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A Última Górgona - Livro 1

Capítulo 2 O Velório

Palavras: 3978    |    Lançado em: 16/08/2023

afael gritou desesperado - Pr

da sua cabeça estava escorrendo uma quantidade leve de sangue, o que não me

apalpava a cabeça dela na tentativa de estancar, p

é ótimo, ele vai cuidar dela - Rodrigo sugeriu já erguendo o corpo i

iro para pagar um médico - expli

do - disse num tom delicado - O im

em mãos e a ajeitei nas minhas pernas, esperando Rodrigo terminar de colocar a minha mãe deitada com a cabeça ensanguentada no

te e me concentro em segurar a

per o silêncio tenso que envolvia todo carro e também

ele respondeu tentando me acalmar, seu

esde que eu lembre. Então nunca será uma surpresa vê-lo por perto. O observo no banco do carona, sua atenção está no relógio em seu pulso, cujos dedo

perguntou, dividindo sua

o com toda essa situação - respondeu

bem mesmo? - ins

eocupe, está tudo bem, minha princesa - Ele tenta me tranquil

ive já chegou até a acusar minha mãe de ser infiel, como se ele tivesse alguma moral para acusá-la. Mas o que esperar do meu pai

rabalhava. O carro foi estacionado na entrada, Rodrigo sai

uipe para vim pegá-la - disse calmo - Fique aqui com elas, volto num inst

a, ouço minha mãe pronunciar palavras aleatórias indicando que estar começando a delirar em meu colo, eu não sabia mais o que fazer, a cabeça dela ainda sangrava

para Rafael, que me entregou sem en

ara limpar o excesso de sangue em quase toda a região e, em seguida, coloquei a outra parte com a ajuda de Rafael por cima do ferimento para assim, estancar

Deus! - agradeci

doutor aos enfermeiros -

ondi, tentando me manter f

do carro e a colocaram na maca, e

você é parent

, sou

a mãe enquanto tentamos conter a hemorragia do corte,

rando ternamente aliviada por vê que

ãe está em melhores mãos ag

os do velório do meu papai, m

resolver as coisas do velório - Rafael se dispô

sem jeito, Rafael sempre foi um ótimo ami

afirmou, bagunçando o meu cabelo

ajudar - Rodrigo se ofere

stranha e você me ajudou. Muito obrigada... mesmo de coração. Prometo que vou te devolver todo

conhecer, faria até mais se tivesse ao meu alcance - disse com uma voz doce e

do. Darei o meu jeito, mas vou te pagar.

sa assim, sério? - questionou

para ele com outros olhos, um olhar mais intenso, sere

gora. Deixem para se paquerar depois, beleza? - Rafael disse, saindo em

, acompanharei noss

i - A voz do dout

nto a trouxeram para um quarto chiquérrimo e a colocaram na c

ra vim aqui! - O doutor dispensou os enferme

utor pediu para aguardarmos e, em seguida, fechou a porta, aquilo me deixou mais ansiosa, sem saber de nada, sem ficar po

as para eu escutar - A parte mais com

, tinha a cabeça apoiada entre os joelhos, parecia muito abatido, sabia como era di

era como um pai para mim e constata o q

oração começou a palpitar de ansiedade. Mordi a parte inferior dos lábios

ficar enjoado - Rodrigo disse ao se levantar da poltron

oriano sai do quarto com a enfermeira.

rmeira Vera ao notar a nossa

dissemos e

or, como est

penas um corte devido à pancada que levou, mas faremos

ospital. Nunca gostei de hospitais, tanta gente transitando para lá e para cá e, ainda tem a morte do meu pai e as

u até depois de morto. Rafael permaneceu no hospital com a minha mãe. Ela havia recebido os curativos, estava bem e desca

o começou a tocar no meu rosto delicadamente, enquanto me chamava. Abro os olhos encontrando um belo par

lin

o prazer - lamentou - Martina Leoni, foi um prazer te conhecer! -

ria ter te conheci

mas você não parece estar triste com a morte do s

mamãe. Pelas inúmeras agressões físicas e psicológicas que ele fez com ela, pelas inúmeras traições que ela teve que suportar, por tudo o que ele significava para nós duas. E o pior de tudo é que e

cou sua mão no meu queixo e delicadamente levantou

. - E acredito que nem nas outras vidas haverá alguém tão linda como você. - disse ao deslizar o dedo no

r, vai me beijar!

é o momento, o meu pai está morto, a minha mãe está no hospital e

ê daquele momento parecer tão errado, passando as mãos nos cabelos negros, a

ao destrancar a maçaneta

voz suave me faz parar e

a por tudo! - agr

aior prazer. - deu um enorme sorriso, mostra

quelas palavras me encantaram e a sua forma doce ao se dirigir a mim, f

ou não, foi um verdadeiro anjo nessas horas tão difíceis. Aquele garoto me atraia de uma forma inexplicável, ele conseguia me deixar por um bom tempo irradiando felicidade. Contudo, a sua pre

o quis vestir roupa preta. Porque não sinto que devo estar de luto e, sim, vejo toda essa situação com um verdadeiro livramento. Então, estou vestindo um belo vestido rosa c

o de hip

toda essa gente e sei que era totalmente recíproco. Quando me viram no vestido rosa godê, a cara feia que eles fizeram deixava bem claro que nunca pertenci aquela famí

caixão estava lacrado, impossibilitando derramar todo o meu descaso olhando em sua face.

