SOMOS AQUELES QUE NÃO EXISTEM
estava alto demais e que seu batimento cardíaco estava irregular. Sugeriu uma série de coisas que ela poderia
úde. Preciso de um homem que não se
lhe feito fez o clima do lugar alguns graus mais frio. Ou era sua presença, que parecia causar aquele efeito. Finalmente, ele encarou o homenzinho mais uma vez. O fazendeiro começava a perder o interes
- o comerciante se adiantou a frente do homem de
gasmo imaginando o quanto poderia faturar. Não permitiu que o
migo? – o maior deles encarou o pequeno ins
se contorceu, como inseto frente
tro animais rápidos e domados, e
arregalou os olhos pela primeira vez ao ouvir o fazendeiro se i
gente arrogante – o homem dentro das botas de lagarto o encar
? – O velho fazendeiro puxou ar para os pulmões d
amentais do que parecem. Mas posso lhe oferecer bons animais na fazenda amanhã de manhã – o homem da capa abriu
omens e se aproximou dos animais presos a frente. Levantou a mão devagar para que os lagartos pudessem vê-lo claramente. Os animais o encararam por alguns instantes para então baixarem a c
stes bichos desgraçados aceit
nito não fosse pela sensação de ameaça que parecia cercá-lo por onde quer que estivesse, se mostraram claramente mais uma vez. Isso não
deles – o fazendeiro meneou a cabeç
rriso característico. Os olhos do homem ficaram mais finos e continuavam completamente negros. Não cinza ou verdes ou violeta como a maioria das pessoas costumava ter. Eram negros, perfeit
er um pouco inexplicavelmente. Não sabiam dizer por q
- o comerciante inseto mais uma vez tomou a frente
cê em algumas horas – os olhos negros pularam
dentes de todas as pessoas que existiam no planeta desde a muitos séculos, par
eles - vou estar na hospedaria hoje durante o resto do dia e noite – ele jog
. Então parou a frente do ajudante. Nada disse por um mo
itos surgiram mais uma vez. O rapaz, que tinha quase a mesma altura do homem, e mesmo sendo basta
radeço,
em – o rapaz pareceu ficar sem jeito. Os olhos negros se desligaram dos
azer, já que não vai me vender seus lagartos. Não acha? – aquele sorriso causava uma estranha
a boa ideia um homem comprometido ficar de conversa fiada em um bar, seja com quem for -os olh
sas na cidade... – ainda pareci
ar encarando um homem de cada vez para então tomar seu rumo pela rua vermelha empoei
nho lagartos para providenciar para um cliente importante. Se não
Não é verdade? – o inseto encarou o fazendeiro que deu de
que já vi o bastante por hoje
eu no ombro do mais jovem
mos mais o que fazer – o comerc
– o fazendeiro o encarou, agora
bocado cur
s coisas ainda existissem, os humanos seriam como cupins infestando uma estrutura com a metade da massa da Lua, flutuando no espaço entre o planeta Terra e seu satélite natural, exatamente como as pessoas a viam com um certo rancor, quando tinham de desviar seu caminho para que ela c
, tomou o seu lugar na fila que caminhava do lado interno da calçada e seguiu a direção do grupo apressado que andava praticamente na mesma velocidade. Seus cabelos vermelhos brilhavam sob aquele sol sobre suas cabeças. Segundo o controle ambiental ainda teriam mais duas semanas daquele calor infernal de trinta graus que muitas pessoas gostavam tanto. Não podia entender como podiam gostar daquilo. Usar roupas leves, transpirar nas axilas. Era o mais perto do inferno que alguém poderia querer chegar. O murmuro de vozes e resmungos a fez despertar. Levantou os olhos e viu que alguma coisa acontecera na fila que seguia em direção contrataria a que seguia. Olhou para frente e deparou-se com olhos um pouco esbugalhados, nada elegantes, lhe encarando a três ou quatro passos. Estacou e deu um passo para o centro das filas que seguiam evitando aumentar aquele tumulto que se formara. O par de olhos pertencia a um h
passivo-agressivos que usava quando queria s
u da fila e entrou quando as portas se abriram. O ambiente interno era mais fresco e o chão revestido com uma, provável, imitação de mármore negra. O que deixava o lugar em total contraste com o ambiente externo. Muito claro e barulhento com gente andando e falando o tempo todo. Um balcão de recepção ficava a fr
a outra – tenho uma entrevista mar
sse a sorridente
uza
funcionária cons
ostaria de esperar? – Suzana pensou
Cl
u para uma porta que se abriu devagar – vo
ras de espera ali não eram assim tão longas. Talvez porque chegara a conclusão de que aquela era sua última tentativa e parecia começar a se conformar com seu destino. Não lhe restaria muito mais tempo, ou créditos, antes de receber a visita de um controlador de habitação. Se não saísse daquele lugar empregada. As chances eram de que estava tudo acabado. Ficou lá, sentada, pelo que pareceu uma ou duas décadas, apesar da música e do ambiente tão calmante.
uilo poderia ser inoportuno para a r
oblema – a atendente de
na próxima segunda as dez da manhã. G
om outra pessoa? – a recepc
reunião com ele – ela falou como se
plices – acho que deveria marcar a reunião.
– claro. Vou deixar marc
que seus créditos estavam abaixo do padrão para o nível em que morava a dois dias. Teria mais quinze dias para registrar uma entrada de créditos em sua conta pessoal, ou projeção bastante con
sua bunda contra o piso brilhante criou uma pontada de dor lancinant