tirei meu cartão de débito. - No débito. - Ele assentiu, eu pa

co muito tonta. Ok. Errei alguns passos? Errei. Mas consegui chegar até a frente da porta. Abri minha bolsa pra procura

, rodeei a casa e retirei um misse de dentro da minha bolsa, sempre fica lá. Abri a porta do fundo te

to, sorri enquanto analisava a linda imagem que havia tirado. Claro, estava um pouco embaçado pelo alto teor de álcool tomando conta da minha visão, mas quando eu ficasse sã, amaria essa foto. Joguei-me na poltrona por um momen

YE

utro no quarto utilizando o termo que chamo meu

. Sua voz grossa e autoritária só me deixav

Estou cansado. Podemos conversar mais ta

em, Meyer. Tenha isso em

mental para a nossa saúde biológica e a diferença em nosso fuso horário mostra isso mais do

te cedeu. - Estarei ai n

pedi e desliguei antes que ele

os para muitas empresas, mas nada melhor - segundo Heiko - do que vender para o consumidor físico também. Então há anos atrás surgiu à ideia de abrir de fato a casa noturna Meyer Haus, que era apenas uma laranja no registro. A casa noturna hoje é onde tudo acontece, é aonde negociamos tudo com todos os compradores seja jurídico ou físico, e ainda ganhamos mais com as apresentações, bebidas e clientes que vão lá só para curtir. É como matar diversos coelhos com uma cajadada só. O que eu acho de tudo isso? Não era bem a vida que eu queria pra mim. Nem sempre é tudo tão calmo e nesse ramo é preciso escolher entre duas opções: Ter sentimentos ou ser um Meyer. Eu sou obrigado a ser um Meyer a cada

bêbada parece pura e inocente quanto a Jasmim. Enxuguei meu cabelo com a toalha, coloquei uma calça moletom e me sentei na cama mexendo aleatoriamente no insta. Novamente uma movimentação do lado de fora da minha janela. Meu olhar parou diretamente na Jasmim varanda a fora com a câmera apontada para o céu. Ela daria uma bela obra de arte agora. Eu se lembraria disso depois. Eu não seria desenhista como queria aos meus dezoito anos, mas velhos hábitos nunca morrem... Ainda desenho quando quero extravasar minha frustração, raiva ou tristeza. Ela se sentou na poltrona e ficou ali fixada em seu próprio mundo, a encarei. Ela tinha algo que me deixava intrigado, não sei o quê, mas me chamava bastante atenção. Deixei meu corpo cair na cama sorrindo ao me lembrar dela tentando achar a chave de casa e praguejando sem sucesso. Logo após um filme se passou

cê não tem tempo pra isso! - Bati em minha testa novamente.

nela ela já não estava mais lá. Bufei. Levantei, fechei a cortina e me jo

SM

o dia com minha mãe baten

cabeça debaixo do travesseiro. Eu

nha mãe bateu

tirando o travesseiro e me

Ela perguntou do o

- Falei visivelm

na cama com um sorr

. - Res

tar. - Minha mãe fal

- Falei colocando o trave

om a Giovanna. - Ela falou agora

os olhos e a encarei. Vir

e eu sabia disso. - Você vai fazer desfeita pra mulher que

indo os olhos novamente com dificuldade

lou cruzando os braços e fazendo biquinho. - Mas eu não

onversa fora numa tarde de domingo. - Fal

a de domingo com minhas duas amigas. - Minha mãe abriu um s

nta-se á vontade para fazer novos a

casa noturna que estão abrindo lá ao lado do nosso rest

ufei. - Esto

espeito suas ressacas. É aqui na frente, você pode almoçar e vir embora se qu

uase nunca saía de casa para qualquer coisa que não fosse trabalho e rotina. Eu não a deixaria frustrada nisso e

ilia, ta. - Bu

de e já é meio dia. - Ele se levant

antando da cama, não sem antes imaginar o sorriso de um certo vizinho novo. Ás uma em ponto estávamos nós atravessando a rua para a casa da dona Giovanna. Minha mãe estav

lado do rosto e abraçando minha mãe. Eu havia colocado um vestido de alça branco com flores lilás, ele era rodadinho com cinco palmos acima d

ente para a TV, uma mesinha de vidro pairava no centro com algumas revistas, e no canto da sala havia uma enorme estante de vidro. Seguimos para a sala de jantar onde uma mesa de seis cadeiras jazia no centro, a sala de jantar era toda de vidro dando vista para a co

