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Rejeitada pelo CEO

Rejeitada pelo CEO

Gabriela.B

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1.9K
Leituras
5
Capítulo

A vida de Chiara Moreira poderia ser numerada em confusões. A primeira: a atração inevitável pelo chefe. A segunda: em algum momento, deixar-se mergulhar tão a fundo, a ponto de se apaixonar por ele. A terceira: não conseguir superar o sentimento e acabar se declarando. A quarta e pior de todas: aprender a lidar com a rejeição daquele sentimento e mais, as consequências que viriam. Ela apenas aprendeu uma coisa em torno de cada uma delas nunca envolva trabalho com prazer e muito menos, apaixone-se pelo seu chefe.

Capítulo 1 Prólogo

CHIARA

Levei o copo de chope a boca e agradeci por já ser sexta-feira.

- Sextou! - Lana, uma de minhas colegas de trabalho mais

animada falou, ao passar, e sorri em sua direção.

Vi-a seguir dentre as pessoas e parar a frente de seu noivo –

Breno. O CEO da empresa rival da qual trabalhávamos. Nunca

conseguiria entender como eles conseguiam conciliar tal coisa, porém,

era claro, em seus rostos, o quanto estavam apaixonados.

- Pois é, Chia! Sextou! - tentei parecer animada comigo

mesma, e tomei mais um pouco da bebida, buscando forças para não

parecer tão cansada.

A semana foi no mínimo diferente. Um novo chefe, que com toda

certeza, não levava as coisas como Anne Liv Marini, mas aos poucos

sentia que nos ajeitaríamos. Cael Marini, irmão mais velho de minha ex

chefe, que viajou para fora do país. Além do nome diferente e bonito, era

guardado em minha memória, desde que nos vimos pela primeira vez há

quatro anos, como um pecado de terno.

Ele era lindo, o que tornava completamente difícil, manter-me

alheia. Saber me esquivar e disfarçar, principalmente, do quanto o achava

bonito e me atraía, era o que me manteve sã no momento em que Anne

anunciou que passaria a ser a assistente dele. Uma semana se passou, e

felizmente, sobrevivi.

O admirava pela beleza, e naquela semana, comecei a admirá-lo

como profissional. Descobri ainda mais a fundo, o porquê de ele ser o

CEO da empresa, e tinha certeza, que aprenderia muito trabalhando ao

seu lado. Ser assistente executiva e pessoal do CEO, em uma empresa

com a Marini Tecnologia, fez-me sentir ainda mais realizada.

Sorri, sabendo que aquele era um bom dia para comemorar. Não

tinha me perdido completamente, mesmo longe da intimidade que

construí ao lado de Anne Liv. O pensamento positivo desde a segundafeira era que uma nova experiência se iniciou. Apenas conseguia pensar

em toda minha trajetória até ali.

Amava a história que construí. Saindo de uma cidade do interior

de Minas, depois de me dedicar arduamente a passar em uma faculdade

pública em São Paulo – a cidade que sempre sonhei morar. Nunca

consegui entender ou explicar porque queria tanto, porém, depois de

tantos anos vivendo ali, apenas aceitei que minha mente já sabia antes de

mim, onde deveria permanecer.

Era exatamente ali.

- Uma cerveja, por favor.

A voz ao meu lado, fez com que os pelos de meu pescoço se

arrepiassem. Sabia que era a mesma que me elogiou minutos antes, e

mais, começou a se tornar frequente em meu dia a dia.

Virei o olhar devagar e logo, encontrei o azul dos seus. Ele já não

vestia o terno na cor preta, nem mesmo o colete ou gravata. Apenas a

camisa na cor cinza, dobrada até os antebraços. Olhei-o de relance e

forcei um sorriso, tentando disfarçar que ele não me afetava ainda mais

fora da empresa. Quatro anos trabalhando no mesmo lugar, e pela

primeira vez, encontrava-me tão informal ao seu lado. O mundo parecia

conspirar.

Ele é seu chefe, recriminei-me internamente.

- Senhor Marini. - falei, e ele franziu o cenho, negando com a

cabeça, sentando-se no banco ao lado.

- Só Cael, por favor. - Corrigiu-me e assenti, já imaginando

como seria chamá-lo de tal forma. - Posso lhe chamar de Chiara? Digo,

fora do trabalho?

- Claro. - Respondi simplesmente, e voltei a atenção para

bebida.

Talvez aquele fosse o melhor foco.

- Bebendo para compensar a semana? - indagou, e sorri,

assentindo. - Acho que a maioria de nós faz isso.

Levantei o copo em sua direção, e ele sorriu pegando o seu para

brindarmos. Trocamos um simples sorriso, e tentei entender o que aquele

olhar azul mais ameno poderia significar. Só sabia que o simples toque

de seus dedos nos meus, causara-me algo que me fez querer focar apenas

na bebida. Não podia deixar meus pensamentos e ações irem para outro

lado.

Ledo engano.

Mal sabia que acabaria parando diretamente na cama de Cael

Marini naquela noite, e dela, não sairia tão cedo.

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