A Última Górgona - Livro 1
unca ficava em casa, porque as suas amantes lá fora eram muito mais importantes que a sua filha e a sua esposa. Era tão maravilhoso não o ter por perto, pois
ava esq
ente que assolava o meu corpo. A preguiça impedia a minha locomoção. Sou uma garota de dezessete anos, na flor da idad
eber que eu ainda continuava sonolenta da noite mal dormida. Entrei no banheiro, tomei banho e escovei meus dentes que estavam mais amarelados que implantes de ouro, vesti a farda da escola que estava pronta
o dia de aula do terceiro ano e sendo sincera, não preciso de maquiagem, pois a minha aparência já passa a impressão que estou, ou melhor, me sinto maquiada, pois a minha pele branca é quase
á na mesa - minha mãe disse
- respondi
mesa, e poder tomar meu café normalmente, olhei o reló
o dia de aula? - perguntou empolgada, pa
ama, mas fazer o que, né? - lamentei apoia
quase me fez rir dos seus grandes olhos arregalados, tentou re
de destilar euforia, o que me deixou agradecida. Não aguento
perguntei por mero hábit
isse, recuperando todos os traço
estado traumático. Mas naquele momento ela parecia viv
a cadeira para seguir em direção a porta, parando apenas por um instante - Aliás, não. Quando ele apa
rimeiro dia de aul
ntidade razoável de pessoas sentadas na frente, fui para o fundão do veículo onde ainda havia alguns lugares vazios. Sentei na antepenúltima cadeira da fileira esquerda, peguei meus fones de ouvido e
fato de eu ser novata ou se havia algo realmente estranho em mim, não sei. Quanto mais caminhava, mais as pessoas encaravam, acho que fiz uma merda muito grande na minha maquiagem, era a única
retoria para receber o plano de aula e pudesse ir p
porta marrom com o let
so entrar? - bati na por
isse a diretora se
aluna do terceiro ano, que
ista que estava em cima da sua mesa - Sua sala
não me perguntasse nem lem
para você - garantiu, me e
a - saí da sala
ela me informou, 13B quase no último andar, sério, odeio escadas. Cadê o elevador? Tr
fessora de português. - disse a professora sentada à m
essora - respon
até ficar de frente para os alunos - Classe, essa é Martina
todos disseram tão d
ue isso é quando nos fazem se apresentar.
à vontade - disse
teza serem ao meu respeito, afinal eu era a novidade daquele colégio. Fingir não escutar e ten
mais três aulas, estava esgotada, precisava comer e como música aos meus ouvidos ou
i que estou sem armário, mas a diretora prometeu que arrumaria um para mim. Sinto do nada um
has coisas, se quiser, é claro - sugeriu ele,
, nem me conhece e pare
nerd, o que fazia jus já que pela cara parecia ser mega inteligente. Acho que será bom fazer amiza
e, entregando a
perguntou enquanto ajeitava
ndo com os olhos
- Riu gra
itamente. Espero que a diretora não demore muito para me dar um armário, não me
m garoto que não parava de me olhar, parecia me encarar com segundas intenções, deve estar atraído pela minha maquiagem horrorosa. Eu não vestia nada demais para chama
ue ele está v
lhares eram para mim. Peguei minha bandeja e coloquei em cima da mesa self-service de alumínio e caminhei para sentar na única
eu nesse
a por aqui? - El
aula - digo, recolhendo as mi
é o s
ina e
gesto de cavalheirismo que automaticam
e dá de ombros mostrando que escutou, o que
mas me fala o que voc
to de assisti
- Ele me i
curto muito, gosto de histórias
sorriu. - Já assisti
Não curto séries macabras, na verdade, eu estou term
os próprios pulsos numa banheira menos macabra que a série de
banheira tem um contexto mais interessante que um bando de mo
ê tenha razã
ão - repliquei, olhan
seria difícil ganhar de mim nos argumentos. Minha mãe costuma dizer que n
ontinuou se mostrando ainda ma
sto de mitologia grega - falo, arranc
um fenômeno! - bri
u adoro
a começar a cantar alto sem se importar com atenção que estava trazendo, um grande louco, óbvio, mas a música "Always" do Bon
e me incentivou pe
a day - não resistir para só en
avam quentes, agora quase frios e intocáveis nos pratos. Fiquei um bom tempo admirando aquele garoto à minha frente. Rodrigo é moreno, tem um sor
ele é um s
azul hortênsia de mim, enquanto comia seu misto quase frio. Eu tentava disf
na cadeira com um controle aumentando o volume para assistir o jornal. Aquil
sta invadiu a ca
. Os documentos encontrados no local identificaram a possível
estavam vendo e os meus ouvidos escutaram. Pouco a pouco a mi
ndo?", era só o que
o sanitário que avistei pela frente. Era meu pai que estava sendo noticiado na TV. A sua documentação estava bem nitidamente estampada na tela, era o meu maldito pai. Eu não conseguia compreender as minhas reações. Era para eu es
ue aconteceu? - disse se abaixando para ficar na minha altura, o abracei e me escondi em seu peito chorand
... era do meu p... pai -
ixarei você sozinha, tá bom? - ele prom
açou bem forte e sem deixar de acariciar minha nuca seguido de um beijo na test
já sabe - Me levantei com dificuldades do chão devido à tontura que ha
ra casa se preferir
cê deve estar cheio de problemas, não q
ara casa nesse estado. Vem, eu te levo - Ele i
edir permissão para ir embora, expliquei toda a situação, ela entendeu e assinou a minha liberação, mas não antes de me d
a ao meu lado não era um simples garoto e, sim, um filhinho de papaizinho riquíssimo. Nada disse a respeito, naquele momento o que me importava era chegar em casa às pressas. Agilizei meus passos enquanto Rodrig
a o momento. Quando cheguei na minha casa com Rodrigo notei que o clima estava incomum, minha mãe se encontrava sentada no sof
stá? - Rafael me encheu de perguntas enquanto vin
ou bem –
de Rodrigo ao meu lado, po
me apresen
que conheci na escola e Rodrigo, e
se cumprimentar
tei ao notar o estado melancóli
eage, não fala nada, não
uei, analisando a melhor
ce que foi um assassinato - resumiu aflito, sabia que
alguma reação. Nesse momento eu não conseguia sentir dó com a morte
don... a camp
o - Rafael disse, in
com o Rafael, a conversa foi curta. Rafael fechou a porta e em suas mãos segurava uma p
é isso? - enchi Rafael de perguntas, tudo
e assassinado, eles também disseram que Saulo estava com uma... puta, na noite em
ente, principalmente para minha mãe, mas não esperava nada menos daquele traste
lar a informação de Rafael, começou a gritar desesperadamente, se lam
? - b