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A vida sexual de Catherine M.

A vida sexual de Catherine M.

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Capítulo 1 O Número

Palavras: 7231    |    Lançado em: 27/05/2022

ances dadas à consciência de se mostrar a si mesma. Os acontecimentos compartilhados, por outro lado, permanecem presos à incerteza dos sentimentos que os o

os que, toda noite antes de adormecer, me alici

te da porta. Olhando fixamente para a luz que vinha da cozinha, do outro lado do corredor, onde minha mãe e minha avó ainda trabalhavam, eu não conseguia conciliar o sono enquanto não tivesse considerado, em seqüên

ente" poderia ter: alguns, cinco ou seis, ou um número muito maior, ilimitado? Como eu agiria quando crescesse? Com o passar dos anos, a contagem de maridos foi substituída pela contagem de filhos. A

ncreta, minha vida de mulher casada

zoável ou se poderia ter mais? Que diferença de idade poderia hav

mentos sem ligá-los a outras ob

atos e dos copos d'água que eu, em pensamento, Lhe servia - preocupada com a quantidade certa, com o ritmo da transmiss

ual eu percebia a identidade de Deus e de Seu filho tenh

m o boneco de gesso rosa que eu colocava todo ano no presépio, o infeliz pregado na cruz diante do qual rezávamos - a

e Jesus, sendo Deus e filho de Deus, O chamava de "Pai". A Vir

eu queria me tornar religiosa, "casar com Deus" e ser missionária numa Africa onde pululavam povos desprovidos, mas desejav

ações precoces que vivi, o que é pouco costumeiro, sobretudo para meninas, pelo menos no meio em que cresci. Deixei de ser virgem aos dez

ão, mas fui eu quem a precipitou, o que aos meu

com outros homens. A única idéia que eu tinha a esse respeito era que, sendo naturalmente aberta às experiências e não vendo nelas

abávamos de jantar no jardim de uma c

a estrada, pedi que parasse para eu fazer xixi. Quando estava agachada, ele veio observar e me acariciar. Não foi desagradável, mas fiquei um pouco envergon

dele, Ringo e uma mulher mais velha, que era a dona da casa. Co

uma moça, alta, de cabelos muito cu

s numa grande fonte que ficava no jardim. Eu já passava a camiseta pela cabeça quando escutei

o a usar, desde os treze ou quatorze anos, sutiã e cinta-liga com o pretexto de q

razão, as imagens que lembro em seguida são as do quarto, eu na concavidade de uma cama alta de ferro forjado vendo

da e tranqüílamente como costumava faze

va a mão livre sobre a parte superior do meu corpo. O corpo de Ringo era muito diferente do de André, e eu gostava mais dele. Ringo era maior, mais nervoso, era desses que separam o movimento da bacia do resto do corpo, que metem sem se deitar totalmente, o tronco sustentado pelos braços. Mas And

ar dele. Eu estava há algum tempo com uma terrível vontade de urinar. Tive de ir ao

mais, teve o cuidado de me dizer que e

s trabalhavam durante o dia e eu passava as tard

zava furtivamente seu sexo ainda flácido e pouco úmido em minha vagina, e pela forma como logo afundava o rosto em meu pescoço. Ele devia estar seriamente intrigado com o que deveriam ser as sensações de uma mulher quando me perguntou se o esperma quando lançado nas paredes da

inha esquecido completamente minhas interrogações infantis sobre o número permitido de maridos. Eu não era mais uma "colecionadora", e os rapazes e as moças que eu via flertando nas festassurpresas (quer dizer, se amassando e beijando até perder o fôlego) com o maior número de pessoas para, no dia seguinte, contar vantagem na es

tinha o rosto um pouco flácido, lábios imensos e cabelos negríssimos. Enfiando sua mão sob meu pulôver, ele percorr

se eu "queria mais". Eu não tinha nenhuma idéia do que ele estava querendo dize

sar de nos reencontrar-mos regularment

preocupada em sair com

r homens com quem as relações fisica

não manifestava nenhum interesse por mim, e o segundo mor

ndré era quase noivo de minha ami

tar apaixonado por uma jovem burguesa capaz de lhe dizer frases poéticas do tipo "v

a ao grupo das mulheres sedutoras e que, conseqüentemente, meu lu

pirar uma saliva cujo gosto é completamente diferente, de a

iras trepadas me deixaram na lembrança um tipo de entorpecime

surpreendida ao descobrir um objeto menor e também mais male

rtencia a uma categoria que eu só reconheceria mais tarde, a dos que, sem ser particularmente grandes, proporcionam à mão uma imediata sensação de consistência, talvez em razão de uma camada cutânea mais densa. Eu aprendia que cada sexo suscitava de minha parte gestos e até comportamentos diferentes. Da mesma maneira que, a cada vez, era necessário adaptar-me a outra epiderme, outra carnadura, outra pilosidade, outra musculatura (não é preciso dize

va, qualquer que fosse seu tamanho); a compleição caracter

olpeando apenas minha bunda a distância, com as mãos sustentando minhas

navam comportamento e corpulência, com uma tendência a beijocar e lamber. Enfim, entrei na vida sexual adulta como uma menina, abismava-me às cega

