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Passei doze anos da minha vida a amar Ricardo, o meu namorado de infância. Sacrifiquei uma promissora carreira como pintora, abdicando de uma bolsa de estudos em Florença. Tudo isso para ser a sua assistente pessoal, mal paga e subvalorizada. Ele, entretanto, prosperava em Lisboa, tornando-se um empresário de sucesso. Havia uma velha piada entre nós: se eu ainda estivesse solteira aos trinta anos, ele casaria comigo. Essa promessa, para mim, era a minha única esperança, o meu porto seguro. Contudo, um dia, uma manchete de revista revelou seu noivado iminente. Mas essa "promessa" não era para mim, nem a para a pessoa que todos esperavam. Uma gravação secreta destapou a verdade cruel. Ouvi Ricardo, o homem que eu amava, a rir e a chamar-me "criada gratuita". Ele planeava usar a minha devoção cega, a minha "burrice apaixonada", até ao último dia. O casamento era com Isabella, a rececionista, a quem ele chamava a sua "rainha". No dia do meu trigésimo aniversário, o dia em que todos esperavam o meu noivado "finalmente", fui confrontar Ricardo na Conservatória. Ali, ele e os seus amigos, com sorrisos de escárnio, humilharam-me publicamente. Chamaram-me "noiva desesperada", "perseguidora louca", e gozaram da minha dignidade. Isabella, a sua verdadeira noiva, avançou e deu-me uma bofetada forte e visível na cara. Ricardo, o meu amor de doze anos, confirmou-me com frieza que nunca me amou. Disse que eu era apenas um fardo e que a ideia de se casar comigo era "ridícula". Doze anos de sacrifício, de sonhos adiados, de amor incondicional, varridos como lixo. A dor era avassaladora, mas a fúria em meu peito era ainda maior. Como pude ser tão cega? Como um homem podia ser tão cruel e manipulador? Senti o meu mundo a desabar, mas, paradoxalmente, foi nesse abismo que encontrei uma força inesperada. "Eu já tenho alguém," declarei, com uma voz que mal reconhecia, forte e cheia de recusa. "Quem? Um fantasma?" troçaram eles, mas o meu sorriso amargo selava o seu destino. Naquele exato instante, um carro clássico elegante parou em frente à Conservatória. A porta abriu-se, e dele saiu Tiago, o meu verdadeiro noivo, impecavelmente vestido e poderoso. O olhar chocado de Ricardo e dos seus amigos valeu todos os anos de sofrimento. A minha nova vida, livre e repleta de respeito, estava prestes a começar, diante dos seus olhos incrédulos.
Passei doze anos da minha vida a amar Ricardo, o meu namorado de infância.
Sacrifiquei uma promissora carreira como pintora, abdicando de uma bolsa de estudos em Florença.
Tudo isso para ser a sua assistente pessoal, mal paga e subvalorizada.
Ele, entretanto, prosperava em Lisboa, tornando-se um empresário de sucesso.
Havia uma velha piada entre nós: se eu ainda estivesse solteira aos trinta anos, ele casaria comigo.
Essa promessa, para mim, era a minha única esperança, o meu porto seguro.
Contudo, um dia, uma manchete de revista revelou seu noivado iminente.
Mas essa "promessa" não era para mim, nem a para a pessoa que todos esperavam.
Uma gravação secreta destapou a verdade cruel.
Ouvi Ricardo, o homem que eu amava, a rir e a chamar-me "criada gratuita".
Ele planeava usar a minha devoção cega, a minha "burrice apaixonada", até ao último dia.
O casamento era com Isabella, a rececionista, a quem ele chamava a sua "rainha".
No dia do meu trigésimo aniversário, o dia em que todos esperavam o meu noivado "finalmente", fui confrontar Ricardo na Conservatória.
Ali, ele e os seus amigos, com sorrisos de escárnio, humilharam-me publicamente.
Chamaram-me "noiva desesperada", "perseguidora louca", e gozaram da minha dignidade.
Isabella, a sua verdadeira noiva, avançou e deu-me uma bofetada forte e visível na cara.
Ricardo, o meu amor de doze anos, confirmou-me com frieza que nunca me amou.
Disse que eu era apenas um fardo e que a ideia de se casar comigo era "ridícula".
Doze anos de sacrifício, de sonhos adiados, de amor incondicional, varridos como lixo.
A dor era avassaladora, mas a fúria em meu peito era ainda maior.
Como pude ser tão cega?
Como um homem podia ser tão cruel e manipulador?
Senti o meu mundo a desabar, mas, paradoxalmente, foi nesse abismo que encontrei uma força inesperada.
"Eu já tenho alguém," declarei, com uma voz que mal reconhecia, forte e cheia de recusa.
"Quem? Um fantasma?" troçaram eles, mas o meu sorriso amargo selava o seu destino.
Naquele exato instante, um carro clássico elegante parou em frente à Conservatória.
A porta abriu-se, e dele saiu Tiago, o meu verdadeiro noivo, impecavelmente vestido e poderoso.
O olhar chocado de Ricardo e dos seus amigos valeu todos os anos de sofrimento.
A minha nova vida, livre e repleta de respeito, estava prestes a começar, diante dos seus olhos incrédulos.
Introdução
19/06/2025
Capítulo 1
19/06/2025
Capítulo 2
19/06/2025
Capítulo 3
19/06/2025
Capítulo 4
19/06/2025
Capítulo 5
19/06/2025
Capítulo 6
19/06/2025
Capítulo 7
19/06/2025
Capítulo 8
19/06/2025
Capítulo 9
19/06/2025
Capítulo 10
19/06/2025
Capítulo 11
19/06/2025
Capítulo 12
19/06/2025
Capítulo 13
19/06/2025
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