Perdida em seu toque
cuto sua voz ao longe, mas minhas pe
me pegar..." Pen
posso parar agora. Para me salvar pulei do carro assim que o semáforo se fec
deixando-me entrar, ele encara meu rosto machucado, mas permanece em silêncio. Abai
steja mais calmo. Deveria tê-lo avisado que ficaria até mais tarde na casa d
ação acelerado e me recompon
to no mesmo instante. Encaro meus dedos cortados e não consigo evitar a agonia causada p
pagar os vestígios do passado; suspiro, na esperança de convencer a minha mente que agora e
o. O cheiro da chuva é inerente, criando um clima agradável, noto div
sentir as primeiras gotículas de água adentrar pela janelinha do ônibus. Fecho meus olhos cans
o sentir mais uma vez o ardume percorrer pela pele. Lágrimas se formam em meus olhos, mas enxugo-as com a palma da mão. Luto para qu
uma barreira dentro da minha mente para não desapontar quem eu mais amo nessa vida, ma
uestiono o motivo que me liga a este homem. Infelizmente sei da resposta, ainda amo o Leonardo
e amo meu marido e faria tudo por ele, mas as vezes penso a
s dias que isso é uma fase, mas as vezes é difícil manter o controle o tempo todo, quando menos espero me pego chorando baix
a desse homem que prometeu diante do altar me proteger e zelar por nosso amor, mas agora
ia, fecho meus olhos lembrando-me vividamente da primeira pancada recebida
de 2015 - Segund
stada e observo a escuridão na sala, viro a cabeça e encontro Leonardo dormindo n
tes as primeiras gotas tocarem o vidro, a chuva é algo que sem
r um banho, atravesso a porta sanfonada do banheiro, ligo uma música em meu celular e tiro as roupas. Fecho meus olhos e mergul
rinária na USP, sinto um frio na barriga só de imaginar a conversa que preciso iniciar com Léo, ele que nunca foi fã
um instante do que me aflige, estendo meu braço e desligo a música ao ouvir a voz do meu
e Leonardo entra no ba
os. - Achou que poderia esconder algo assim? - Grita deslig
- Me justifico, mas e
anto ir para faculdade que me enganou. - Ele me arrasta
isso.... Vamos conversar! - I
o bate minha cabeça no piso azulejado e minha visão fica embaçada. Leonardo
nibus e caminho até a frente do condomínio do meu amigo Victor. As gotas grossas de chuva atingem m
s me entrega a chave reserva para subir. Preciso permanecer aqui até que as coisas se acalmem ent
co de São Paulo e aceitou sem perguntar. Quando descobri, ele me disse que poderia fazer o curso, desde que fosse apenas um hobby, essa
para comprar um apartamento em Pinheiros onde era o polo do banco, quando vi, já estava com os papéis assinados, c
ele não aceitava meus sonhos, porém apesar de sua relutância eu decidi me matricular na universidade as
o as árvores baterem nas janelas, enunciando a tempestade que está lá fora. O conforto dever
ro refúgio sempre quando sinto q
estar aqui. Caminho até a cozinha já conhecida e abro a geladeira, apanho uma garrafa d'água e dou um grand
o, por mais que queira não mostrar meu
sgraçado não tem jeito.... Já falamos mil vezes para você denunciar ele Sá! Mas não importa o que o Rafa e eu
é mesmo? - Sorrio, esquecendo por um segundo o que me abala. - Sim, estou aqui.
