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Capítulo

Estela Histren é a última bruxa que ainda está viva na terra. Todos querem a cabeça de lá em uma bandeja de ouro para ganhar a maior recompensa que o reino já mais pode oferecer. Cercada por humanos que não sabem a verdade sobre ela, tentando se passar por humana para a sua própria proteção. Sarah sua melhor amiga e irmã, a única pessoa que aceitou quem ela era de verdade. Estela é encontrada na porta de um casal de camponeses que não podem cuidar dela pois já tinham uma filha pequena de três anos, mas o casal muda de ideia por sua pequena filha insistir em uma irmãzinha. Agora aos vinte anos ela é a única da sua linhagem viva, pois o rei matou todas elas sem piedade ou remorso. Estela foge com o príncipe que prometeu ajuda-la e ir contar as ordens diretas de seu pai.   Suas ancestrais bruxas tentam entrar em contato com ela do limbo pelo sonhos de Estela. No começo ela tem medo deles, mas depois ela aceita ajudar as outras bruxas a saírem do limbo.

Capítulo 1 Prólogo

ESTELA

O clima estava muito tempestuoso lá fora, parecendo o fim do mundo. Eu estava nervosa vendo o céu pela janela da carruagem, com meus dedos entrelaçados com os de Sarah que dormia levemente ao meu lado.

Prometi protege-la, como ela sempre fez comigo, desde que me encontrou em uma cesta em frente à porta da casa de seus pais. Saber que ela insistiu em ficar comigo, como uma irmãzinha que ela precisa para ser feliz, quebra o meu coração só de lembrar de tudo o que ela passou, para no fim precisarmos fugir o mais longe possível da aldeia. Me proteger nunca foi uma tarefa fácil para Sarah, independentemente da minha idade — mas agora fugir do mundo está sendo arriscado tanto para mim, quanto para ela. Arriscar sua vida por mim, foi uma de demonstrar seu amor por mim. Também irei protege-la até a minha morte — se for possível eu morrer.

— Chegamos, — disse o cocheiro me tirando de meus pensamentos. Sarah e eu insistimos a ele para que nos levasse para o castelo, mesmo que todos presentes na multidão querem minha cabeça em uma bandega de ouro — e não de prata. — Vinte xelins. — esclareceu o cocheiro depois que saímos da carruagem.

— Mas você disse cinco xelins! — eu exclamei indignada com sua mudança de valor pela viagem.

— Mudei de idéia, quero vinte xelins. Olha para o céu, garota, preciso de uma garantia se chegarei em casa vivo. — ele deu de ombros.

Revirando os olhos para ele, entreguei minha bolsa de moedas que tinha juntado por um tempo, sabia que aquele xelim seria útil para alguma coisa, mas não para pagar absurdo para um cocheiro por nós trazer até o castelo. Contando cada xelim até tem vinte em minha mão, entreguei ao cocheiro com uma expressão exasperada.

— Bom show as damas, espero que gostem de ver a cabeça daquela bruxa em uma bandeja de ouro antes do sol nascer. — ele disse e depois virou de volta em direção a floresta.

— Não ligue para ele. — disse Sarah tocando no meu ombro.

Ela percebeu que aquele comentário me ofendeu, ela sempre sabia quando eu estava incomodada com algo. Anos um ao lado da outra, sabíamos de tudo sobre a outra, até mesmo as nossas fraquezas.

— Vamos, não podemos nos atrasar, senão as pessoas ficaram desconfiadas. — ela disse pegando minha mão e me puxando para o portão do castelo que estava lotado com a multidão.

Adentrando no castelo, ouvindo os gritos agudos de todos os soldados e guardas, minha barriga revirou com a crueldade visível em cada rosto desses seres humanos. Homens que sobreviveram guerras, ataques, humilhações e várias outras coisas. Senti vários olhares quando estavámos passando pela multidão, olhares que me deram medo e despertado meu interior protetor. Chegando em uma das altas fileiras estendidas nas arquibancadas do estádio de guerra, conseguimos ver todos presentes querendo a cabeça da última bruxa viva na terra, — que no caso era eu. A garota que todos queriam morta.

O olhar do rei era de raiva, pela morte de seus soldados que a penúltima bruxa os matou. Eu não consegui saber nada sobre ela, tentei perguntar para os moradores da aldeia, mas todos eles disseram a mesma coisa: "quem se importa, ela era uma abominação!". Tentei não parecer afetada com os comentários maldosos sobre nós bruxas, mas eles nunca poderiam saber a verdade sobre mim. A única pessoa que me aceitou por quem eu sou foi Sarah.