r daí, o pudor de que meus pais pudessem me imaginar transando tornou- se extremamente intransigente e não me permitiu continuar a suportar a coabitação com eles. Fugi e fui recapturada. Finalmente, deixei de viver definitivamente com eles pa

pessoas (nem todas trepavam, algumas iam apenas para observar), e com um quarto ou um quinto delas eu fazia sexo de várias maneiras:

m a cabeça comprimida contra o volante dos carros, ou aqueles com quem mal tive tempo de tirar a roupa dentro da cabine de um caminhão, e não levar em conta os corpos sem cabeça que se alternavam do lado de fora da porta do carro, sacudindo com mãos loucas cacetes em vários estágios de ereção, enquanto ou

eu conhecia ou reconhecia, o encadeamento e a confusão dos amassos e das trepada

os fechados, reconhecer uma mulher pela doçura de seus lábios, não poderia necessariamente reconhecê-la pelos toques que, eventualmente, podiam ser muito enérgicos. Já aconteceu de me dar conta apena

, várias vezes, por amigos comuns que estavam certos de que, consideran

o regime se intensificou, não somente porque ele me levava a lugares onde eu poderia me entregar a u

e carro na porta Dauphine, até estabelecer contato com os passageiros de outros carros e acabar todos juntos num grande apartamento, e as noitadas organizadas por Éric e seus amigos. Eu preferia o inflexível desenrolar destas úl

idava. Algumas mulheres vestiam-se para a ocasião com roupas transparentes que eu inveJava e, enquanto as pessoas chegavam e se reencontravam tomando

e a iluminação vinha do fundo de uma piscina que ficava diretamente sobre a gruta. Através do fundo de vidro, como em uma imensa tela de televisão, assistíamos a evolução dos corpos que mergulhavam na piscina na parte

ados nas alcovas e, seguindo um ritual informal, tom

amente no homem, não permite a participação de várias pessoas e acaba implicando uma relação mais pessoal entre os parceiros. Deitada, eu podia ser acariciada por muitos homens enquanto um deles, de pé, para aumenta

m muito prazer, principalmente as picas que passeavam na sup

lábios enquanto outra reclamava minha boca do outro lado, roçando em meu

s, às vezes depois de quase quatro horas de atividade, provocada pela preferência de muitos homens em manter as coxas das mulheres muito abertas, para simultaneamente aproveitar a visão e meter mais fundo. Quando consegu

do fundo de um grande sofá, mesmo havendo uma cama imensa que ocupava o centro da sala. Com a cabeça na altura certa, eu podia chupar quem se apresentasse ao mesmo tempo que, apoiada nos braços do

meus parceiros. Aliás, havia sempre filetes de esperma secando no alt

xto de ir ao banheiro, conseguia cair fora do grupo e me lavar A casa de Victor tinha um banheiro com uma luz azulada suficientemente clara sem ser agressiva. Um

ele era mais miúdo do que eu sus

avoir-faire no uso da boca - comentários que eu usufruía melhor ali do que quando estava enterrada no sofá, e ouvia, como se fosse muito longe

empre disposta. E, muitas vezes, apenas refrescada, de pé, as mãos nas bordas do lavabo, ofereci minha vulva à pressão cada vez mais determinada de um sexo que finalmente conseguia ainda dar mais uma bombada. Um dos meus ma

atenção. Se estava cansada ou se a posição se tornava desconfortável, bastava que eu comunicasse, p

eterogênea - também do ponto de vista social - e parece-me que, neste caso, devo ter tido relações com homens mais tímidos ainda que eu. Via poucos rostos, mas cruzei com olhares que me examinavam com uma espécie de expect

a renovação - eu o acompanhava sempre com um pouco de apreensão -, meu prazer era, par

-se um grupo: de ambos os lados de minha cabeça três ou quatro homens se aproximavam para ser chupados, mas eu podia p

o do bulevar de l'Amiral-Bruix, perto da porta Maillot. Depois de algum tempo fui me juntar ao grupo que observava da entrada, por entre as sebes. De um Mini Austin saía uma faixa luminosa bem no meio da avenid

atitudes ordinárias, que, no bosque de Boulogne, ao mesmo tempo, temperam e colocam em relevo os encontros extraordinários. Uma noite em que a porta Dauphine estava quase deserta, vimos contra a luz dos faróis do carro dois homens, muito altos, negros, parados na beira da calçada. Tinham o ar de duas pessoas desgarradas, ou que, num subúrbio desolado, esperam um improvável ônibus. Eles nos levaram a um pequeno quarto perto dali. O cômodo e a cama eram estreitos. Comeram-me um depois do outro. Enquanto um deles me cobria,

gne e sobre o trabalho como cozinheiros. Quando os deixamos, me agradeceram com a

zes do exterior, para freqüentá-lo. Anos após seu fechamento, eu ainda me espantava como uma provinciana quando Eric enumerava o nome das personalidades, arti