passadas lá, estou terminando uma sessão de fotos e daqui uma hora nós iremos te levar para sair,
muito cansada para sair, mas podemos pedir uma pizza e ass
mos começar a pensar na sua viagem, amiga! Ela será fantástica e quem sabe você não encontra seu verdadeiro pr
dade. - Digo rindo. - Mas acei
o de fotos. Ah e nem pense em desistir de viajar por causa do Leonardo hei
ir para o Canadá por um semestre para realizar pesquisas e, além disso, verei se ness
ida ao lado dos seus melhores amigos aqui, você é um mulherão e se esconde atrás dos livros, com seus olhos azuis
o simples como você diz, eu te
u lado, logo mais conseguirei fazer você cortar esse cabelão moreno, mas enfim, isso são coisas que vão mudando com o tempo, não é? Tchau gata, até daqui a pouc
espalhados pelo meu corpo e o sangue causado das feridas mais cedo. Um sentimento de vergonha me atinge em cheio, coloco a mão
esse ponto. Deveria ter terminado desde o primeiro golpe, mas ele sempre soube como mex
meu corpo acariciando os hematomas dados de presente por Le
rosto do Léo expressa prazer, grito para ele parar, mas ele continua
meu couro cabeludo. O desespero me apanha e, sem perceber, as lágrimas já estão escorren
stá limpo e o sol brilha novamente, como se não houvesse caído uma gota d'água. Essa é uma das características de São Paulo, as quatro estações do an
aio do quarto, dou de cara com meus dois melhores ami
- Rafael arqueia as sobrancelh
ó isso. - Minto par
da, e se aproxima, ele segura meus braços, e fico brava ao ser pega de surpresa, ele levanta a manga da blusa, deixando à mo
bar te matando? Estamos do seu lado, mas não posso te ver se matando aos poucos, sabe que você tem a le
cê quer cair nesses números? O Leonardo é perigoso e cada dia que passa você entre
ar de assunto! - Digo com a voz firme, mas por dentro me sinto despedaçada por ser tão idiota. - Como cheg
balho como modelo está rendendo, meu empresário diz que minha "cor" albina se destaca na câmera e todos ficam encantados comigo, acredita que o sem noção acha que é minha "cor", como ele denomina, é que faz o meu
go de ser, ele tem sorte de querer trabalhar com ele
e é você que me coloca para cima,
m sorriso e me concentro para manter o foco nessa conversa, sei que no
ui, quero falar da sua viagem! Já sabe onde vai ficar
os, vou ficar em um pequeno apartamento estudantil com outros bras
os, imagina se você encontra um brasileiro
com os problemas, ainda tenho
inar, seu marido é um completo babaca, você nutre um relacionamento abusivo e não pe
isso porque nunca gostou do Léo, desde
á e me jogo com o
sse cara sempre foi uma pedra no sapato, com seu ciúme possessivo e sua paranoia, l
a que ele não te batesse? - Victor diz com nojo em seu olhar. - Aquele troglodita deveria estar atrás das grad
uspiro sem acreditar em
ão prioriza suas necessidades, se abalar o mundo dele, as coisas mudam de figura e crei
om ar de
não vale. - Termin
m desconto. - Victor pisca para mim e coloca meu filme preferido de comédia, "As branquelas". Deitada no sofá, com os o
ambiente ao redor, confusa. Ser
aricio o móvel para sentir se isso é real, e inspiro profundamente
parede. Surpreendo-me com meus cabelos ordenados por uma trança delicada, dando forma ao m
vando algumas pinturas espalhadas nas paredes, me aproximo da
terrompidos por algumas batidas na porta, e antes que faça qualquer coisa, v
uagem. - A garota de olhos castanhos escuros faz uma
nhuma "Sra. Mardell" por aqui. - Digo com um tom assustado, fazend
has rubras, mas antes que tenha a chance de responder, somos interromp
. O vestido verde escuro balão se contrasta com o corselete que se alinha ao meu busto. Encaro tudo isso ainda perdida, mas quando
la estará a caminho da carruagem. - Os olhos cor de avelã do rapaz me f
em ao menos saber o porquê. Meu coração acelera por um segundo quando ele passa seu pole
acontecendo comigo. Somos atraídos como um magnetismo indescritível, e por um segundo pressinto que nossos corpos já se conhecem. Uma corrente de elet
uço a jovem dizer. Ela se r
ti-me ludibriado quando descobri que esta
Minha cabeça se aconchega em seu peitoral e fecho os olhos sentindo-me completa pela primeira vez,
o silêncio entre nós, permanecemos conectados. Levanto a cabeça e encosto meus lábios sob
lugar. - Digo sem pestanejar,
rápido antes que ele apareça. -Ele se afasta e entrelaça seus dedos aos
escer a cada segundo. Não consigo compreender tudo o que está acontecendo a
os ficar, o que está havendo? E
o canto da sala, escondendo-nos ele faz
condidos, tudo ficará bem se ficarmos
a meu corpo se comprime. A onda de medo esmaga meu peito e me solto do
paralisada ao ver outro homem de cabelos negros e olho
- Os olhos do homem de cabelos negros enchem-se de fú
compreensão, meu irmão, não precisamos terminar assim. - Ouço tudo em
, jamais a deixarei ir. - Ele aponta a arma em direção ao meu
eternidade. - Sinto os lábios de Ramonn selarem os meus e no segund
ala que senti atingir o meu coração. O vazio me invade e não consigo conter as lágrimas que teimam
mãos acariciam meu cabelo, choro desesperadamente, sentindo-me pe
rando-me ao meu amigo. - Foi bem mais fo