Perdida em seu toque
de em minha face. Penso em como seria o meu pequeno. Volto-me para o quarto, pronta para me restabelecer fora daqui. Passei três
rer nas mãos daquele animal, mas chegou o momento de partir. C
em um relacionamento abominável, onde era consumida em silêncio por um abismo profundo, mas agora sinto a tran
machuque mais. Coloco minha mão sobre a barriga e meu peito se aperta por um instante, mas
stinadas à nossa vida. Transformações como essa nos faz sentir desconfortáv
iso prévio e me observa. - Sei que será difícil s
olícia está lá fo
pediu. - Ele apanha
am dos meus ferimentos, sem eles não conseguiria me manter em pé. Cruzo a recepção e observo
prestar queixa. - Um homem alto e moreno com os dentes branqu
orque não o deixei entrar no momento das visitas, mas depois do que soube não poderia ficar mais perto dele. Ter um filho nunca esteve em meus
frágil crescendo aqui dentro. Observo meu reflexo nos vidros da porta da viatura e noto o meu rosto pálido
eocupação é visível. Lembro-me da nossa conversa anterior quando ele me questionou se realmente estava disposta a p
icial nos avisa e balanço a cabeç
u lado e você conseguirá reco
coração saltando pela boca. Esse é o momento de mostrar a todos quem é o verdadeiro marido doce e gentil que tenho. Lembro-me de todos aprova
amigo pergunta, ainda
nta! - Respondo-o e
uentado e as outras estavam sentadas nos telefones, provavelmente acalmando outra vítima. Paro em frente a uma mulher alta e negra com os tr
favor. - Ela sorri apontando para uma cadeira, sento-me em silêncio e ela me a
ssa situação. Ela me observa como se estivesse lendo m
de ajuda e quero que você saiba que não está sozi
lanço a cabeça em negativa. - Como o
s, mas cabe a nós mudarmos nosso caminh
- Questiono-a pensan
ordem de restrição valerá, caso ele quebre esse limite ele
a. Nesse momento sinto por um segundo que tudo está começando a se encaix
orri e me entrega seu cartão. - E isso é um presente par
m um abraço repentino da mulher. Por um momento parece que ela já sentiu a mesma dor que eu e agora acredito
s agressões verbais, físicas, patrimoniais e sexuais, mas tudo mudou quando acordei naquela cama de hospital com o rosto machucado. Depois da notí
elada do divórcio? - Vic
prego novo agora e ele não tem onde morar. Não posso ser a c
xpressão de revolta. - Você não deve nada a ele, pare de tentar ser a
ainda, afinal temos uma história. - Exponho minha opiniã
quero que esse fim chegue de uma for
ma... - Fecho a cara, irritada
gado na sua casa, essas horas você est
você venceu... - S
le faz uma careta. - Pelo menos fique n
fugitiva da minh
le suspira engatando o carro. - Enfim, onde posso deixar a
falei? Estou curiosa para descob
is algum? - In
visões do passado, porque cada vez que os tenho, sinto mais familiariz
direção e começamos a rir. - Bom, vale investigar tudo is
ão? Mas se isso for verdade, por qu
iga... precisamos consultar todas
o medo de descobrir algo terr
ar isso juntos, não
tra tem significado nesse momento. Um sorriso invade minha face ao lembrar a tradução da m
inside my head/ I'm fired up and tired o
meu amigo me encara co
- Ele brinca comigo e dou
r sarro. - Faç
ndo sincero, Sá! Me
izemos aula junto
queno trecho. - Ele pede com jeito, e com
stou pensando/ Estou irritado e cansado d
mãos sobre o volante. - Lembra na época d
ndo fiz curso técnico de auxiliar
e tivesse investido em sua voz, hoje ser
as uma passa
rvar a entrada do Museu Nacional de São Paulo. - Ele imita a
to mesmo, hein! -
! - Ele beija a minha bochech
is, além disso tem uma sessão d
