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Casada com o Turco

Casada com o Turco

Nalva Martins

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Capítulo

Sila Yilmaz nasceu em Antália na Turquia, porém, desde muito cedo ela foi morar com a sua família na Inglaterra. A garota cresceu sem os costumes da sua terra natal. Contudo, antes de morrer, seu pai pediu para o filho mais velho que cuidasse da família e que não permitisse que a sua filha se casasse com alguém que não fosse da sua linhagem. Murat Arslan é o barão do petróleo. Um homem poderoso que perdeu a alegria de viver após a perda da mulher da sua vida. A dor da perda o tornou frio e arrogante e apenas uma pessoa é capaz de amolecer o seu coração. Ali Arslan, seu filho de seis anos. Uma exigência dos seus sócios o levará a um casamento por convivência, mas ele não esperava que a sua esposa fosse jovem demais e falante demais.

Capítulo 1 Prólogo - parte 1

Sila

- Sila, em nome de Deus, onde você estava? - Marli minha melhor amiga desde sempre questiona assim que entro no nosso apartamento.

- Estava vivendo um sonho acordada, Marli - ralho exalando felicidade e sorrio, deixo-me cair no sofá da sala.

- Sonho acordado, o que você fez, garota?

Muitas perguntas e eu tenho as respostas para todas elas. A verdade, é que Marli veio para os EUA para me acompanhar na faculdade e para isso ela escolheu o mesmo curso que eu. Um meio que os meus irmãos Deniz, Sinan e Hakan encontraram de me controlar longe de casa, mas eles não faziam ideia de que Marli seria a minha cúmplice de cada dia.

- Lembra do moreno alto e de semblante marcante do outro lado do balcão? - Ela resfolega, levando uma mão para a sua boca. Meu sorriso se amplia.

- Você não fez o que eu estou pensando que fez?

- Se estiver se referindo a minha virgindade. não, eu não fiz.

- Nossa, que alívio! - Ela leva uma mão para o seu peito, soltando o ar pela boca. Rio do seu alvoroço.

- Mas foi por pouco, porque ele é realmente um homem muito envolvente.

- Espera, você sumiu por três dias com um desconhecido e está me dizendo que não rolou nada?

- Taylor, o nome dele é Taylor Miller e ele é americano. Portanto, ele não era nenhum estranho. E não, não fizemos nada que comprometa a pureza dessa turca aqui. Que coisa mais idiota! - resmungo, soltando uma lufada de ar.

- E eu posso saber como você conseguiu isso? Quer dizer, ele é homem, certo? E você é uma garota linda...

- É bem simples, querida Marli. Eu contei para o Taylor sobre a minha origem e sobre os nossos costumes, e ele respeitou isso. - Ela ergue as sobrancelhas, abrindo a boca completamente surpresa.

- Simples assim?

- Ah, Marli acho que estou apaixonada! - cantarolo completamente fascinada a fazendo abrir um sorriso languido.

- Como pode estar apaixonada se só o conheceu há três dias? - retruca achando graça.

- Eu não sei, só sei que estou perdidamente apaixonada por ele. Quer dizer, o Taylor é atencioso e compreensivo. É claro que rolou alguns carinhos meio salientes e que ele soube despertar o fogo dentro de mim.

- Mas?

- Eu vou dizer uma coisa. Só não me entreguei porque conheço bem o Deniz, ele me faria pagar uma penitência por dias a fio.

- Bom, agora que a sua aventura se acabou, temos que ir para o aeroporto - avisa me deixando frustrada.

- Ah, precisa ser agora?

- Sila, o Deniz está me ligando desde ontem e eu já não tenho mais desculpas para lhe dar!

Bufo audivelmente.

- Dei o meu endereço para o Taylor - aviso abruptamente a fazendo frear os seus movimentos.

- Você fez o que?! - A garota praticamente grita.

- Ele quer conhecer a minha família e quer pedir permissão para me namorar. - Outra vez os seus olhos se abrem demasiadamente.

- Está brincando comigo, não está?

- Não, o Taylor entendeu a minha condição e está disposto a conversar com os meus irmãos.

- Quer saber, eu só acredito vendo. Esse Taylor deve mesmo estar muito apaixonado por você para enfrentar os seus irmãos assim. - Meu sorriso se amplia.

- Ele deve mesmo

***

Algumas horas depois...

- Ora vamos, arrumem logo essa mesa, elas devem chegar a qualquer momento! - Escuto a voz da Senhora Eda Yilmaz, minha querida mãe dando ordens para os empregados da casa e só então percebo o quanto estou cheia de saudades suas e de todos nessa casa. Portanto, largo as minhas malas em qualquer lugar da sala e vou imediatamente ao seu encontro.

- Advinha quem é? - cantarolo, levando as minhas mãos para os seus olhos e logo sinto o seu toque suave nelas.

- Sila?! - Mamãe resfolega com comoção, virando-se no mesmo instante para me olhar. - Sila, filha! - Resfolega outra vez, abraçando-me forte e aconchegante e aproveito para me acomodar nos seus braços e receber os seus carinhos exagerados. - Que saudades, minha menina! - Ela chora e devo dizer que não seria a Senhora Eda se ela não chorasse.

- Também estava com tantas saudades, mamãe! De você, dos meus irmãos, dessa casa, do meu quarto... de tudo isso aqui. - Seco as suas lágrimas - E falando nos meus irmãos, onde eles estão?

- Você sabe, estão reunidos na plantação de café.

- Estou ansiosa para vê-los.

- Ótimo, então me faça uma gentileza e leve essa bandeja de café para eles. - Fito as quatro xícaras dispostas na bandeja e encaro especulativa.

- Temos visitas? - Eda parece pensar em uma resposta para me dar. Contudo, ela dá de ombros.

- Apenas negócios, filhas. - Sorrio, mas devo dizer que a sua resposta não me convenceu.

- Ok, eu vou levar o café, minha mãezinha do coração! - cantarolo, ansiosa por vê-los.

Andar por essas terras me faz lembrar do dia chegamos a esse lugar. A família Yilmaz era composta de seis membros: o meu pai Osmar Yilmaz, a minha mãe, os meus três irmãos e eu. Nascemos em Antália na Turquia e desde que o meu pai foi transferido para Liverpool na Inglaterra estamos vivendo aqui desde então.

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