Conexão Perfeita
AN
iro, alguns anos an
a a casa com meus pais, e minha prima Bruna também fazia parte do nosso lar. Meu pai, dois anos antes, havia se aposentado após um acidente de trabalho que lhe custou o movimento de uma das mãos. Desde então, ele e minha mã
riciarem meus pés. A praia ficava a cerca de meia hora de ônibus, e decidi convidar minha melhor amiga, Daniela, para me fazer companhia. Ao chegar em casa, imediatamente ligu
a a tarde na praia, minha mente divagava para lembranças de infância numa cidadezinha do interior em Minas Gerais. A ideia de meus pais considerarem retornar àquele lugar cheio de sere
geladeira, avisando aos meus pais, que haviam saído, para não causar preocupação a eles. Meu pai fazia fisioterapia diariamente na esperança de recuperar parte dos movimento
ribuindo o abraço com um sorriso. - Eu quase nã
ecisamos aproveitar dias
locamos uma música no celular, dividindo o fone de ouvido. Tentávamos aproveitar o pequeno passeio e a companhia uma da
udado comigo e Daniela no ensino médio. Elisângela cochichava algo com um rapaz muito bonito ao seu lado, que olhou na minha direção e sorriu. Seu sorr
omentando que gostaria de te conhecer! - Disse ela, apon
desde o primeiro instante. Passamos o restante da tarde conversando, trocando olhares e sorrisos. A pra
como quem aprovasse a situação. Jonathan e eu conversávamos sobre tudo, desde nossos gostos music
do! - Disse ele, de repen
tinados a aquele momento. Jonathan se mostrou bastante interessado por mim, e de certa forma, aquilo acabou inflando meu ego. Nunca havia escutado palavras tão doces
çava a se esvaziar, Jonathan me abraçou, e caminhamos juntos até o ponto de ônibus. Senti um misto de emoções, entre a felicidade daquele momento e a curiosidade sobre o que o futur
e cinco anos, e Jonathan era dois anos mais novo. No entanto, ao meu ver, isso não seria um problema, pois ele se mostrou muito m
e incomodando? - Perguntei, d
m você, Alana! Algo nele me incomoda profundamente!
sinta assim, afinal, somos melhores amigas! -
e nele, só vejo maldade naqueles olhos sombrios! -
ue, talvez, ela estivesse apenas com ciúmes da melhor amiga, algo completamente normal.
me dá uma chance de conhecer melhor o Jonathan, de ver por mim
u, balançan
e cuidado. - Respondeu, com um tom
s o entusiasmo de conhecer alguém novo e a esperança de que algo bom pudesse surgir daquele encontro eram mais fortes. Naquel
ra?" Refleti e acabei adormecendo com essas dúvidas em mente, ansiosa pelo dia seguinte, mas também um pouco apreensiva. O encontro na praia ha
significasse enfrentar algumas dificuldades pelo caminho. Afinal, cada nova experiência pode trazer consigo a chan
*
namorando há cerca de seis meses quando meus pais finalmente decidiram que iriam embora para Minas Gerais, acreditando que
viver sem você! ― Declarou, c
onhecia há apenas seis meses parecia arriscado. No entanto, gostava muito dele, e nunca havia sentido algo
us pais partiram numa tarde de domingo. A despedida foi agridoce, misturando a esperança de uma nova fase com a tristeza da separaçã
escolha, mas acabaram aceitando, afinal, eu já era maior de idade. No entanto, jamais poderia imaginar que aquela escolha marcaria
ndo uma convivência mais próxima. Mas o homem que eu acreditava amar se transformaria na pessoa
alando? ― As perguntas eram constantes, e
a liberdade que antes eu tinha começou a desaparecer como fumaça ao vento. A decisão de meus pais mudarem-se para outro estado
lha emocional que não conseguia ver no início. A casa que parecia um refúgio de amor tornou-se uma prisão silenciosa. C
o para trás, vejo como fui ingênua. Acreditava que o amor poderia superar qualquer coisa, mas descobri, da pior maneira possível, que o amor verdadeiro não se constr
*
que parecia ultrapassar quaisquer limites saudáveis. Esse rapaz não me parecia uma boa influência, mas Jonathan, de alguma forma, pareci
eria manter nossas contas em dia. Algum tempo depois, descobri que estava grávida, e isso definitivamente não aconteceu em um momento ideal para nós. Nossa relação já estava
estava mais trabalhando. Ao decidir confrontá-lo sobre suas atitudes, fui surpreendida por uma reação violenta: ele me puxou pelos cabelos com força. "Foi só um puxão de cabelo, não é nada sério!", pe
a eu que aquilo era apenas o início do pior cenário que uma mulher poderia enfrentar. Os dias se passavam como sombras lentas, e os murmúrios sobre uma possível traição
e caí no piso frio. O ar me fugiu dos pulmões, enquanto ele avançava descontrolado, agarrando meu pescoço com mãos que pareciam garras, te
ia ainda mais selvagem, desferindo inúmeros socos e chutes em minha cabeça, rosto e barriga. Cada