Namorado de Aluguel

Namorado de Aluguel

Grazi Venâncio

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Leituras
23
Capítulo

Melissa Ollivary é uma jovem de 24 anos, tem sua própria empresa, é independente, mas sua vida vira de cabeça para baixo ao receber um convite de casamento. Segredos serão revelados, passados expostos e um perseguidor revelado. Até onde essa perseguição irá?

Capítulo 1 O começo

O dia começa, e algo raro acontece: acordo com uma energia inesperada. Meu ânimo está elevado, e um senso de confiança, quase ousado, me invade. A pressa para me arrumar não é apenas uma rotina; hoje é quase uma celebração silenciosa de quem sou. Como dona de uma empresa de arquitetura, a imagem que projeto importa, e ser pontual é só o primeiro passo.

Abro o guarda-roupa e meus olhos encontram um vestido preto que raramente uso. Ele é justo ao meu corpo, cai levemente acima dos joelhos e tem um decote discreto, mas suficiente para destacar minha feminilidade. Decido que hoje é o dia de tirá-lo do esquecimento. Calço um salto da mesma cor e me observo no espelho. A cada detalhe ajustado - o cabelo solto caindo pelas costas, a maquiagem leve mas marcante -, sinto-me diferente. Poderosa. Confiante. E ousaria dizer até sexy. É com essa aura que pego minha bolsa, deixo meu apartamento e desço até o estacionamento do prédio.

Enquanto atravesso o espaço moderno e iluminado do prédio, reflito sobre minha casa. Meu apartamento é um reflexo do que sempre sonhei: minimalista, sofisticado, com tons neutros que acalmam e inspiram. A varanda foi o que me conquistou de imediato. Não resisti à vista ampla, ao espaço que parece ser uma extensão do céu. Mas não foi só isso: dois quartos confortáveis, uma suíte com hidromassagem, sala e cozinha integradas. Cada peça de mobília foi escolhida com cuidado, cada canto decorado com carinho. É meu refúgio, meu santuário.

Entro no carro e sigo para a empresa. O trajeto é tranquilo, a cidade ainda desperta, e o som suave do motor ecoa como um prelúdio para o dia que começa. Estaciono no prédio da empresa, sinto os olhares me seguindo ao atravessar o saguão. Percebo os homens ao redor, mal disfarçando enquanto me observam. Não dou muita importância, mas sorrio internamente. A confiança em mim mesma hoje é palpável.

Chego à minha sala e mergulho no trabalho quase imediatamente. A manhã passa em um ritmo acelerado enquanto reviso um contrato que pode mudar os rumos da empresa. O contrato que tenho em mãos é mais do que um simples documento. Ele representa meses de negociação com uma das maiores construtoras do país, a Eldorado Engenharia, que busca parceria com minha empresa para um ambicioso projeto de revitalização urbana que visa transformar uma área decadente da periferia em um centro pulsante de inovação, combinando moradias acessíveis, espaços culturais e áreas comerciais sustentáveis.

À primeira vista, o contrato parece uma oportunidade de ouro para minha empresa, mas sei que contratos assim nunca são tão simples quanto aparentam. A Eldorado é uma gigante do setor e, como toda corporação desse porte, está mais preocupada em proteger seus próprios interesses do que os dos seus parceiros menores. É meu trabalho garantir que minha empresa não seja engolida no processo.

Minha mão corre para o bloco de anotações ao lado, e faço uma lista de pontos que precisarei discutir com meu advogado antes de assinar. E então minha concentração é interrompida por uma batida na porta. Deixo a caneta de lado e olho para a entrada.

- Entre - Digo

- Bom dia, senhorita Ollivary - A voz calorosa e familiar de Lexy, minha secretária e melhor amiga.

Sorrio para ela, já me levantando e indo ao seu encontro.

- Lexy! O que faz aqui? Pensei que estivesse cuidando da dona Simone! - digo, enquanto a abraço.

- Senti sua falta, Mel. - Ela ri, mas seu olhar entrega algo mais.

- Tá bom, me engana que eu gosto. Qual é o motivo de verdade? - brinco, tentando aliviar o clima.

Ela me analisa dos pés à cabeça e solta uma exclamação:

- Nossa, hoje você está vestida para matar!

Sei que não estou nada mal: meus 1,70cde altura, cabelos longos e pretos, olhos azuis e, segundo Lexy, "um corpo de dar inveja", estão valorizados. Apesar disso, sempre me considerei uma mulher comum.

- Acordei de bom humor - digo, fazendo uma pose exagerada, arrancando risadas dela.

- Que milagre! Vamos orar para que isso dure mais dias! - Lexy responde, gargalhando.

- Boba! Mas, sério, o que aconteceu? - pergunto, indicando a cadeira para que ela sente.

Lexy hesita. O sorriso dela diminui, e percebo algo de errado.

- Acho melhor conversarmos sobre isso à noite, no seu apartamento. Prometo explicar tudo. Pode ser?

A preocupação cresce em mim, mas concordo.

- Tudo bem, mas quero todos os detalhes, hein.

- Combinado. Passo lá às 20h. - Lexy se despede com um sorriso que não esconde sua inquietação.

Assim que ela sai, volto ao trabalho e mergulho novamente no contrato. O tempo voa, e só percebo a hora quando minha fome me lembra de pedir o almoço. Depois de comer, volto ao ritmo frenético, focada em cada detalhe.

Quando olho o relógio novamente, me assusto: 19h. O prédio está silencioso, quase deserto, já com diversas de suas luzes apagadas. Reúno minhas coisas e me preparo para ir embora. Assim que saio da minha sala o som dos meus saltos ecoa nos corredores vazios enquanto sigo em direção ao elevador. O silêncio ao redor, que antes era apenas tranquilidade, agora parece inquietante.

Então, ouço um barulho. Um som seco, como algo caindo. Paro imediatamente. Meu coração acelera, e olho ao redor, tentando encontrar a origem do ruído. Nada. Respiro fundo, convencendo-me de que é só minha imaginação. Mas quando dou mais alguns passos, outro som me paralisa. Desta vez, é mais próximo. Um arrepio percorre minha espinha enquanto meus olhos tentam se ajustar à penumbra do corredor.

Há movimento. Uma sombra no canto direito. Sinto o pânico crescer, mas me forço a manter a calma. Dou passos lentos para trás, sempre mantendo os olhos fixos naquele ponto. Meu coração parece explodir no peito. A cada movimento, meu corpo parece gritar para correr, mas minhas pernas insistem em avançar devagar.

Chego ao elevador e aperto o botão com pressa. A porta parece demorar uma eternidade para abrir e assim que chega me apresso e entro rapidamente, novamente apertando rapidamente o botão do térreo. Nesse momento, a sombra começa a se mover novamente. Lentamente, se erguendo até que finalmente toma forma, vejo um homem. Não é apenas uma presença. Ele está ali, observando, me olhando diretamente.

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