Olhei para ela que estava em choque ao meu lado, olhando para as catapultas soltando bolas de fogo sobre o ar, dizendo que queria a última bruxa morta. Será que eles me matariam? Será que eles saberiam que eu era uma bruxa?

As bruxas em nosso mundo eram consideradas uma espécie de humano demoníaco, que matam pessoas, inocentes ou não, e as levam para o inferno consigo. Bruxas querem disser perigo que não eram estampados em nossos rostos, mas que a nossa bondade era chantagens para os humanos. Bruxas não tinham sentimentos e nem coração, às vezes eu queria perguntar a eles o que é isso que bate no meu peito.

Eu congelei quando vi uma bússola na mão do rei. Todos sabiam que as bússolas ficavam girando e girando sem parar quando tinha bruxas nas proximidades, se aquela bússola girasse seria meu fim. Senti a mão de Sarah na minha quando ela percebeu meu choque, ela me deu um sorriso que expressava que tudo iria ficar bem — mas eu sabia que não vai.

O rei levantou de seu trono e levantou a mão, chamando a atenção de todos e eles se calaram em um só, o silêncio reinava entre nós agora. O rei olhava para todos nós com os olhos semicerrados, como se nossos rostos transmitissem um sinal se éramos bruxas ou não. Eu sabia que o rei tinha um herdeiro, que deveria ficar ao lado de seu pai, independentemente do que se tratava o assunto, mas não o vi em lugar nenhum. Para falar a verdade, eu nem sabia como ele era.

— Todas as bruxas foram mortas, — o rei exclamou, em alto e bom som. — Mas só resta uma, que provavelmente está entre nós, se passando por um humano para nós enganar e depois matar!

Cochichos estavam em todas as partes do estádio de guerra, olhando uns para os outros desconfiados de seus próprios familiares e entes queridos. Mas eu estava lá, sozinha neste mundo cheio de humanos que mentem sobre como nós bruxas somos.

— Senhorita, você poderia vir comigo? — perguntou um homem jovem de cabelos pretos com um sorriso sincero no rosto.

— Por que? – exclamou Sarah, praticamente gritando para que o jovem rapaz pudesse ouvir, já que todos presentes na arquibancada voltaram a falar em uníssono.

— Porque preciso levá-la em um lugar seguro, uma garota com uma aparência angelical não precisa ver a brutalidade do meu p... do rei. Vai ser sangrento, nojento e apavorante. — disse o garoto na qual parecia mesmo querer me ajudar, como se uma donzela delicada que não podia ver sangue na minha frente e já desmaiaria. Mas nem foi isso que me deixou mais chocada, foi como ele descreveu minha aparência: uma garota com uma aparência angelical. Eu usava um vestido branco com alguns rubis no decote e no fim das mangas do vestido, o habitual de sempre. Meus cabelos eram loiros bem claros e meus olhos azuis me fazem parecer verdadeiramente um anjo, é o que todos diziam. Mas será que eles iriam dizer o mesmo se soubessem quem eu verdadeiramente era?

— Muito obrigada, mas ela não precisa da sua ajuda, estamos aqui pelo mesmo motivo, a cabeça da última bruxa, — ela disse e depois deu uma piscada para mim, eu sabia que era uma mentira, Sarah nunca me quis morta.

— Confie em mim, ela precisa, antes que seja tarde. — disse ele fortemente, ele simplesmente agarrou o meu braço e me puxou escada abaixo.

— Ei, o que você está fazendo? — exclamou Sarah, descendo as escadas correndo para nós alcançar. O jovem rapaz era forte de mais para mim.

— O que você deveria estar fazendo protegendo-a. — ele disse, sem ao menos olhar para trás. O único jeito de me desvencilhar de seu aperto no meu braço era usando magia, mas isso estava fora de questão, da vez em que ele descobrir que sou a última bruxa na terra ela me matará e será exaltado pelo rei.

— Me de um motivo para você me proteger. — eu disse depois de conseguir me livrar de seu aperto balançando o meu braço repetidas vezes.

— Porque eu sou a única chance que você terá antes de a sua cabeça estar na bandeja do rei. — disse ele enfurecido, apontando para o rei de pé andando de um lado para o outro sem tirar os olhos da bússola. Vi pelo canto do olho o rapaz fazer um movimento e tirar uma bússola de seu bolso de trás da calça. — Eu não quero que te matem, pois sei que vocês bruxas não são uma ameaça. — ele disse baixinho para que ninguém pudesse escutar, exceto eu e Sarah.

Olhando para Sarah pedindo sua ajuda, ela me olhou com um olhar de quem não sabia o que fazer, ela sabia que uma hora ou outra o rei saberia que eu era a última bruxa.

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