tos da liberação sexual e uma cena se passava num clube parecido com o Chez A

distinguir as pernas calçadas com botas qu

icar com elas mesmo não tendo nada sobre o corpo. E mais de uma vez, deitada sobre uma mesa, as exibi da mesma maneira que no fil

que se parecia com os do subúrbio da minha infância. Éric nunca me revelava com antecedência a programação da noite, porque acredito que uma de suas satisfações era a de organizá- la juntamente com as surpresas; era sua maneira de criar condições "romanescas". Aliás, eu fazia o jogo sem nenhuma pergunta. No entanto, quando percebia que já estávamos a caminho, ficava ansiosa tanto ao pensar nos desconhecidos que em breve me obrigariam a despertar de mim mesma, quanto pe

bunda amassada pronta para pegação disfarçada tenham pertencido ao registro de minhas fantasias mais antigas. Não tenho certeza de ter estado

s paredes eram nuas. Naquelas salas não havia cadeiras ou banquetas, não havia nada além

ventre. Cerca de vinte homens podiam se revezar assim durante toda a noite. Esta posição, a mulher deitada de costas, seu púbis na altura do pau do homem apoiado em

da mesa com as duas mãos e, durante muito tempo, fiquei permanentemente com a marca de uma pequena

uma intimação da polícia judiciária. Diante da situação, propusemo-nos a voltar mais tarde e Aimé, com o

azel, em frente do muro alto coberto de reboco claro, que escondia a mansão. Claude e eu tínhamos o hábito de passar na casa de Henri, que ficava no caminho que fazíamos quando voltávamos da visita dominical a nossos pais. Tre

ar pela janela as entrad

os por uma atividade secreta que nem conseguíamos imaginar, mas excitados pela aparência de coisas que nos eram inacessíveis: os carros chiques que paravam diante da p

com ares de aeromoça. Ela exigiu que eu apresentasse a carteira de seguridade social, que eu ev

coisa, uma vez que, diante de uma mulher maior que eu - jamais de um homem - sou, a

"inspetora de trabalho" na entrada era que as pessoas contavam piadas. Uma mulher de pele branca, sem maquiagem, cujos cabelos desfeitos apresentavam

a de um interruptor, porque tínhamos conseguido combinar uma troca de parce

deja de flûtes de champanhe pisou em um fio e reacendeu a luz. Ela

me lembro de termo

pre quis abolir este suspense, mas eu suportava melhor certos rituais do que outros. Achava Armand engraçado: quando todo mundo ainda estava de conversa, ele tinha o hábito de ficar completamente nu (ele dobrava suas roupas com o cuidado de um criado de quarto), era inconveniente por se antecipar apenas alguns m

istinguir os números que são apresentados como prelúdio à verdadeira comédia, para melhor prepará-la, das momices e palhaçadas q

vel que esta crença tenha me abandonado quando comecei a ter relações sexuais. Portanto, sem uma missão a cumprir, sem rumo, descobri ser uma mulher mais passiva, sem outros objetivos a atingir que não fossem os que os outros me oferecessem. Na persecução desses objetiv

sair dos trilhos do que como um guia que sabe onde está o porto. Eu trepava dessa mesma maneira. Como eu era totalmente disponível e não tinha estabelecido um ideal a ser atingido, tant

sadas no bosque de Boulogne em companhia de um dos meus amigos-am

a de outros cômodos, e à medida que avançamos, outras paredes se abrem e se fecham, e se

plar de um devaneio da época em que estava saindo da adolescência. Talvez isto se deva ao fato de que minha memória seja sobretudo visual e que eu me lembre melhor, por exemplo, do Cléopâtre, clube aberto pelos antigos clientes do Chez Aimé, com sua lo

ntinuidade viva de nosso próprio carro. Subíamos a

se aproximam. Éric corre e se interpõe, já que o lugar é exposto e muito iluminado. Volto ao carro e o cortejo dá a partida. Estacionamento na porta de Saint-Cloud: o guarda observa quase quinze carros cheg

, seguida por outras que vão se juntando, até que a fila se torna muito grande e acaba sendo mais prudente limitar o número de participantes. Uma n

almente, após muitas paradas e conciliábulos, sob os degraus de uma quadra de esportes do lado de Vélizy

anobram secamente como um jogo teleguiado. Picadeiro da porta Dauphine: nos co

Boulogne, seis pessoas apertadas em um Renault e dispostas a desistir depois de ter rodado um tempo em vão. Numa das aléias principais, ao vermos dois ou três carros parados no sinal, entramos na fila. Eu, como um pequeno soldado bravo e fanfarrão, em nome dos outros que ficam me esp

a reunir muitos casos ligados ao uso que fiz durante muito tempo do meu ânus, tão regularmente ou, até mesmo, mais do que de minha vagina.

as numerosas lâmpadas iluminando o nível d

orgulhosa ao descobrir que tamanho não constitui um obstáculo. O número também não. Por alguma razão - período de ovulação? blenorragia? - aconteceu de só haver penetração em meu cu, em uma suruba onde havia uma multidão. Vejo-me ao pé de uma escada estreita, na rua Quincampoix, hesitante antes de decidir se ia subir. Claude e eu havíamos conseguido o endereço,

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