Proibida
la é cega! Parece tão independente que o fato sempre me passa despercebido. - Qual seu nome? - pergunto. - Connor, Jennifer Connor, mas todos me chamam de Jenny - ela
ta - digo a ela. Antes de sair penso em dar-lhe um beijo, mesmo que casto, mas me contenho. Não quero que ela tenha medo de mim e ela já passou por muitas coisas hoje. Inspiro profundamente e relutantemente me despeço e saio do apartamento. Ao sair ouço-a passar o trinco pela parte interna da porta. Não que aquilo vá realmente impedir que alguém entre, mas me sinto mais aliviado. - Que loucura! - digo baixinho, quase num murmúrio. Passo as mãos nos cabelos, pego meu celular e me dirijo às escadas. - Calvin? - Sim, Sr. Durant - ele atende prontamente. - Preciso que me faça um favor - e ordeno a ele o que preciso. Observo o prédio enquanto aguardo Calvin chegar. Eu mesmo gostaria de ficar de guarda, mas não posso. Anne me espera em casa. Ela é ciumenta e já vejo crises pela manhã. Vejo Calvin virando na esquina. Quando ele para, desce do carro e deixa a porta aberta para mim. - Apartamento 32, Calvin. - Sim, senhor. - Telefone-me se algo acontecer. Não deixe ninguém entrar - digo com firmeza. - Sim, senhor - ele assente. - Amanhã cedo pegue um táxi e vá para casa - digo e ligo o carro saindo em seguida. Dirijo o mais rápido que as leis de trânsito permitem. Minha mente diz para eu retornar a casa dela, mas meu coração diz que devo voltar pra casa. Anne me espera. Não tinha int
meu rosto. Pisco para a luz tentando acostumar meus olhos, enquanto mãozinhas insistentes me sacodem. - Acorde papai! - ela grita mais uma vez. - Hei Terremoto, deixe-me dormir - resmungo sonolento. - Já é tarde! - ela sorri após ouvir o apelido carinhoso. - Estou com fome. - ela diz enquanto passa a pequena mão pela barriga. - Por que não foi tomar café? - sento-me na cama com dificuldade. - Não sem você - ela resmunga. Olho para o relógio na cabeceira da cama que marca 08h30minhs. Puta merda!Pulo da cama. Sempre acordo antes das sete para preparar o café e tomá-lo com Anne. Dormi muito, na realidade desabei. Os acontecimentos do dia anterior vêm como uma avalanche em meus pensamentos. - Papai! - ela diz insistentemente. - Já escutei Anne - sorrio para ela. - Deixe apenas o papai tomar um banho e já desço para tomar o café com você! - Mas não demora - diz ela fazendo um biquinho. - Onde está Claire? - pergunto. Claire é a babá de Anne desde que eu a trouxe para minha casa, a