stá lacrado? - perguntei ao c

filha - A minha avó respondeu com uma vozinha rouca e sinistra, os seus olhos est

ro

mãe - que por volta das nove horas da noite -, chegou com Rafael do hospital. O teatro começou no momento que a viram, ao descer do carro os meus

não aguentava mais ver tanto cinismo e dissimulação, então me retirei da sala, indo à cozinha tomar um copo d'água. Toda aquela sit

cheia de choros e lamúria

fael ainda consolava a minha mãe, que estava tendo mai

mbros e assim fomos para o último adeus. Várias pessoas conhecidas do meu pai estavam chorosas, um verda

niciava com as diretrizes e as homenagen

ipês adornavam o lugar, as suas flores multicoloridas banhavam a grama verde em rosas, amarelos e

o exemplar dentro da nossa casa. Uma vez meu pai entrou em casa bêbado, bagunçado, fedendo a cachaça e agarrado a uma prostituta. Tudo isso na frente da minha mãe sem nenhum pingo de respeito ou responsabilidade afe

sua boca tinha um corte - que havia sujado toda sua blusa de sangue - e, em seguida, levou a puta para o quarto do casal. Quarto esse, onde ele dormia com a minha mãe e se

pai. Sinto alguém se aproximar por trás, mas não me movo. A mão forte tocar em meu ombro, o que me faz virar automaticamente - era Rodrigo -, estava de óculos escuro, terno preto e segurava na mão esquer

e veio fa

mochila que você deixou como Herbe

i gentil em guardar minha mochila - Ah, sim! Nem nos

to que está tudo intacto. Mas veja aí?

Como você me achou? - indague

ndolências ao seu pai - debochou - Espero que não tenha realizado nenhuma loucura

arriscar ir para o inferno como uma excomungada - admiti ao

ntos - Como está a Dona Pilar? - Ele perguntou ao ver a minha

ço, mas ela é forte, então sem ter mais dúvidas afirmei: - Ela ficará bem, tenha certeza d

pontando com os olhos o fato de eu não estar vestida apropriadamente para o luto - Por que a gente não ter

o descompassa e os meus olhos recaem sob seus lábios - admirando - demonstrando uma imensa vontade de beijá-los. Mas ao e

Porque aqui não é a hora e nem o lugar para isso - tirei sua mão imediatamente

istir - Ele intimou se afastando lentamente. -

m sabe um dia não posso recompensá-lo. Um grito fino ecoa no ambiente chamando a minha atenção, a minha avó tentava agarrava-se

hado de terra, e com todo o ódio e força joguei na sepultura como sinal de revolta. A liberdade em mim brandava forte pela minha mãe

me segurou pelo braço para me repreender quan

i isso? É a sepul

a senhora bem sabe disso! Não farei parte dessa palhaçada! - soltei o me

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1 Capítulo 1 A Pior Notícia 2 Capítulo 2 O Velório3 Capítulo 3 A Rival4 Capítulo 4 O Livro Secreto5 Capítulo 5 Mais Uma Decepção6 Capítulo 6 Don Juan Mitológico7 Capítulo 7 Desonra8 Capítulo 8 Aquele Beijo9 Capítulo 9 A Primeira Vez10 Capítulo 10 O templo De Atena11 Capítulo 11 A Testemunha12 Capítulo 12 Como Nos Livros13 Capítulo 13 A Sombra De Saulo14 Capítulo 14 Triângulo Amoroso15 Capítulo 15 A Entrega De Sentimentos16 Capítulo 16 O Reencontro Com Criptus17 Capítulo 17 O Que É Real 18 Capítulo 18 Dividida Entre Dois Amores19 Capítulo 19 Imaturos20 Capítulo 20 Na Calada Da Noite21 Capítulo 21 Aliança Do Mal22 Capítulo 22 Serpente Fria23 Capítulo 23 As Vantagens De Ser Uma Górgona24 Capítulo 24 Os Parentes25 Capítulo 25 A Serpente Gigante26 Capítulo 26 Armadilha27 Capítulo 27 Não Esperava Isso De Você 28 Capítulo 28 Delírios29 Capítulo 29 O Sequestro De Adazar30 Capítulo 30 Rindo Da Cara Do Perigo31 Capítulo 31 Força e Coragem32 Capítulo 32 O Regate33 Capítulo 33 Mais Que Irmãs... Adelfés34 Capítulo 34 Columbine35 Capítulo 35 Entre A Vida E A Morte36 Capítulo 36 Eu Ainda O Amo 37 Capítulo 37 Perdas Irreparáveis38 Capítulo 38 Segredos Obscuros39 Capítulo 39 Os Algozes40 Capítulo 40 Davania41 Capítulo 41 A Mudança Piorada De Medusa42 Capítulo 42 A Prima Do Exterior43 Capítulo 43 Deixe Que Vire Cinzas44 Capítulo 44 Colapso45 Capítulo 45 O Castigo46 Capítulo 46 Terríveis Lembranças47 Capítulo 47 Festa, Bebedeira E Preconceito48 Capítulo 48 É Sobre Isso, E Não Está Nada Bem49 Capítulo 49 Vale Do Campo50 Capítulo 50 Afrontando Atena51 Capítulo 51 Novas Revelações52 Capítulo 52 Quem Matou Saulo 53 Capítulo 53 Pilar54 Capítulo 54 Ódio Mortal55 Capítulo 55 Lutando Contra Os Sentimentos56 Capítulo 56 Uma Noite Perfeita57 Capítulo 57 A Missão De Perseu58 Capítulo 58 O Acordo59 Capítulo 59 Traição E Morte60 Capítulo 60 Justiça Feita61 Capítulo 61 Garota Sem Medo62 Capítulo 62 O Novo Amor De Amélie63 Capítulo 63 A Paternidade64 Capítulo 64 O Assassino65 Capítulo 65 Depois Da Vida