om uma criança e acabamos caindo na gargalhada. - Tudo bem, mocinha, vou te deixar aqui, mas não
amigo. - Abraço-o me despedindo. Fecho a por
eu coração se agitarem e percebo que devo estar no caminho certo. Cruzo os corredores evitando o agl
Safira, se
a de escape. Observo ao meu redor toda a exposição e, aparentemente, nada aqui se remete aos meus sonhos. F
íveis aqui. Nunca pensei que o Brasil tivesse passado por tantas batalhas em busca da independência. Tend
l convocação. Meus olhos criam um brilho único e sinto como uma criança que acaba de ganhar um presente. Vislumb
m minhas visões do passado, mas de repente sinto uma pressão invadir a minha cabeça. De
e do museu. Observo o grande salão à minha frente e
mas a melhor parte de reviver esse passado é poder me encontrar com o Ramon. Esse homem me faz perder o fôlego
ndo-a sobre a luva. Sinto um arrepio cruzar a minha espinha e s
l vocês ainda não estão casados. - O senhor parrudo se pronuncia e sinto um certo a
apaz jovial da minha visão anterior aparece de rep
- Edgar diz mostrando-me uma caixinha de madeira e ao abri-la me surpreend
sem perceber o meu futuro marido já
meu amor por você,
s se vocês nos derem licença... - O rapaz que se
que, aproveitem a festa. - O senhor
fesso a ele, porque sinto que pos
nosso pai que cuidaria de você me
sclarecer esse acordo? - Pergunto confusa e
relacionado aos seus encontros escondidos com o Ramon? -
? - Arregalo os
lhares. Peço somente que tome cuidado, essa família sal
me manifestar tudo a minha volta torn
buraco. Como em Alice no país das Maravilhas, mas nada tão mágico como encontrar
espécie de quarto, refaço meus passos para descobrir como vim parar
ça loira se aproxima e forço a me levantar,
acordou? - Perg
s sessões no museu e desmaiou.
eado algo que me fez voltar par
Analiso aquele remédio um pouco receosa. Nunca bebo nada que não conheço as propriedades quí
ntrou? - Quest
mo instante para enfermaria, na verdade esse homem está ali
lamos desde quando sai do hospital. Balanço a cabeça em negativa tentando dissipar meus medos. Em silêncio aponto para a porta e a enfermeira entend
into zonza e sei que o mais prudente é esperar essa tontura passar. De repente
colados loiro escuros, olhos cor de avelã, traços, altura, são familiares, como já ti
em, analisando cada detalhe da sua face e perco a cor no mesmo segundo. Me esforço para assimilar toda essa situação e
iado em saber que agora a senhorita está bem. - Sua voz
o demonstra surpresa e um sorr
le diz com um tom gentil, e me impre
oincidência! - Exclamo, impress
tece por algum motivo. - Seus olhos são atenc
teceria. Agora já está virando um padrão! - Experimento fa
- Volto-me para a mulher que est
isa ir ao médico realizar e
da cama. - Foi um prazer revê-lo, Ol
meu nome e cesso meus passos. Olho em sua direção, o obse
poderia ter me
to penso o quanto minha vida daria uma bela novela das nove. Observo o rapaz par
te ofendido. - Seus olhos transparecem
o que no nosso último encontro você estava fazendo uma pesquisa de história e não quero atrapalhar você....
caída no chão e não pude deixar de ajudá-la. Bom, não irei mais ocupar seu tem
me conter não consigo. Caminho a passos largos para p
ou fazendo? Mal c
levada pelas minhas emoções duvidosas. E não cesso meus passos, qua
foco, tirar os pensamentos tristes e colocar experiências novas, criando outras amizades. Preciso
ele e no mesmo instante o v
á tud
cachorro quente do Brasil? - Indago curiosa e
ade não,
me ajudou duas vezes... poderi
za, senhori
fira! E sim, tenho certeza, podemos nos e
, senhorita... Mend... Safira. -
o dele e volto minha atenção p