Giovanna numa conversa completamente empolga

mesa. - No português claro macarrão rústico ao queijo com cebola crocan

- Minha mãe falou

o sabor. - Ela falou empolgada. - Vamos no

arcava esses almoços de domingo para não ficarmos sozinhas du

- Eram todas bruxas. - As duas riram. - Não tínhamos aproximação com nenhuma, éramos só nós du

de? - Minha mãe falou

Giovanna falou após termi

a. Lembra que ela falava que o Pedro era homem de várias porque na

ua. - Giovanna

flashback de uma vida feliz que só conhecia como reflexo. Eu sabia muito de minha mãe, mas havia muito ali que eu também não sabia. Quando percebi que elas estavam num mundo só delas e eu já não existia mais, me retirei sorrateiramente indo para o

a o sorriso quase invisível. Sua expressão estava fechada, seus cabelos estavam molhados. Ou ele e

Ele assentiu também olh

- O encarei

almoço? - E

uma enxaqueca terrível. Tinha que me lembrar de

bem? - Ele

lei voltando a

as sobrancelhas o encarando. - Como... C

quei. - Você bebe demais e parec

te estava bêbada. Ontem. - Ele di

. - Desvie

ue conseguiu entrar. - Um ri

no quarto. E detesto acord

entiu. - Por que est

quando a casa estava vazia eu costumava vir para cá. Ficava a

entava esta casa?

desde que me conheço por gente, imaginei que os donos tivessem morrido. Então eu costumava son

ngou. Desisti de tentar enten

erigosa, Senhor M

reitou os olhos de

o! Eu abro portas e invado propriedades. - Su

m um sorriso de canto. - Quando quiser se sentar nest

nvadir sua propriedade. - Falei agora o o

Senhora Jasmim... - Ele falou baix

fingindo estar pensati

pecifico, punir criminosas que invadem a minha propriedade

has por alguns segundos. Aquilo foi um golpe.

tro lado e riu volt

tirar fotos? - Pergu

ar... - Não foi uma perg

Ele me encarou com uma exp

rosseguir. - Quando os dedos de um grande poeta tocam uma página é de uma forma pesada, seu corpo se debruça sobre a página porque sua alma mergulha sobre ela. Mas com os grandes desenhistas e pintores é diferente. Quando um desenhista ou pintor se expressa ele não pesa, ao tocar uma folha e

penas por me ver uma vez com um cadern

- O encarei estr

Sua expressão abriu. - Não é algo que eu faça o tempo todo e não a

nti sor

Ele perguntou agora apoiando

usa. Será que ele havia me fl

a noite completamente bêb

Eu tirei fot

u. - E

e? - Pe

u. - El

ver tirando fotos do céu, completamente bêbada? - Perguntei. Sen

com meu pai. - Ele abr

- Perguntei arqueand

ele suspirar. Ao vê-lo mencionar o pai dele senti que

vos do Haiti. Então por aqui nós dormimos, e você continua sendo um gra

dando de ombros com uma ex

mácia comprar um remédio para minha ressa

dor se quiser. - Ele deu

quero sim. - Falei quando

cozinha e ele abriu uma das gavetas procurando pelo remédio. Retirou um comprimido da embalagem, foi até a geladeira pegou

ada até a farmácia vinte e quatro

caminhar. - Ele me enc

corpo foi atropelado por um

usa isso? - Ele arqueou

igerante e energético. Acho que foi só isso. - Falei

orriu. - Basta

principalmen

o. Senti meu coração parar d

? - Falei encarando as duas mulheres na s

me encarou. -

ara me retirar sorrateiramente. P

ntiu. - Bom desc

meu esconderijo – para ver o que era. Abaixei por um momento para responder a mensagem de Mario perguntando se estava tudo bem, pois

a cabeça para olhar para a minha nu

eito. Tê-lo olhando para aquele lugar em

zando os braços. - Perdoe-me se eu es

são ilimitada. E por fim ela se torna uma borboleta, com uma visão ampla do infinito de possibilidades que a vida oferece e disposta a bater asas e voar em suas novas aventuras. A borboleta é intensa porque sabe que a vida dura pouco e tudo é feito de momentos, por isso ela está sempre voando pelos melhores ares. Mas em algum momento você a verá parada, porque mesmo tendo um mundo pela frente e tão pouco tempo para aproveitar, ela precisa repousar um pouco no lugar seguro. - Falei pe

Ele sussurrou olhando n

ando mais próximo de mim, abriu a boca para falar algo, mas logo fechou. O ar ao nosso redor estava tenso, eu queria que ele se aproximasse mais ao mesmo tempo em que queria correr dali. Sua expressão se fechou. Como se tudo que eu havia visto de sentimento houvesse sumido, como numa grande peça de teatro onde

alei gesticulando com a m

assentiu.

pudesse derreter em seus braços, me obriguei

entando dissipar a adrenalina que aquele pequeno momento havia me causado. Bendito Meyer. Bendito Meyer. Bendito Meyer. Como? Eu estava a ponto de surtar. Suspirei. Não. Eu havia acabado de o conhecer, ele só havia sido gentil, não foi um flerte e eu não tinha tempo para

uma menti

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