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Pecadora

Capítulo 4 Pecadora

Palavras: 1350    |    Lançado em: 23/03/2022

a vontade férrea de ser pura, honesta. - O mundo está cheio de lascívia. Quem se entrega a ela vive em um cativeiro, em uma prisão, em uma escravidão. Pecar contra o próprio corpo é se

o, andando em silêncio até a vila. Daquela vez, não me distraí olhando ao redor. Caminhei imersa em meus pensamentos e aflita. Esperava chegar em casa e conversar direito com Rebeca. Atrás de nós vinham outras pessoas da igreja, incluindo Isaque e seus pais. No fim da tarde, ele iria me visitar e ficaríamos na sala, conversando sob olhares atentos, cheios de curiosidades não satisfeitas um pelo outro. Estávamos chegando em casa quando uma vizinha, dona Carmem, que adorava beber e farrear e que se irritara com a gente depois de uma discussão em que minha mãe a mandara aceitar Jesus, disse em alto e bom tom: - Os santos e salvos chegaram! - Ignore - avisou meu pai, baixo, abrindo o portão. Minha mãe apertou os lábios, mas nem a olhou. Dona Carmem deu uma risada e gritou: - Andam por aí de cabeça erguida, metendo-se na vida dos outros, achando que são os escolhidos de Deus, enquanto a filha transa com todo mundo na casa deles! - Meu pai já ia entrar quando ela completou: - Acabou de sair um daí agora! E a filha ainda foi quase pelada levar o rapaz ao portão. Gente muito santa, essa! Ele parou. Gelei, sem acreditar que Rebeca tinha feito aquilo. Minha mãe se virou para ela e respondeu em tom comedido: - Você deveria se envergonhar das suas mentiras. - Mentiras? - debochou ela. - Vá cheirar a cama dela, dona Cândida. Ainda deve feder a sexo! Pergunte a quem quiser se sua menina não passou a manhã se fartando com um desconhecido! Meu pai estava pálido. Minha sobrinha quis se soltar de Abílio e entrar em casa, mas ele a segurou com uma das mãos enquanto carregava o filho de dois anos no outro braço. Ruth se aproximou de nós, irritada: - Que vergonha é essa que Rebeca está nos fazendo passar agora? - Ela apontou os vizinhos que, das portas e janelas de suas casas, ouviam tudo. - Pai... - murmurei quando o vi entrar em casa com o semblante furioso. Corri atrás dele. - Pai, por favor, espere! - Sebastião! - chamou minha mãe, seguindo-me. A gargalhada da vizinha nos acompanhou. Pelo estado transtornado em que ele se encontrava ao passar pela porta, vi que uma tragédia se prenunciava. Lágrimas vieram aos meus olhos e, quando ele avançou como uma fera até o meu quarto, entrei na frente dele: - Por favor, pai, isso é mentira! Vou falar com a Rebeca... - Saia da frente! Tomei um susto quando ele me empu

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